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Em Viagem com o Fantástico


Jão

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Olá! :)

Vou começar a publicar uma nova obra no meu blog e decidi partilhá-la aqui com todos vocês! Ao contrário do habitual, esta obra irá ser publicada em formato de vídeo, ao invés do tradicional "texto corrido".

Deixo hoje o genérico. Espero que gostem. :give_rose:

Na próxima semana, publicarei a sinopse, e no dia 5 de Dezembro o Capítulo 1. Se quiserem podem acompanhar esta e outras obras no meu blog, o link está na minha assinatura!

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Acho que contaste pouco sobre a história. Devias ter contado um pouco mais sobre as personagens e o que começa a acontecer no início.

Tens razão, devia dar a conhecer mais a história mas no fundo, cada capítulo é como se fosse um episódio, não tem uma história recorrente ao longo dos capítulos, apenas o plano de fundo de todas as histórias é o mesmo.

;)

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Tens razão, devia dar a conhecer mais a história mas no fundo, cada capítulo é como se fosse um episódio, não tem uma história recorrente ao longo dos capítulos, apenas o plano de fundo de todas as histórias é o mesmo.

;)

Pois, sendo assim é mais complicado escrever mais sobre a história. Vou acompanhar o primeiro episódio e depois digo-te melhor o que achei :)

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http://www.youtube.com/watch?v=1CCFq79xwWU&feature=plcp

Capítulo 1 - O Circo

NOTA: Devido a problemas técnicos, não foi possível apresentar a versão oficial do capítulo 1. Mas como estava planeado a publicação do capítulo 1 para hoje , deixo-o aqui numa outra versão e assim que for possível a conclusão do video original, será substituído.

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Olá João (: Bem, vou tentar dar-te uma boa opinião, podendo não ser a melhor, mas pronto.

Sobre a história ser em formato vídeo, a ideia não é má, mas por vezes o texto aparece devagar demais e a 'próxima cena' demora a chegar, o que acaba por cansar um pouco. A ideia da música é engraçada, mas deverias ter escolhido alguma que tivesse a ver com o momento em si, pois escolheste apenas músicas dramáticas.

Sobre o primeiro episódio... acho que não deverias ter começado com o tema 'o circo'. Eu sei que querias fazer um introdução à história, explicando como é que os elementos do circo apareceram, mas assim acabou por ser um episódio/capítulo sem ação, sem história. Uma boa ideia seria ter começado logo com uma personagem e aí explicavas como é que a personagem tinha entrado no circo (não tendo obrigatóriamente que ser logo ao início). E fazias assim sucessivamente... ou seja, hoje apresentavas a história de 'x', explicando como tudo começou, no próximo explicavas a história de 'y', contando também como é que entrou no circo, etc.

No último momento fica-se a pensar se tudo iria correr bem ou não, o que é bom. Deves fazer sempre estes ganchos :)

Fico à espera do próximo episódio!

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Olá João (: Bem, vou tentar dar-te uma boa opinião, podendo não ser a melhor, mas pronto.

Sobre a história ser em formato vídeo, a ideia não é má, mas por vezes o texto aparece devagar demais e a 'próxima cena' demora a chegar, o que acaba por cansar um pouco. A ideia da música é engraçada, mas deverias ter escolhido alguma que tivesse a ver com o momento em si, pois escolheste apenas músicas dramáticas.

Sobre o primeiro episódio... acho que não deverias ter começado com o tema 'o circo'. Eu sei que querias fazer um introdução à história, explicando como é que os elementos do circo apareceram, mas assim acabou por ser um episódio/capítulo sem ação, sem história. Uma boa ideia seria ter começado logo com uma personagem e aí explicavas como é que a personagem tinha entrado no circo (não tendo obrigatóriamente que ser logo ao início). E fazias assim sucessivamente... ou seja, hoje apresentavas a história de 'x', explicando como tudo começou, no próximo explicavas a história de 'y', contando também como é que entrou no circo, etc.

No último momento fica-se a pensar se tudo iria correr bem ou não, o que é bom. Deves fazer sempre estes ganchos :)

Fico à espera do próximo episódio!

Obrigado, pela opinião e pelas dicas, são uma ajuda para os próximos capítulos.

Neste primeiro capítulo queria dar a conhecer mais o circo, as origens e o dono/apresentador do mesmo.

Em termos de história, eu posso dizer que na minha opinião, este é o capítulo mais fraquinho... mas só depois de publicar os próximos é que podem comparar.

Ainda vou terminar a versão original do video, que não é a que está acima ( problemas técnicos) esse video foi feito à pressa.

Editado por JoãoM94
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Vou passar a publicar em texto normal, a experiência com o vídeo não correu muito bem...

Aqui vai o capítulo 2.



