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VascoSantos

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‘SUL’: A NOVA SÉRIE RTP QUE QUER CHEGAR AO MUNDO

A aposta da RTP no conteúdo adaptado ao mercado televisivo estrangeiro continua.  A estação pública embarcou na produção de Sul, um drama passado em Lisboa, realizado por Ivo M. Ferreira.

Sul é a primeira série nacional a ser selecionada para apresentação na CoPro Series, evento dedicado a séries inserido no Berlinale, o Festival Internacional de Cinema de Berlim.

A série noir portuguesa, produzida pela Arquipélago Filmes, foi criada diretamente para a RTP. Segundo a Variety, a Latido Films será a responsável pela comercialização internacional da série, marcando a incursão da agência na venda de dramas televisivos para todo o mundo.

O policial noir na Lisboa da troika

Escrito por Edgar Medina Guilherme MendonçaSul vai levar ao pequeno ecrã a densidade do cinema noir. Partindo da descoberta de um cadáver na margem do Tejo, é descoberta uma série de homicídios chocantes, ocorridos durante o quente verão da capital portuguesa, numa altura em que se vive intensamente uma crise económica e social.

As imagens irão transportar o espectador para os bastidores do poder político, aos escritórios de advogados influentes e abordar o branqueamento de capitais, passando pelas igrejas evangelistas lisboetas.

O único nome associado a esta produção é o de Adriano Luz. O ator, que encabeça o elenco, irá dar vida a Humberto, inspetor da Polícia Judiciária. A banda sonora da produção está a cargo de Dead Combo, banda rock portuguesa.

O drama negro será gravado inteiramente em Portugal, em língua portuguesa. Com filmagens entre abril e junho, espera-se que o projeto esteja concluído em setembro em dois formatos distintos: dez episódios de 45 minutos e cinco segmentos de 90 minutos. A exibição na RTP está agendada apenas para 2019.

A produção da Arquipélago Filmes será a série mais cara da produção nacional em 2018, com orçamento definido em um milhão de euros. A nível nacional, parte do financiamento – cerca de 500 mil euros – está a cargo do Instituto do Cinema e Audiovisual. A subvenção portuguesa culmina na compra da série pela RTP para exibição, acumulando-se com o financiamento internacional que está por vir.

“É uma oportunidade única”

No passado dia 21 de fevereiro, South (título internacional do projeto) fez parte da seleção no Berlinale. Neste evento, são apresentados projetos de vários países, que tentam encontrar financiamento e parceiros internacionais a nível de coprodução.

O grande objetivo é aumentar o financiamento da produção. “Para fazer 450 minutos de ficção de qualidade, uma série de televisão que se quer cinematográfica, é uma porção ínfima do que precisávamos”, justifica Edgar Medina ao Público o orçamento nacional que a produção recebeu.

No entanto, Berlim é uma porta para algo maior. É uma oportunidade única, naquele auditório estão 300 dos maiores operadores de televisão audiovisual e agentes de venda de todo o mundo”, acrescenta sobre o festival.

O cenário (social) de Portugal espelhado para o mundo

Em declarações à Variety, Edgar Medina falou sobre a escolha da capital portuguesa para servir de cenário a Sul. “Colocamos uma ficção noir no mais entusiasmante e desconhecido cenário – a antiga Lisboa.

“Desvendamos o seu lado mais negro: uma experiência genuína, que combina uma narrativa internacional com um leque de personagens com sabor local, um verdadeiro crime noir mediterrâneo, acrescentou o produtor e argumentista da série.

Além do cenário, também se faz um retrato social. A atmosfera da produção envolve-se com uma temática bem presente na história recente do país, a da crise económica e social. “O facto de a crise ter aparentemente acabado não veio apagar este tempo, se calhar estamos mais alerta sobre uma crise mais constante e permanente” refere Ivo M. Ferreira ao Ípsilon. Medina acrescenta que esta “é uma enorme oportunidade dramática, porque transporta personagens, sensações, momentos que são particularmente bons e fortes de trabalhar.”

Sul

Apresentação de ‘Sul’ no CoPro Series, evento do Berlinale 2018. (Fotografia: Facebook Arquipélago Filmes)

O português será o idioma com que South se fará ouvir. “Mesmo que a versão original seja em português, sentimos que a nova televisão permite legendar ou dobrar diretamente para tornar o produto ainda mais internacional”, refere Antonio Saura, CEO da Latido Films, distribuidora internacional da produção.

A verdade é que a televisão em idiomas diferentes do inglês está a ganhar espaço junto dos públicos estrangeiros. É precisamente este o objetivo da produção de Sulpara os mercados internacionais.

“Se adoramos ver televisão em dinamarquês, que é uma língua falada por seis milhões de pessoas, porque não pode uma série ser falada em português, que é falado em Portugal (dez milhões de habitantes) e no Brasil (200 milhões)?,” perguntou Saura.

Sul chega ao pequeno ecrã em 2019. Em Portugal, a casa da produção será a RTP. Em breve, chegará como South ao resto do globo.

 

https://espalhafactos.com/2018/02/22/sul-nova-serie-rtp-quer-chegar-ao-mundo/
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Cinema noir em Portugal?! Wow! Excelente! É um género muito característico e tem que ser muito bem feito para passar esse lado de “cinema negro”, mas pela história parece ser algo carregado e bem ao estilo de filmes desta época. E, claro, muito contente nesta aposta da RTP e por ser algo feito para fora. Estou expectante! 

Editado por Fabien S.
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há 1 hora, Forbidden disse:

Um noir portugues? Nem sei o que achar... vamos ver como será. Mas eu associo o noir sempre aos anos 40/50 e não à atualidade.

