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Orgulho e Paixão


Pedro M.

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3 hours ago, Forbidden said:

Eu não vejo a novela. Eu acho a cena extremamente fantasiosa, não tenho grande prazer numa glamourização do passado ou uma recriação deste, acho que isso diminuiu a evolução que tivemos... acho que todos nós sabemos como as pessoas lgbt eram tratadas nessa altura.

Eu também não vejo, mas achei a cena bonita independentemente de ser da mesma opinião que tu. Nesta altura as pessoas LGBT provavelmente nem o direito de "pensar que eram LGBT tinham, quanto mais SER. :rolleyes: Essa é uma das razões pelas quais eu não consigo simpatizar com esta novela, porque depois tens também a questão das mulheres, que na novela perdem a virgindade antes do casamento e vão pra cama com outros homens como se isso fosse a coisa mais natural do mundo naquela época, onde as mulheres eram vistas basicamente como seres humanos de segunda categoria...

Não estou a dizer que é uma má novela, mas que está cheia de incoerências históricas isso é inegável... :yes:

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  • Respostas 279
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há 30 minutos, Harry Cameron disse:

Eu também não vejo, mas achei a cena bonita independentemente de ser da mesma opinião que tu. Nesta altura as pessoas LGBT provavelmente nem o direito de "pensar que eram LGBT tinham, quanto mais SER. :rolleyes: Essa é uma das razões pelas quais eu não consigo simpatizar com esta novela, porque depois tens também a questão das mulheres, que na novela perdem a virgindade antes do casamento e vão pra cama com outros homens como se isso fosse a coisa mais natural do mundo naquela época, onde as mulheres eram vistas basicamente como seres humanos de segunda categoria...

Não estou a dizer que é uma má novela, mas que está cheia de incoerências históricas isso é inegável...

 

Exato, essa é outra questão que também diminui a evolução que as mulheres tiveram ao longo da história. Eu pessoalmente ligo muito à coerencia histórica duma obra, se não querem seguir as coisas como foram que façam uma novela contemporânea :)

Os autores tem que ter noção da mentalidade e das leis da época que recriam, se não fica algo ridículo.

 

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Eu fico um pouco inquieta com o rumo que o autor está a dar ao Luccino. Falar da homossexualidade naquela altura vai de certeza trazer grandes dissabores ao nosso italianinho, que vai sofrer muito já estou a ver!

Quem está nas sete quintas são os nossos "Janilo"! Estou a gostar muito de os ver nesta fase enquanto casal "casado". Estão bem mais maduros e seguros de si mesmos!

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há 1 hora, Forbidden disse:

Exato, essa é outra questão que também diminui a evolução que as mulheres tiveram ao longo da história. Eu pessoalmente ligo muito à coerencia histórica duma obra, se não querem seguir as coisas como foram que façam uma novela contemporânea :)

Os autores tem que ter noção da mentalidade e das leis da época que recriam, se não fica algo ridículo.

 

Eu acho que dada a circunstância dá para fazer uma licença poética, visto que a novela não faz nenhuma menção ou relevância aos fatos ocorridos naquele tempo. Acho para ter aquela relevância mesmo de dizer que aquelas mulheres estão ''a frente de seu tempo''. O público não é bobo e já percebeu que as histórias não se baseiam naquele tempo. Visto que na mesma década que se passa a novela tivemos ''Lado a Lado'' e são novelas totalmente diferentes, abordam temas completamente diferentes, o único porém mostra também o lado feminino daquele tempo, Laura e Isabel foram mulheres a frente do seu tempo. Acho que o autor Marcos Bernstein, quis transpor a história para aquele tempo e discutir temas sociais de hoje. Se fosse nos dias de hoje, a novela para mim perderia aquela essência de inocência, e deixaria a mulher um pouco mais vulgar, e não é o que o autor pretende levar. Claro, naquele tempo a sociedade levava a virgindade como algo sério, Lídia a personagem da novela se envolve com Uirapuru e engravida dele, sem mesmo casar com este. Os pais de Lídia, Ofélia e Felisberto, são condescendentes a esta gravidez, muitos pais daquela década ou expulsavam a filha ou encobriam  a gravidez da pessoa, a mãe da grávida se tornava a mãe do filho desta. Ao contrário desta em ''O Tempo Não Para'' temos Marocas que é o avesso desta novela, sabe se impor ao respeito que a sociedade de 1886 levava. Mulheres eram difamadas a um simples gesto de um beijo no rosto, que no tempo atual brasileiro é válido homens beijarem mulheres no rosto. O que quer dizer que cada autor pode se basear ou não na história de época. 