Capítulo II – O Palhaço

O público estava calmo. Um foco de luz fazia com que o palhaço se sobressaísse no meio da arena quando tudo à volta estava envolto de escuridão.

Martim ia começar o seu espetáculo. Mas, algo fê-lo permanecer calado e imóvel. Numa das bancadas do circo, duas crianças estavam a disputar entre si o colo da mãe. A mãe tentava acalmá-los, e a multidão tirara os olhos do palhaço e procurava na escuridão de onde vinha os barulhos. Foi nesse momento que o foco que iluminava o palhaço, foi direcionado para a plateia e os dois irmãos que disputavam o colo da mãe ficaram à vista de todos.

- Por favor, acalme as crianças. O espetáculo tem que começar. – disse a voz de José António através de uma altifalante.

Martim, permaneceu ali focado naquela cena. A sua cabeça já ia longe, perdida em pensamentos.

____________________________________________________________________________________________

Quando era criança, Martim era uma pessoa mal-humorada, má para com os outros e acima de tudo uma pessoa que gostava de estar sozinha. Martim conseguia transformar os momentos felizes, em momentos infelizes. Era capaz de transformar sorrisos em lágrimas. Martim com apenas doze anos de idade conseguia infernizar a vida a todas as pessoas que conviviam consigo, e Marco o irmão era a maior vítima. E o oposto de Martim. Adorado por todos, pelos seus gestos de carinho, pelo seu caloroso sorriso Marco vivia da bondade e do afeto pelo próximo. Marco tinha dez anos. Quando Martim e Marco se enfrentavam, eram como uma colisão de dois cometas, duas forças opostas, o bem e o mal. Muitas vezes, a mãe deles tinha que levar Marco ao hospital devido às agressões bruscas de Martim.

A reviravolta deu-se em pleno Inverno. Martim chegava a casa da escola e encontrou Marco no seu quarto a mexer nas suas coisas. Marco procurava alguma coisa, mas não encontrava.

- O que estás a fazer? – perguntou Martim.

- Nada. – respondeu o irmão, preocupado. E retirou-se.

Porém Martim não insistiu e deslocou-se até à gaveta da sua secretária para procurar algo. Algo que lá devia estar, e não estava. Martim teve um ataque de fúria e correu atrás do irmão que estava na varanda da casa.

- Marco! Dá-me imediatamente o que tiras-te do meu quarto! – gritou ele. – Dá-me!

- Eu não mexi em nada! – defendeu-se ele, mas mesmo assim Martim agarrara-o e abanava-o para ver se ele soltava alguma palavra.

- Não brinques! – eu sei que me roubas-te uma coisa da minha gaveta.

- Não roubei nada! Juro! – implorava Marco. – Eu só procurava uma caneta mais nada!

Marco tentou soltar-se, e foi precisamente ao tentar soltar-se que Martim começou a agredi-lo com mais força. Os dois começaram uma enorme luta, até que Martim empurra o irmão e ele tropeça num vaso. Desamparado, Marco cai da varanda e perde a vida.

- Marco! – gritava Martim desesperado. – Marco!

O irmão morrera. Martim era o responsável. Momentos depois, chegou ao local a polícia e os bombeiros. Alguém vira e ligara. Os pais de Martim chegaram logo depois.

- Não, o meu filho não… – gritava Susana a mãe deles. – Marco!

- Acalma-te. – dizia Sérgio, o marido dela pai de Martim e de Marco.

- Foi ele! Foi o Martim que o empurrou. Ele enlouqueceu de vez!

- O que é que foste fazer com o teu irmão? – gritava a mãe para Martim ao mesmo tempo que lhe dava uma enorme tareia. – Mataste-o!

- Pára! – suplicou ele. – Estás a aleijar-me!

- Cala-te! – e continuou a bater nele. – Seu drogado!

A mãe tocara no ponto.

“Foi ela” – pensou ele. – “Foi ela que mexeu na minha gaveta.”

- Há muito tempo que sabia que estavas a tornar-te mais agressivo, e desconfiei. Hoje depois de ires para a escola encontrei a prova! – e tirou da bolsa um papel que continha um pedaço de droga.

A vida de Martim nunca mais foi a mesma. Fora o responsável pela morte do irmão, acusando-o de algo que ele não fez. Martim sentia culpa. Sentia que agora tinha uma missão. Em nome do irmão falecido, iria levar ao mundo a felicidade e arrancar sorrisos das crianças. Passou seis anos da sua vida num colégio interno, um ano numa casa de correção. Aos dezanove anos, lançou-se à rua arranjou uns pequenos empregos como palhaço e animador e só mais tarde conheceu José António.

Martim incorporara em si a alma do irmão, e fazia-o viver através dos seus gestos. Adquirira a alma pura e solidária do irmão e viajava agora de terra em terra para fazer rir as crianças.

