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Flopar É Viver


Hugo

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CHEGOU A HORA DO LANÇAMENTO DO LIVRO AUTOBIOGRÁFICO MAIS AGUARDADO DO ANO. 

SEM MAIS DEMORAS, AQUI ESTÁ ELE!

 

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PREFÁCIO 

O meu nome é Gabriela Sobral, comecei a minha carreira na área do flop em 2010. Este foi o ano da mudança. Farta de sucessos sucesivos, decidi que tinha que mudar o meu lema de vida. Após abandonar o lema "Sucesso é o caminho", adotei o lema "Viver é flopar". Em 2010 deixei a TVI e entrei pelo caminho do flop. Como tal, aceitei um emprego na SIC com o intuito de tornar o canal num flop ainda maior, mas, como é óbvio, sem ninguém saber. 
Este livro irá servir para futuros aprendizes que queiram seguir o mesmo caminho que eu, Gabriela Sobral (Gabi para os amigos), segui, e que me tornou numa pessoa realizada e muito feliz. 
Este livro conta também com o testemunho e algumas dicas de dois dos meus aprendizes mais bem sucedidos. 

 

CAPÍTULO I - O PLANO

Estava em 2010 e percebi que tinha que dar um novo rumo à minha vida. Queria novos desafios, queria mudar de vida. Decidi então ir para a SIC, ainda que receosa por achar que não seria capaz de ser bem sucedida nesta nova fase da minha vida. Por achar que necessitava de apoio e de ajuda na minha nova carreira de flops, recrutei uma aprendiz, Júlia Pinheiro. 
Com a ajuda da minha grande amiga Júlia, tudo seria mais fácil, mas ela não sabia de todo o plano, plano esse que passava também por flopar uma cara de sucesso nacional. Sim, a ideia de acabar com a carreira de sucesso da Júlia foi minha e, mesmo sem saber, ela ajudou-me. 

 

CAPÍTULO II - A CHEGADA

Setembro de 2010, começou aqui a minha jornada no caminho do flop. O mês em que cheguei à SIC, pronta para flopar. 
Para o meu plano não parecer óbvio, informei a Júlia de que ela apenas deveria vir ter comigo uns meses depois. 
Houve outra aliada que me ajudou neste plano, Fátima Lopes, consegui fazer com que ela saísse da SIC para a TVI, de modo a que o meu plano pudesse ir para a frente o mais rápido possível. 
Chegava então a hora de tomar as primeiras decisões enquanto Diretora de Conteúdos da SIC. 

 

CAPÍTULO III - AS PRIMEIRAS DECISÕES 

Comecei por criar novos talk shows, como é óbvio, sem intenção de serem um sucesso, mas, pelo contrário, com intenção de flopar. Querida Júlia e Boa Tarde, foram estes os nomes escolhidos para os novos flops da SIC. Recrutei a Júlia, que já havia sido informada do seu primeiro flop e, Conceição Lino, que, na sua inocência, nunca pensou que havia sido chamada para flopar. 
Tais decisões não podiam ter corrido melhor, tudo flopou, nada liderou. Cheguei assim à conclusão que havia tomado uma decisão acertada. 

 

CAPÍTULO IV - FLOP CRESCENTE

Após ter arruinado o day time, teria também que arruinar o horário nobre, começando pelos fins de semana. 
Comecei pelo horário nobre de domingo. Em 2012, recrutei alguns dos potenciais flops da SIC. O primeiro programa em que apostei foi no Toca a Mexer, um flop fenomenal, com a Rita Flop Rodrigues. Infelizmente, houve alguns sucessos, mas nada muito preocupante, porque, mesmo os sucessos que criei, consegui fazer com que flopassem. Peso Pesado, Splash ou Fator X são apenas alguns exemplos dos vários sucessos qur eu fiz flopar. 
Com o Somos Portugal, os filmes da SIC começaram a flopar, mas nada de muito grave, o que foi um pouco preocupante e,como tal, convenci o Balsemão Júnior a apostar num novo programa para os domingos à tarde, programa esse que supostamente, para além de fazer sucesso, iria render à SIC muito dinheiro em chamadas telefónicas. Com estes argumentos, foi fácil convencer o boss e, assim, nasceu mais um flop, que fez a SIC ir a mínimos. 

 

CAPÍTULO V - VÍCIO DE FLOPAR

Após tantos flops bem sucedidos, fiquei viciada. Cada vez mais ficava sedenta de flops. Um dos meus maiores projetos estava a chegar, contratar o João Baião e fazer dele um flop. 
Convenci mais uma vez o boss de que o Baião seria o trunfo da SIC para liderar em vários horários, mesmo que, para isso,fosse preciso gastar rios de dinheiro a ir buscá-lo à RTP antes do seu contrato acabar. Dito e feito, o Baião veio, viu e flopou. Primeiro com o Portugal em Festa, depois com o Sabadabadão, seguido do Grande Tarde e hoje em dia continua a flopar no Juntos À Tarde, outro flop que veio substituir os outros dois. 
Outro que também veio para flopar foi o João Paulo Rodrigues, diretamente de Queluz de Baixo para Carnaxide e para os braços da Júlia Pinheiro, mais uma tentativa flopada de subir os números do Querida Júlia, veio o Queridas Manhãs (como se eu fosse deixar que o meu Goucha e a minha Tina começassem a perder nas audiências). 