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há 8 minutos, DanielNunes disse:

Eu acho que dada a circunstância dá para fazer uma licença poética, visto que a novela não faz nenhuma menção ou relevância aos fatos ocorridos naquele tempo. Acho para ter aquela relevância mesmo de dizer que aquelas mulheres estão ''a frente de seu tempo''. O público não é bobo e já percebeu que as histórias não se baseiam naquele tempo. Visto que na mesma década que se passa a novela tivemos ''Lado a Lado'' e são novelas totalmente diferentes, abordam temas completamente diferentes, o único porém mostra também o lado feminino daquele tempo, Laura e Isabel foram mulheres a frente do seu tempo. Acho que o autor Marcos Bernstein, quis transpor a história para aquele tempo e discutir temas sociais de hoje. Se fosse nos dias de hoje, a novela para mim perderia aquela essência de inocência, e deixaria a mulher um pouco mais vulgar, e não é o que o autor pretende levar. Claro, naquele tempo a sociedade levava a virgindade como algo sério, Lídia a personagem da novela se envolve com Uirapuru e engravida dele, sem mesmo casar com este. Os pais de Lídia, Ofélia e Felisberto, são condescendentes a esta gravidez, muitos pais daquela década ou expulsavam a filha ou encobriam  a gravidez da pessoa, a mãe da grávida se tornava a mãe do filho desta. Ao contrário desta em ''O Tempo Não Para'' temos Marocas que é o avesso desta novela, sabe se impor ao respeito que a sociedade de 1886 levava. Mulheres eram difamadas a um simples gesto de um beijo no rosto, que no tempo atual brasileiro é válido homens beijarem mulheres no rosto. O que quer dizer que cada autor pode se basear ou não na história de época. 

A minha pergunta é: se não querem respeitar a história, porque fazem novelas de época? Que propósito tem? Pra isso façam uma fantasia, agora não digam que é uma novela histórica quando de histórico só tem mesmo as roupas.

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1 hour ago, Forbidden said:

Exato, essa é outra questão que também diminui a evolução que as mulheres tiveram ao longo da história. Eu pessoalmente ligo muito à coerencia histórica duma obra, se não querem seguir as coisas como foram que façam uma novela contemporânea :)

Os autores tem que ter noção da mentalidade e das leis da época que recriam, se não fica algo ridículo.

 

Temos que ter em atenção que a homossexualidade existe desde a antiguidade, por isso faz todo o sentido abordar este assunto no inicio do século XX, até ai nada contra. O problema é que nas últimas novelas da Globo esse tema, bem como a questão racial, tem sido abordada com mais respeito em novelas de época do que nas contemporâneas, o que acaba por dar a sensação de que os autores da Globo trabalham em direções opostas e andam com os valores todos trocados. Ainda no outro dia li aqui neste tópico que houve uma cena nesta novela em que a protagonista repreende um personagem racista, e estamos a falar duma novela de época... No Outro Lado do Paraíso, uma novela de 2017, quantas vezes mesmo é que a Nádia foi repreendida por ser racista?! :rolleyes:

São falhas que a Globo tem de corrigir urgentemente. :sleep:

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há 10 minutos, Forbidden disse:

A minha pergunta é: se não querem respeitar a história, porque fazem novelas de época? Que propósito tem? Pra isso façam uma fantasia, agora não digam que é uma novela histórica quando de histórico só tem mesmo as roupas.

Novela é uma ficção, o autor pode levar a história para onde ele quiser levar. Basta se público compra ou não a história. A roupagem de uma novela é o autor que inventa, se o autor quis colocar o tempo cronológico em um pano de fundo e discutir temas sociais de nossa realidade, ele pode fazer. Agora se ele mencionar fatos reais e históricos ele tem que respeitar o tempo que a história se passa. No caso de ''Orgulho e Paixão'' não tem fatos históricos, poderia sim se passar em qualquer época do tempo, e até no futuro se o autor quisesse levar. ''O Outro Lado do Paraíso'' mesmo sendo uma novela atual ela poderia ser sim uma novela de época, as falas e ações que o Walcyr Carrasco fez na novela, poderia ser retratadas em qualquer tempo.