____________________________________________________________________________________________

De volta ao foco, as crianças voltaram a ficar em silêncio. O foco deluz virou-se para Martim.

- Boa noite, meninos e meninas! Eu sou Marco, o Palhaço Sorriso! Quem quer sorrir comigo?

Quando terminou o espetáculo, Martim olhou as crianças novamente. Elas tornaram-se amigas novamente.

“ Obrigado Marco, pelo preço que pagas-te para me devolveres a vida. Agora sei o que é viver.”

Continua…

Capítulo 1 – O Circo

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  • 4 semanas depois...

CAPÍTULO III – O MÁGICO

- José o meu material de espetáculo desapareceu! – queixou-se Raúl. – Faça alguma coisa, sem ele não há espetáculo.

- Acalma-te. Certamente ficou num dos camiões.

- Já revistei camiões, junto às jaulas, dentro da tenda… nada. Todo o material inclusive a minha cartola e os meus baralhos para os truques mais básicos. Como posso fazer o meu espetáculo sem tudo isso? Como pode o circo apresentar sem o mágico? Certamente o público não ia ficar nada contente de pagar para ver magia e acabar por não ver nada.

- Vamos ver o que podemos fazer. Vou convocar todo o pessoal para uma reunião imediatamente. Vai entrando para a tenda.

“A presença de toda a produção, artistas e todos os outros envolvidos no Circo Fantástico é chamada para se apresentar de imediato na Grande Tenda. Reunião urgente!” disse José António através dos altifalantes.

Momentos depois, começaram a juntar-se todos na Grande Tenda. Quando já todos estavam presentes, José António começou a falar.

- Todo o material de espetáculo do Raúl desapareceu! Antes de mais, aqui alguém viu alguma coisa?

Ninguém respondeu.

- Ei tu aí! – disse José apontando para um dos motoristas. – É no teu camião que costumam arrumar o material de magia. Viste alguma coisa? Sabes de alguma coisa?

- Não, não sei de nada. Tudo o que veio no meu camião foi descarregado aqui mesmo à porta da tenda. Tudo vem embalado em caixas iguais, não sei o que vem dentro delas, por isso não posso dizer se descarreguei ou não esse material, o que é certo é que todas as caixas que vinham no camião, foram deixadas à porta.

Raúl continuava nervosa, à espera que o seu material aparecesse. Raúl estava mais abalado com toda a situação do que o próprio dono do material que era José António. Raúl já mergulhava nas suas memórias quando José António falava para o motorista.

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Raúl já estivera preso. Antes de entrar para o circo, Raúl foi acusado de roubo. Nos seus tempos de juventude Raúl conseguia hipnotizar pessoas e fazê-las obedecer às suas ordens. Com isso, foi juntando uma grande quantidade de dinheiro, dinheiro sujo, e outros bens que sacava das pessoas, como relógios, anéis, brincos em ouro, telemóveis e muitos outros bens. Nunca ninguém conseguira incrimina-lo, pois quando a ilusão acabava as pessoas ficavam sem memória do que acontecera. Um dia, Raúl estava junto à esquina de uma rua e viu ao longe um idoso, de casaco preto até aos pés, chapéu que lhe tapava parte do rosto, e vinha curvado a olhar para o chão. Raúl posicionou-se para hipnotizar o homem.

- Desculpe senhor. Sabe onde fica o mercado? – disse Raúl esperando olhar nos olhos o homem para que ele ficasse hipnotizado.

- Não há aqui nenhum mercado. – respondeu o homem, olhando sempre para o chão.

- Desculpe, perguntei mal. O que eu quero é o hipermercado. Conhece algum aqui na zona?

- Não.

- Mas…

No momento em que Raúl disse o mas, o homem ergueu a cabeça e Raúl ficou paralisado. O feitiço virara-se contra o feiticeiro. Foi aí que o homem chamou a polícia, pois desconfiou logo o que é que Raúl queria, ele tinha esse mesmo dom, de hipnotizar.

Raúl foi condenado, com as provas que a polícia encontrou na sua casa, os bens de outras pessoas que haviam apresentado queixa. Cinco anos esteve preso. Dois anos depois de sair da prisão conheceu José António que lhe deu uma oportunidade de consertar a vida. Aperfeiçoou os seus dotes mágicos e tornou-se o mágico do Circo Fantástico.

___________________________________________________________________________________________

- Desculpe. – disse Raúl. – Acho que já sei quem roubou tudo isso.

- Como?

- Lembrei-me agora. Já reparou nos olhos do motorista?

- Os olhos? Que tem os olhos? – perguntou José António, enquanto se virava para o motorista afim de analisa-los. Nesse momento José ficou hipnotizado, e o motorista desatou a correr pela porta da tenda. Raúl correu atrás dele a apanhou-o. O motorista foi preso por roubo. José conseguiu recuperar o material a tempo do próximo espetáculo, pois o motorista confessara a quem o vendera.

