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83: A Televisão em Israel


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Como estamos na semana eurovisiva, faz sentido falar sobre a televisão em geral do país que a acolhe este ano.

A bandeira tem ao centro a Estrela de Davi, símbolo do judaísmo.

1966 a 1983

Com o surgimento do Estado de Israel em 1948, só havia rádio, e os primeiros governos não preferiam a televisão. Tudo muda no início dos anos 60, quando as emissões dos países vizinhos - Líbano, Chipre e Egipto - arrancavam e podiam ser apanhados em Israel se as condições eram favoráveis. A UNESCO sugeriu a criação de uma televisão com fins demarcadamente educativos em 1961. A televisão - que até então era apreciada em lugares públicos com as emissões vizinhas - passou a ser tratada mais a sério em 1963 quando Levi Eshkol passou a ser o primeiro-ministro e a IBA foi criada em 1965 para distanciar-se da rádio do governo, para avançar com o arranque. Porém, a 24 de Março de 1966, uma outra entidade avançou. Era a Televisão Educativa de Israel.

Israel tornava-se num dos últimos países dentro da região da UER a entrar na era da televisão. As emissões não eram regulares - só se tornariam a 2 de Maio de 1968 quando a IBA começava as suas emissões.

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Foi precisamente no Dia da Independência israelita que a televisão teve os seus primórdios, uns anos depois da aprovação pelo Knesset a 6 de Junho de 1965. Depois de um período dito "experimental", as emissões passaram a ser regulares em Agosto. Inicialmente a emissão era de uma hora em árabe e duas em hebraico. O seu programa mais emblemático, o Mabat laHadashot (Olhar às Notícias) foi emitido pela primeira vez a 1 de Agosto de 1968 e o primeiro noticiário em árabe a 13 de Agosto.

Em 1969, a emissão é alargada às sextas e sábados, o que gerou polémica entre alguns telespectadores, sobretudo de alguns judeus que fazem sabática de sexta para sábado. Tal confusão foi efectuada em Novembro de 1969, com o surgimento das emissões diárias. Na mesma altura surgiu outro ícone da televisão israelita, Psuko Shel Yom (O Verso do Dia) onde eram emitidos versos da Tora. O programa encerrava as emissões do canal durante décadas e tornou-se um sinónimo para a hora de dormir, a um ponto que muita gente associava o programa à hora em que passava.

Em 1971, a primeira série da televisão israelita, Hedva e Shlomik, é produzida. Com o fim da Guerra do Yom Kippur em 1973, a emissão passa a ser de seis horas, com uma hora e meia de programas em árabe e uma hora para as crianças. O atraso na chegada da televisão israelita trouxe também outro problem, o das emissões a cores, numa altura em que já começavam a surgir emissões no tal formato nalguns países europeus. A IBA testa os limites quando o Festival da Canção deles, o Kdam ("pré", como em "pré-Eurovisão") de 1978 foi produzido a cores. No mesmo ano, Israel sagrou-se campeão em França pela primeira vez na Eurovisão e produziu a edição a cores para não irritar os outros membros da UER, que já eram todos a cores.

Israel venceu a Eurovisão de 1979 mas foi impedida de organizar em 1980 por uma razão: a televisão ainda era a preto e branco e a IBA não tinha dinheiro para duas coisas: financiar um evento internacional e ainda por cima ter equipamento a cores numa ocasião temporária. Em 1982, a Televisão Educativa (que emitia nas frequências do canal da IBA durante parte do dia) estreava um programa dedicado aos soldados da Guerra do Líbano, a cores, que ao fim de pouco tempo se tornava num programa permanente, o Erev Hadash (A Nova Noite), o primeiro noticiário a cores da televisão israelita.

No mesmo ano, a IBA já fazia as suas experiências a cores. Mas no ano seguinte, tudo mudaria.

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