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há 7 minutos, DanielNunes disse:

Novela é uma ficção, o autor pode levar a história para onde ele quiser levar. Basta se público compra ou não a história. A roupagem de uma novela é o autor que inventa, se o autor quis colocar o tempo cronológico em um pano de fundo e discutir temas sociais de nossa realidade, ele pode fazer. Agora se ele mencionar fatos reais e históricos ele tem que respeitar o tempo que a história se passa. No caso de ''Orgulho e Paixão'' não tem fatos históricos, poderia sim se passar em qualquer época do tempo, e até no futuro se o autor quisesse levar. ''O Outro Lado do Paraíso'' mesmo sendo uma novela atual ela poderia ser sim uma novela de época, as falas e ações que o Walcyr Carrasco fez na novela, poderia ser retratadas em qualquer tempo.

Eu só aceito isso se for uma história de fantasia ou de ficção científica, aí tudo bem, agora se forem a passar a história no mundo "normal" isso para mim não tem cabimento. Então de facto eu não "compro" isso. Gosto de um produto histórico bem feito, como "Tempo de Amar" ou "Liberdade Liberdade".

há 12 minutos, Harry Cameron disse:

Temos que ter em atenção que a homossexualidade existe desde a antiguidade, por isso faz todo o sentido abordar este assunto no inicio do século XX, até ai nada contra. O problema é que nas últimas novelas da Globo esse tema, bem como a questão racial, tem sido abordada com mais respeito em novelas de época do que nas contemporâneas, o que acaba por dar a sensação de que os autores da Globo trabalham em direções opostas e andam com os valores todos trocados. Ainda no outro dia li aqui neste tópico que houve uma cena nesta novela em que a protagonista repreende um personagem racista, e estamos a falar duma novela de época... No Outro Lado do Paraíso, uma novela de 2017, quantas vezes mesmo é que a Nádia foi repreendida por ser racista?! :rolleyes:

São falhas que a Globo tem de corrigir urgentemente. :sleep:

Podem abordar, desde que não ignorem como as coisas eram... vamos a ver, no filme "Maurice" o protagonista era gay, passava-se no inicio do século XX e era fiel à história real! Aliás, até teve final feliz e foi coerente (recomendo esse filme). Eu gosto de uma história bem escrita e com coerência.

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Haja paciência. Desde o inicio que a novela se apresentou como sendo um romance fantasioso, nunca um drama histórico. LOL E sendo assim acho que não há mal nenhum em o autor viajar de forma mais romântica nos temas que apresenta. Era lindo e coerente numa novela que preza pelo romance e humor ver cenas ao estilo de Liberdade Liberdade num determinado núcleo só porque "naquela época era assim". Isto no fundo é uma novela de fantasia, há que saber levar as coisas mais na desportiva, credo!

 

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há 2 horas, João 94 disse:

Haja paciência. Desde o inicio que a novela se apresentou como sendo um romance fantasioso, nunca um drama histórico. LOL E sendo assim acho que não há mal nenhum em o autor viajar de forma mais romântica nos temas que apresenta. Era lindo e coerente numa novela que preza pelo romance e humor ver cenas ao estilo de Liberdade Liberdade num determinado núcleo só porque "naquela época era assim". Isto no fundo é uma novela de fantasia, há que saber levar as coisas mais na desportiva, credo!

 

Mas desde quando é que querer ver uma novela de época que respeite minimamente o tempo onde se passa é um problema?! Quem diz "credo" sou eu :huh:

E Tempo de Amar também era uma novela romântica e representou bem a sua época, nem sei porque achas que uma coisa exclui a outra.

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há 1 hora, Forbidden disse:

Mas desde quando é que querer ver uma novela de época que respeite minimamente o tempo onde se passa é um problema?! Quem diz "credo" sou eu :huh:

E Tempo de Amar também era uma novela romântica e representou bem a sua época, nem sei porque achas que uma coisa exclui a outra.

Teve uma novela do seu autor favorito, Benedito Ruy Barbosa, que era também atemporal que era de época e não era a ao mesmo tempo. O remake de ''Meu Pedacinho de Chão'' era uma novela basada em uma época que parecia antiga e dialogava com a realidade atual. nem por isso deixou de ser de época. E outra ''Velho Chico'' é outra que poderia se passar em uma outra época, sua narrativa era bem arcaica.