Nessa noite, as cortinas abriram-se e Raúl entrou na arena. Com a cartola numa mão, e a varinha na outra ele encantou e surpreendeu toda a plateia.

No dia seguinte o circo partiu para uma nova cidade. Porto era o próximo destino.

Continua…

Editado por JoãoM94
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  • 2 semanas depois...

Capítulo 3

Capítulo 4 – As Bailarinas

- Isto é uma loucura! Estamos à uma semana com todas as sessões esgotadas. Estou muito orgulhoso do circo que fundei. Nada disto seria possível sem todos vós. O meu muito obrigado. – José António terminou o discurso e seguiu para o seu camarim.

- Ana, hoje temos folga da parte da tarde… não queres ir visitar a sepultura da mãe?

- Estou a pensar nisso desde que aqui chegámos ao Porto. Ainda bem que falas-te. Então vamos ao fim do ensaio?

- Tudo bem.

Ana e Rita eram duas irmãs gémeas que se tinham juntado ao Circo Fantástico. Naturais do Porto, as duas irmãs foram das últimas pessoas a entrar no circo. As Bailarinas Gémeas, era assim que eram chamadas.

Quando terminaram o ensaio, Ana e Rita apanharam um autocarro e foram até ao cemitério visitar a sepultura da mãe.

- Ana, vou comprar flores.

- Vai, espero por ti aqui à porta do cemitério.

Rita foi até uma florista comprar um ramo de rosas brancas. As flores favoritas da mãe.

- Aqui está Ana. Gostas?

- Está muito giro, vamos.

Caminharam por entre várias sepulturas até chegarem junto da sepultura da mãe. O jazigo estava abandonado, nem flores tinha a adornar a memória de Glória, a mãe delas.

Rita pousou as flores na campa enquanto isso, Ana limpou o pó que cobria a fotografia da mãe. Uma mulher bonita, e forte. Era tal e qual como elas.

Rita e Ana ficaram ali de mãos dadas, a olhar a fotografia da mãe.

_____________________________________________

Glória morrera ao dar à luz as suas filhas. Um parto complicado, onde a vida de Glória foi sacrificada para trazer ao mundo Ana e Rita.

Glória era uma jovem, engravidou aos vinte e três anos, uma gravidez indesejada mas aceite com muito amor e carinho. O pai das bebés, nunca quis saber das filhas, que foram criadas pela avó materna. Glória sonhava em ser bailarina, estava a terminar um curso de dança quando engravidou. Nunca concretizou o seu sonho.

Quinze anos depois da morte de Glória, a avó de Ana e Rita conta-lhes finalmente tudo sobre a mãe delas. Decididas a realizar o sonho da mãe, Ana e Rita frequentaram escolas de dança, cursos e várias atividades relacionadas com a dança. Aos vinte anos, eram conhecidas como as Bailarinas Gémeas, pouco tempo depois foram convidadas para entrar no Circo Fantástico. A dança não passava do sonho da mãe, mas logo tornou-se também o sonho delas. Os seus passos, a química delas, os números deslumbrantes de dança eram motivos de inveja por parte de grandes escolas e bailarinos.

_____________________________________________

- O nosso objetivo está cumprido.

- A mãe está orgulhosa de nós. Realizamos o sonho dela.

- Sim, podemos dizer que sim. Pois ela vive em nós.

- Rita, e os nossos sonhos?

- Como assim?

- A dança era o sonho da nossa mãe. Seguimos a dança em homenagem a ela, e gostámos. Mas temos algum sonho, só nosso?

- Sim. Podemos dizer que sim. Acho que o nosso sonho é conhecer a nossa mãe. E realizamo-lo, ao aproximarmo-nos dela através da dança. Quando danças, não sentes uma energia boa, uma paz entre nós?

- Sim, e nunca soube bem o que era isso.

- O realizar de um sonho. O nosso sonho.

continua...

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 5 - O Domador de Leões

- Venham daí! – gritou José António. – Já estamos atrasados!

Todos corriam de um lado para o outro. Caixas que faltavam ser guardadas, objetos espalhados por toda a arena, enfim o que é certo, é que o Circo Fantástico já deveria estar em viagem para Viana do Castelo mas ainda faltava arrumar muito material.

- Meninas, vá lá. Toca a despachar. – disse José António para as gémeas. – Temos que partir.

José António estava em apuros, mas no fundo estava feliz, muito feliz. Os atrasos foram por uma boa causa. O sucesso tinha sido tal, que tiveram que dar um espetáculo extra à última da hora. O Circo fizera muito sucesso na cidade invicta.