 

CAPÍTULO VI - FICÇÃO 

Este foi certamente o ramo mais difícil de fazer flopar. Quando cheguei à SIC, tentei mudar o modo da SIC fazer novelas com Laços de Sangue, que, incrivelmente, subiu os números do horário, tudo o que eu não queria. Depois veio Rosa Fogo, que já foi descendo os resultados (felizmente). No entanto, em 2012, chega uma das minhas maiores dores de cabeça: Dancin' Days. O meu objetivo era adaptar uma novela super antiga e nada famosa, para que o flop fosse ainda maior, no entanto, tudo correu pessimamente, a novela começou a liderar. O pesadelo que foi...! Passei noites mal dormidas, com tamanho sucesso. 
Para reverter a liderança da SIC na primeira linha do horário nobre, decidi cansar o autor de Dancin' Days, fazer dele um flop. Assim, contratei-o para escrever a sucessora do meu maior pesadelo. Nasceu assim Sol de Inverno, que, apesar de ter descido os resultados de Dancin' Days, não foi o flop que eu queria. A machadada final chegou quando decidi apostar numa autora inexperiente, esperando eu que fosse a nova Patrícia Muller. Mais uma vez, tudo correu pessimamente. Mar Salgado, a nova novela da SIC, bateu recordes de audiência. Um pesadelo ainda maior que Dancin' Days, como eu nunca havia tido. Não sabia o que mais fazer. Havia tentado de tudo, só pensava: "E agora, o que é que eu faço?". 

 

CAPÍTULO VII - A SEGUNDA LINHA

A ideia que tive para a ficção da SIC flopar, foi baixar o orçamento da mesma. Para tal, decidi criar uma segunda linha de ficção nacional na SIC. E não poderia começar de melhor maneira, fui contratar a Margarida Marinho (que estava na TVI) para protagonista, gastando uma boa parte do orçamento com tal feito. Para a segunda linha fracassar, contratei a Patrícia Muller para autora (tenho que admitir que foi uma jogada de génio da minha parte)! A novela "Poderosas" flopou como nunca antes se havia visto. O flop da SIC foi o meu sucesso.
As novelas de primeiro horário até hoje não voltaram a bater recordes e, quando não flopam, empatam com as novelas do canal 4, o que já não é totalmente mau. Sendo assim, continuarei a tentar flopar a ficção da SIC, porque apesar de estar num bom caminho para o flop, nada é certo. 

 

CAPÍTULO VIII - APRENDIZ JÚLIA

Este capítulo será inteiramente escrito por mim, Júlia Eduarda Santos Afonso Martins Pinheiro. 
Tenho que agradecer à minha querida Gabi, não fosse ela, eu ainda andava a latir, feita cadela, e a rebolar no chão, feita bola de futebol. Agora sou uma pessoa muito mais séria, mais feliz e bem mais flop. 
A pedido da minha querida Gabriela Sobral, deixo aqui algumas dicas para o flop perfeito. 

1 - Deixar de fazer programas cujo público seja superior a meia dúzia de portugueses.
2 - Arranjar colaboradores mudos para os teus programas. Ver alínea a).
3 - Deixar de ser genuína e passar a ser uma pessoa séria e com ambição de flopar.
4 - Nunca apresentar vários programas ao mesmo tempo. Não podes correr o risco de liderar os dois.
5 - E agora um fetiche aqui da Júlia: diz sempre bem do teu programa antes de ele estrear. Porque quando se é flopado, tudo aquilo que queres sai sempre furado.

a) Primeiro a Ana Marques no Querida Júlia e depois o João Paulo Rodrigues no Queridas Manhãs.

 

CAPÍTULO IX - APRENDIZ BRUNO

Eu, Bruno de Lima Santos, desde que cheguei à TVI, em 2011, tenho tentado fazer bosta, mas apenas em 2014, quando fui nomeado Diretor de Programas, é que coloquei em prática os conhecimentos que adquiri nos cultos secretos da minha amiga Gabriela Sobral. 
Assim, como ela me pediu, vou escrever neste capítulo só meu, 5 dicas que aprendi com ela:

1 -  Se não soubermos o que colocar na grelha, vamos ao random.org.
2 - Quando a promoção aos produtos não se revelar escassa, terá que ser rasca. Ou seja, rasca e escassa são as palavras de ordem quando pensámos em promover algo que queremos fazer flopar.
3 - Criar uma grelha de televisão em constante mudança é um toque perfeito para criar flops.
4 - Gastar o orçamento disponível para a ficção em coisas desnecessárias como viagens e assim ter que fazer render o produto adicionando 500 episódios aos 300 iniciais.
5 - Se tiver um programa líder dji audiências, faça as pessoas engolirem esse programa até à exaustão, dê-lhes esse programa dji manhã, à tardje e à noitji, todos os anos. Ah! E se mesmo assim contjinuarem a comer, então comece a repetir os programas. Não há melhor receita para flopar!

 

CAPÍTULO X - O FUTURO

Neste capítulo, eu, Gabi, não irei falar no que farei futuramente para flopar cada vez mais. Este livro ficará inacabado, de modo a ser mais um flop na minha carreira. ADEUS! 

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há 1 minuto, HugoMiguel disse:

REVISÃO DE TEXTO: @D007

EQUIPA DE MARKETING: @Gatafunhos e @SIM

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Vamos fingir que o SIM ajudou no marketing.

 

Hey, eu também ajudei no marketing!

Pormenores à parte, tenho de reconhecer o grau de fidelidade de toda a obra! Tudo o que ali está é verídico. :yes: Parabéns Rufia Miguel. :P

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Opá, os primeiros capítulos parecem mesmo os mais verídicos. A partir do capítulo VI, em que o @HugoMiguel dá asas à imaginação, a coisa melhora muito. 

"quando se é flopado, tudo aquilo que queres sai sempre furado."

"Se não soubermos o que colocar na grelha, vamos ao random.org."

:rofl: 

Isto e os capítulos VI e VII foi o que me fez rir mais.

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  • 2 semanas depois...

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