Tal como eu, daí ter ficado espantado, mas é normal, não estamos habituados e, aliás, basta ver o Foragidos da Noite para se perceber a complexidade que aquilo tem. 

Editado por Fabien S.
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  • 2 meses depois...

Até agora o elenco está brutal. Adriano Luz, que vai fazer de inspetor da PJ, é um excelente ator, acho que tem uma boa personagem em mãos. A Jani Zhao é uma atriz que evoluiu muito nos últimos anos, com o seu auge em Jogo Duplo, onde está excelente. Não sei nada sobre a personagem, mas está muito bonita, com um ótimo visual. E depois temos protagonistas excelentes, que a terem boas personagens, podem arrasar muito. Curioso com o resto de elenco, personagens, visuais, etc.

 

Editado por Ivo
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Estou muito contente pelo investimento e visão da RTP de ir mais além. Fazer uma série portuguesa a pensar na internacionalização é o futuro do audiovisual português. Espero pela melhor qualidade para esta série e que haja mecanica para renovar para outras temporadas caso se confirme o seu sucesso lá fora e cá dentro.
Ainda pensei que as TV portuguesas teriam de recorrer a plantaformas de stream internacional como a Netflix para co-produzir produtos de ficção em seriado em território portugues. Caso este investimento tenha o sucesso pretendido só acaba por afirmar que a produção portuguesa têm as bases suficientes para fazer séries nacionais com qualidade internacional e levar a língua portuguesa além fronteiras.

Até ao momento, na Netflix, a língua portuguesa está presente com algumas novelas antigas da SIC e a série brasileira "3%".

Quanto à RTP falta mesmo promoção mais arrojada. Fizeram bem com a série "1986" pelos mupis exteriores e com concerto da banda sonora original da série no Altice Arena.

Vamos ter de esperar por 2019 para ver esta série "SUL" e não faz mal. Antes esperar bons meses para termos boas rodagens e pos-produção de alta qualidade do que ter pouco tempo e sair algo "meh" e banal como se faz com as novelas em que se perde todo o mote pelo meio dos episódios (encher chouriços).

Antes pagar 1M por algo bem produzido em 13 episódios do que pagar o mesmo por algo rasca em 300 episódios para ter audiencias e vender produtos comerciais. Só para lembrar que na TVI tivemos uma novela gravada em 2013/14 e emitida dois anos depois em que só para arrastar a emissão do ultimo episódio 3 meses mais tarde tiveram que recorrer a imagens de paisagens preenxendo 15 a 20 min por episódio. É esta "qualidade" que se quer para o audiovisual portugues? Não me parece. Por isso tenho todas as espetativas para a RTP pois será a única salvação para levar o melhor da nossa ficção além fronteiras.

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há 19 horas, ineseabra disse:

Acredito que a Margarida Vila-Nova venha para aqui... ela costuma fazer pausas grandes entre as novelas e como a SIC e a RTP tem uma excelente parceria, espero que venha. Quanto ao Afonso Pimentel, ele vai para a próxima novela da SIC...

Basta ver quem é o realizador e é obvio a Margarida Vila-Nova.

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há 4 horas, Vítor Jardim disse:

Estou muito contente pelo investimento e visão da RTP de ir mais além. Fazer uma série portuguesa a pensar na internacionalização é o futuro do audiovisual português. Espero pela melhor qualidade para esta série e que haja mecanica para renovar para outras temporadas caso se confirme o seu sucesso lá fora e cá dentro.
Ainda pensei que as TV portuguesas teriam de recorrer a plantaformas de stream internacional como a Netflix para co-produzir produtos de ficção em seriado em território portugues. Caso este investimento tenha o sucesso pretendido só acaba por afirmar que a produção portuguesa têm as bases suficientes para fazer séries nacionais com qualidade internacional e levar a língua portuguesa além fronteiras.

Até ao momento, na Netflix, a língua portuguesa está presente com algumas novelas antigas da SIC e a série brasileira "3%".

Quanto à RTP falta mesmo promoção mais arrojada. Fizeram bem com a série "1986" pelos mupis exteriores e com concerto da banda sonora original da série no Altice Arena.

Vamos ter de esperar por 2019 para ver esta série "SUL" e não faz mal. Antes esperar bons meses para termos boas rodagens e pos-produção de alta qualidade do que ter pouco tempo e sair algo "meh" e banal como se faz com as novelas em que se perde todo o mote pelo meio dos episódios (encher chouriços).

Antes pagar 1M por algo bem produzido em 13 episódios do que pagar o mesmo por algo rasca em 300 episódios para ter audiencias e vender produtos comerciais. Só para lembrar que na TVI tivemos uma novela gravada em 2013/14 e emitida dois anos depois em que só para arrastar a emissão do ultimo episódio 3 meses mais tarde tiveram que recorrer a imagens de paisagens preenxendo 15 a 20 min por episódio. É esta "qualidade" que se quer para o audiovisual portugues? Não me parece. Por isso tenho todas as espetativas para a RTP pois será a única salvação para levar o melhor da nossa ficção além fronteiras.

A novela foi gravada em 2016 e estreou nesse mesmo ano.

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há 28 minutos, SIM disse:

A novela foi gravada em 2016 e estreou nesse mesmo ano.

Pois fiz confusão com os anos. As gravações começaram no final de 2015 e acabaram no verão de 2016 antes de estrear em setembro desse ano. Mesmo assim a novela só terminou no final de Novembro de 2017. Daí eu ter a ideia de que a novela teria 2 anos de espaço entre gravacões feitas e a estreia. xD Na verdade foram 2 anos desde o inicio das gravacoes e a emissão do ultimo episódio.

Editado por Vítor Jardim
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  • 2 semanas depois...

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