- Marcos a tua parte já está pronta para partir em viagem?

- Sim, está José. O carro dos animais já pode seguir. Eu irei na minha autocaravana.

- Então avisa o motorista de que pode partir para Viana do Castelo. Em breve, todos os carros e camiões do circo já lá estarão.

- É para já.

Marcos era o responsável pelos animais do circo. Apesar de tomar conta de todos, durante os espetáculos ele apenas apresentava o número dos leões. O domador de leões, chegara à poucos meses ao circo, e já era um dos grandes artistas.

Marcos foi até ao carro dos animais avisar o condutor que já podia partir.

- Com certeza. Então é para esperar no parque da cidade pelos outros carros do circo?

- Sim. Os carros encontram-se todos lá, no parque da cidade de Viana e depois vão todos em fila para o local onde o circo se irá instalar.

- Ok. Então até logo. – disse o condutor. Ligou o carro, e partiu.

Marcos foi até à sua autocaravana. Precisava de trocar de roupa antes de partir. A viagem ía ser cansativa, embora não fosse muito longa.

Marcos despiu a camisa de manga curta, e ia para vestir uma outra mas paralisou em frente ao espelho. Ao longo de todo o seu peito tinha várias marcas profundas, cicatrizes.

______________________________________

- Marcos leva o Farrusco para a casota. – gritou a mãe dele.

- O Farrusco está a roer um osso.

- Leva-o rápido. Sem demoras.

- Mas ele…

- Sem mas! Leva-o!

Marcos estendeu a mão à coleira de Farrusco para o levar até à casota. Mas Farrusco, foi mais rápido. Saltou para cima de Marcos e ferrou-o em várias partes do corpo.

Marcos só se lembrava de ver Farrusco a saltar para ele, e depois lembrava de estar numa cama de hospital. Tudo o que acontecera entre o ataque de Farrusco e a estadia de Marcos no hospital, ele não se recordava. Mais tarde a mãe contou-lhe tudo o que se passara.

- O Farrusco estava em cima de ti. Já tinha-te mordido em várias zonas do teu peito, e braços. Corri logo mal ouvi-te a bateres no chão, mas mesmo assim já estavas a sangrar por vários sítios. O cão fugiu mal me viu, e depois peguei-te no colo e corri com o teu pai para o hospital.

- E o Farrusco? – perguntara Marcos.

- O teu pai, mais tarde, abateu-o.

Ele não respondeu.

A partir desse dia, Marcos ganhara várias cicatrizes por todo o corpo. Ficara marcado, para sempre.

- Quando for grande, quero tratar de animais. Animais perigosos.

- Meu filho, nem digas tal coisa. Quase morres-te. Agora descansa. Amanhã sais do hospital.

Sempre contra a vontade dos pais, mas Marcos seguiu o seu sonho. Nem ele sabe porquê, mas a partir daquele dia desejara estar perto de animais. E animais que representassem perigo. Como os leões.

______________________________________

- Agora eu sei. – disse ele olhando as cicatrizes no espelho.

- Porquê trabalhar com animais perigosos? – perguntava a minha mãe. – Mas agora eu sei porquê. Estive às portas da morte, graças aos animais. Sabia o perigo que eles podiam representar. Ou não. A morte do Farrusco revoltou-me. A culpa não foi dele. A culpa não foi minha. Foi da minha mãe. Ele atacou-me, pois é da natureza de um cão fazer isso quando se sente ameaçado. Ele estava com o osso e não se deve aproximar dos animais quando estão a comer. Pelo Farrusco, tratarei pelo resto da minha vida de animais perigosos. Para defendê-los. Os animais são perigosos, mas só quando o homem não sabe lidar com eles.

Marcos acabou de vestir a camisola, e partiu logo para Viana do Castelo na sua autocaravana.

No dia seguinte, o Circo já se encontrava quase montado para o primeiro espetáculo em Viana.

- Marcos, hoje és o primeiro. Sei que é um dia especial.

- Sim. Hoje apresentarei aquele espetáculo que faço todos os anos neste dia.

Horas depois, o espetáculo ia começar. Marcos estava pronto.

- Senhoras e Senhores, meninos e meninas. Hoje a abrir o espetáculo, temos Marcos O domador de Leões!

O público aplaudiu. Marcos entrou na arena.

- Boa noite! Hoje é um dia especial. Apresentarei um espetáculo especial. Leão Canino. Espero que gostem!

O espetáculo que Marcos fazia sempre no dia em que Farrusco morreu, misturava cães e leões tudo numa só vez. Um grande número de circo! Em memória de Farrusco, Marcos sentia-se feliz, por honrá-lo.

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 5

Capítulo 6 – O Malabarista

- Carlos é a tua vez de entrar. O Marcos já está a terminar o número dele. Prepara-te rápido. – alertou José António.

- Sim senhor. Já estou pronto.

Carlos era o malabarista do circo. Com trinta anos de idade, já fazia parte do circo à quase um ano. Uma pessoa simpática, alegre e carinhosa era assim que os amigos e colegas o descreviam.

Carlos entrou na arena do Circo Fantástico logo depois de Marcos o doador de leões terminar o seu número.

- Senhores e senhoras, meninos e meninas convosco Carlos o malabarista! – apresentou José António.

- Boa noite a todos! – cumprimentou Carlos.

De seguida o público saudou-o com uma salva de palmas e acalmou.

A música começou a tocar, e Carlos fez a sua sessão de malabarismo.

Começou com duas garrafas, depois três, quatro mas quando o ajudante lhe dava a quinta garrafa Carlos desequilibrou-se e uma das garrafas foi projetada para o público. Ele caiu de costas no chão com quatro garrafas ao seu lado, ouviu um grito da multidão mas depois apagou-se para o mundo.

_______________________

Carlos desde criança que tinha uma louca paixão por objetos voadores. Adorava lançar aviões de papel pelo ar, brincar às batalhas usando bolas feitas de lama como balas de canhões. Sempre levou aquela brincadeira com muito cuidado.

Quando Carlos fez dezoito anos, decidiu com os amigos recordar os velhos tempos. Pegaram em ovos e decidiram atirar contra carros e algumas casas, mas sem se aperceber Carlos atira uma pedra contra um carro. A pedra bate no vidro lateral do condutor e acaba por bater na cabeça dele. O carro despistou-se e o condutor acabou por morrer, não resistindo ao embate. Os amigos de Carlos fogem e deixam-no ali sozinho, completamente transtornado com o que acabara de fazer. Estava pálido e hipnotizado.

Momentos depois a polícia e os bombeiros chegaram. Alguém havia ligado. Carlos é capturado e levado para a esquadra. Depois do julgamento ele é condenado à prisão onde fica durante vários anos.

Foi quando saiu da prisão que Carlos conheceu José António e decidiu entrar no Circo Fantástico.

José António era o salvador das causas perdidas. Conseguia sempre dar um final feliz ás histórias dos seus artistas.

_______________________

- O que aconteceu? – perguntou Carlos quando acordara do desmaio.

- Está tudo bem. O espetáculo continuou. – disse o mágico Raul.

Carlos tinha sido levado para os bastidores. Enquanto isso Martim o palhaço estava a entreter o público.

- Eu ouvi um grito. Alguém se aleijou? O que aconteceu ao certo? Não me lembro bem…

- Ninguém se aleijou. Escorregas-te na arena durante a tua apresentação, e uma das tuas garrafas de malabarismo foi projetada para o público. Mas por sorte caiu num lugar vazio. O grito foi de uma criança que estava mesmo perto e assustou-se ao ver a garrafa avir para perto de si.

- Graças a deus… tudo está bem.

- Agora descansa.

- Isto trouxe-me memórias do passado. Estou com medo. Não sei se vou conseguir voltar a fazer malabarismo…

- Foi só um susto. Na próxima apresentação do circo já estarás de novo a cem porcento a apresentar.

O certo é que Carlos não conseguiu reunir coragem para voltar a se apresentar. Uma semana depois, faz as malas e decide abandonar o circo.

- Carlos! Carlos! – chamou José António. – Volta aqui…

Ele prosseguiu em frente.

- Carlos! – ao chamar pelo nome dele, José António atira uma bola feita de lama na cabeça de Carlos, batendo-lhe na nuca. Ele para, e vira-se para José António.

- Não volte a repetir isso.

José António pegou numa outra bola de lama e atirou contra Carlos. Esta bateu-lhe no ombro.

Carlos ficou ali imóvel por uns momentos olhando José António.

- Cobarde! – gritou José António.

continua…

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  • 3 semanas depois...

Aqui vai o que faltava:

Capítulo 7 - Especial de Carnaval

Carlos voltara. Depois de José António o chamar de cobarde ele regressou ao circo. Disposto a enfrentar os seus medos, iria provar que cobarde era coisa que ele não era.
No dia seguinte o circo voltou a apresentar-se e Carlos provou perante todos que não era cobarde.
- Como pode ver, não sou cobarde. – disse ele para José António. – Mas agora estou decidido. Vou mesmo abandonar o circo. A minha decisão está tomada.
- Como queiras. Cansei de tentar fazer ver-te a razão. Essa é a tua maneira de me agradeceres por te ter ajudado quando mais precisaste. Faz como quiseres.
- O senhor ajudou-me, e sou muito grato por isso. Mas não posso continuar aqui. Desculpe.
Carlos no dia seguinte faz as malas e foi embora. Deixara o Circo Fantástico.
- Agora estou sem malabarista. – lamentou-se José António.
No dia seguinte, Carlos recebeu na sua autocaravana a visita de Marcos, o domador de leões.
- José vou ter que me ausentar por uns dias. Desculpe avisá-lo assim de repente mas surgiram problemas.
- Sim, eu compreendo. Vou tentar organizar a nossa próxima apresentação sem ti, apesar de ela ser só daqui a uma semana. E quanto tempo irás precisar?
- Se tudo correr bem, estarei aqui no dia da apresentação.
- Então boa sorte.
Marcos tirou uns dias para resolver os seus problemas, ausentando-se do Circo Fantástico.
Três dias depois, Raúl desapareceu. O mágico não tinha sido visto desde manhã e todos estavam preocupados onde ele poderia estar. Ainda faltavam quatro dias para a apresentação mas José António não podia perder Raúl, já perdera Marcos e Carlos.
Mais um dia se passou e ninguém soube onde estava Raúl.
No dia da apresentação de Carnaval do Circo Fantástico, José António acorda e manda um empregado convocar uma reunião com todos os trabalhadores e artistas do circo.
Quando chega a hora da reunião, só os funcionários que tratam das montagens, limpezas, cuidam dos animais e outros que asseguram o bom funcionamento do espetáculo é que apareceram. Nenhum dos artistas do circo estava ali. Nem Martim o palhaço, nem as gémeas bailarinas. Onde andariam todos? José António estava a delirar. Aquilo não podia estar a acontecer, o espetáculo de Carnaval era a principal atração do Circo Fantástico todos os anos.
A manhã passou sem novidades. Quando a tarde já ia a meio, José António encontrava-se completamente sozinho, mas de repente ouviu uns estrondos nas redondezas. Pareciam bombas. Num momento José António temia perder também todo o material, a grande tenda, os animais, os carros, tudo. Mas nada mais aconteceu.
Completamente desesperado, José António tenta organizar tudo de modo a que ele pudesse fazer a magia, as palhaçadas, as danças, as acrobacias, os malabarismos… tal como fazia antes, ele iria tentar fazer tudo. Cancelar o espetáculo é coisa que ele nunca faria.
A noite chegou. As luzes acenderam, a bilheteira abriu as portas e a música começou a tocar nos altifalantes.
Tudo estava a postos, o público já ocupava os seus lugares. As luzes apagaram e José António ficou no meio da arena iluminado por um foco luminoso.
Bem, vou começar pela magia. – pensou ele.
Nesse preciso momento, uma grande fanfarra começa a tocar. As luzes voltam a acender-se e as grandes cortinas que servem de portas à tenda abrem-se. Em cortejo, todos os artistas do circo entram acompanhados por músicos, animais e muitas crianças a jogar serpentinas e confettis entre eles.
O que é isto? – pensou José António sem acreditar no que via.
- Hoje é Carnaval! E como é tradição, o grande Circo Fantástico sempre organiza uma grande festa! Até o nosso patrãozinho não sabia desta surpresa! – disse Martim para o público.
- Vocês são completamente doidos! – disse José António ao ouvido de Martim.
- Doidos sim. E somos grandes malucos. Por isso, vamos festejar e brincar. Hoje é Carnaval! Nem o nosso patrãozinho vai levar a mal.

Continua…

Capítulo 8 - O Destino Final

Uma Semana Depois do Espetáculo de Carnaval


Naquela segunda-feira de nevoeiro, o circo ainda dormia. A noite anterior roubara muita energia a todos os que lá trabalhavam. Tudo descansava para à noite voltar a brilhar na grande tenda.
José António foi o primeiro a acordar. Logo pela manhã era hora de fazer contas, contar os lucros, pagar as despesas e organizar tudo para o espetáculo seguinte. O Circo Fantástico estava em Lisboa fazia já três dias. Faltava apenas um espetáculo, o de segunda-feira até que voltasse a partir de novo, desta vez até Faro.
José António dirigiu-se até à cabine da bilheteira, onde estava todo o dinheiro e também era lá onde geria o circo, era nessa cabine que ficava o seu escritório.
Uma noite de grande rendimento. – pensou ele. Mas nesse momento, em que acabara de juntar as últimas notas três homens encapuzados entram pela cabine.
- Quieto! Mãos ao alto! – gritou um deles.
José António obedeceu, pousou o dinheiro na secretária e colocou as duas mãos atrás da cabeça. Um dos assaltantes pegou em todo o dinheiro que ali estava e colocou-o numa mochila. Outro estava a desvirar toda a cabine à procura de mais. O terceiro mantinha uma arma apontada a José António.
- Não encontro mais nada chefe. – disse o que andava à procura de mais dinheiro.
- Onde tens o resto? – perguntou o assaltante que segurava a arma a José António.
- Não há mais dinheiro nenhum aqui.
- Mentiroso. Há sim. Diz onde.
- Juro que não há. Todos os dias deposito o dinheiro no banco. Ia agora mesmo depositar esse.
- Passa para cá esse relógio. – José António obedeceu e deu o relógio. – Esse colar de ouro também.
- Agora vamos embora, não há mais nada. E tu, nada de polícia.
- Sim, como queiram. – respondeu José António.
O assaltante que segurava a arma, foi o último a sair da cabine. Quando o ia fazer, José António corre até ele agarrando a arma. Os dois lutam pela posse dela até que a arma dispara sem se saber bem como. O gatilho foi premido, e a bala atingira… José António.
- A minha missão, está cumprida. – disse José António para o ladrão. – Sê feliz, todos temos uma oportunidade na vida.
O ladrão correu de imediato. José António estava a sangrar junto ao coração, onde fora atingido. Não demorou muito tempo até que começaram pessoas a chegar ao local, acordadas pelo barulho do disparo. Martim e Raúl foram dos primeiros a chegar ao local para socorrer José António. Ele já estava desmaiado quando chegou a ambulância. Todos os outros artistas e trabalhadores do circo já estavam ali à volta apavorados com o que viam. As gémeas Ana e Rita abraçavam-se as duas assustadas com o que acontecera. Marcos e Carlos também prestavam socorro a José António, mas ele já se encontrava para além das capacidades de qualquer um deles. O seu corpo perdera as forças, a sua alma seguira para um novo mundo à procura das praias da vida.
Quando a ambulância chegou, já todos estavam de joelhos virados para o corpo de José António rezando e velando pela sua morte. Ao longo de vários metros de relva, artistas e empregados ajoelhavam-se e agradeciam a José António por tudo o que ele lhes dera, por tudo o que ele fizera por eles.


DOIS DIAS DEPOIS


Martim ia á frente. Atrás dele seguia Raúl a par com Carlos. Depois Ana e Rita. De seguida Marcos com um outro elemento do circo. Todos os outros, dois a dois seguiam em fila pela entrada principal da grande tenda. Martim que ia à frente levava consigo a caixa das cinzas de José António e encaminhava toda a procissão com os elementos do circo até à grande arena onde todos se reuniram em círculo. Martim pousou a caixa no centro do círculo e juntou-se aos colegas, fechando o círculo.
- Agora podemos todos dizer o nosso último adeus aquele que nos amparou, nos deu uma nova oportunidade na vida e deu a vida por nós. – disse Martim.
- Cinco anos estive preso. Dois anos depois de sair da prisão conheci José António que me deu uma oportunidade de consertar a vida. Aperfeiçoei os seus dotes mágicos tal como ele me pediu e ele então estendeu-me a mão, acolheu-me na sua família. – disse Raúl.
- José António estendeu-me a mão, depois que soube do meu passado e dos meus objetivos para o futuro. Deu-me a oportunidade de vingar os meus medos. E acima de tudo, deu-me uma nova família. – disse Marcos.
- As travessuras tramaram-me a vida. Depois de cair na minha própria teia apareceu o José António. Deu-me a oportunidade de fazer o que eu gosto sem magoar ninguém, muito pelo contrário. Usar os meus dotes para fazer feliz as pessoas. – disse Carlos.
- Nem eu nem a minha irmã podíamos sentirmo-nos completas sem entrar no Circo Fantástico. Três sonhos que José António concretizou.- disse Rita.
- Um pai. Um amigo. Um familiar. Um conselheiro. Esse era José António. – finalizou Ana o discurso da irmã.
Entretanto todos os funcionários do circo fizeram as suas despedidas, ficando Martim para o fim.
- Primeiro quero anunciar que a partir de hoje tomarei eu conta do Circo Fantástico. Nunca poderíamos deixar o sonho do José partir com ele. Um homem que nos encheu de coragem, de força, de vontade e de carinho. Um homem que distribuiu oportunidades por aqueles que as procuravam. Eu vi este circo nascer e crescer. Tal como o circo, também a alegria de José crescia. Um homem alegre e amigo. Um batalhador que foi à luta e venceu por todos nós. Não deixaremos que tudo o que ele conquistou seja perdido em vão. Com ele, por ele vamos fazer deste circo uma inspiração para todos aqueles que nos visitam.
Dito isto, Martim pegou na caixa das cinzas e abriu-a. Espalhou as cinzas de José pela arena.
- Agora e para sempre connosco no nosso palco que é este chão.

NESSE MESMO DIA, À NOITE


- Que comece o espetáculo. O público está em delírio. – disse Raúl.
- Abram a cortina! – gritou Martim. – O Circo Fantástico está a entrar!

FIM

Editado por JoãoM94
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