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há 7 horas, Forbidden disse:

Mas desde quando é que querer ver uma novela de época que respeite minimamente o tempo onde se passa é um problema?! Quem diz "credo" sou eu :huh:

E Tempo de Amar também era uma novela romântica e representou bem a sua época, nem sei porque achas que uma coisa exclui a outra.

Tu tens é que perceber que as novelas não tem que retratar a realidade. São novelas LOL

 

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há 7 horas, Maciel disse:

Tu tens é que perceber que as novelas não tem que retratar a realidade. São novelas LOL

 

Há novelas boas e novelas más, como tudo na vida. Isso do "são novelas" significa o quê, mesmo? Que por ser novela não se pode exigir algo de qualidade ou que tem que se aceitar qualquer coisa por ser um género menor? Eu não penso assim. De resto, já disse o que tinha a dizer e não me vou repetir.

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1 hour ago, Forbidden said:

Há novelas boas e novelas más, como tudo na vida. Isso do "são novelas" significa o quê, mesmo? Que por ser novela não se pode exigir algo de qualidade ou que tem que se aceitar qualquer coisa por ser um género menor? Eu não penso assim. De resto, já disse o que tinha a dizer e não me vou repetir.

Concordo. Só que atenção que eu nunca disse que esta novela, que a nivel pessoal não faz o meu estilo, não tinha qualidade, porque tem, simplesmente disse que me faz alguma confusão ver algumas incoerêncis históricas. Mas whatever, é novela... :sleep:

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há 4 minutos, Harry Cameron disse:

Concordo. Só que atenção que eu nunca disse que esta novela, que a nivel pessoal não faz o meu estilo, não tinha qualidade, porque tem, simplesmente disse que me faz alguma confusão ver algumas incoerêncis históricas. Mas whatever, é novela... :sleep:

Eu também nem me referia a esta em especifico, tanto que não a vejo, agora acho ilogico que quando se queira ver uma novela coerente e com qualidade digam "é novela", é a mesma coisa que eu criticar um filme e dizerem "é um filme", olha obrigado não sabia...

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há 1 hora, Forbidden disse:

Há novelas boas e novelas más, como tudo na vida. Isso do "são novelas" significa o quê, mesmo? Que por ser novela não se pode exigir algo de qualidade ou que tem que se aceitar qualquer coisa por ser um género menor? Eu não penso assim. De resto, já disse o que tinha a dizer e não me vou repetir.

Obviamente que podes exigir algo bom, agora não podes criticar algo que nao retrate a realidade. As novelas são ficção, não são realidade. Que tu nao aprecies esse estilo, ja é outra coisa. Mas nao é por aí que o produto deixa de ter qualidade.

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há 1 minuto, Maciel disse:

Obviamente que podes exigir algo bom, agora não podes criticar algo que nao retrate a realidade. As novelas são ficção, não são realidade. Que tu nao aprecies esse estilo, ja é outra coisa. Mas nao é por aí que o produto deixa de ter qualidade.

Depende se a novela se passa no mundo real ou não, como já expliquei. Se for de género de fantasia não vou criticar como é óbvio.

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10 minutes ago, Forbidden said:

Eu também nem me referia a esta em especifico, tanto que não a vejo, agora acho ilogico que quando se queira ver uma novela coerente e com qualidade digam "é novela", é a mesma coisa que eu criticar um filme e dizerem "é um filme", olha obrigado não sabia...

A Glória Perez já costumava dizer (era qualquer cena assim): "Novela é apenas isso, NOVELA! Deixe-se voar..." :p

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há 5 minutos, Harry Cameron disse:

Só que ela também defende que as novelas têm que ter magia, não têm obrigatoriamente que ser escravas da vida quotidiana.

Sim, mas eu não sou contra isso, tanto que em AFDQ a Ritinha era sereia, filha de boto e tinha poder de encanamento/sedução. Eu acho que não estou a conseguir fazer-me entender, mas também não consigo explicar-me de melhor forma.

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1 minute ago, Forbidden said:

Sim, mas eu não sou contra isso, tanto que em AFDQ a Ritinha era sereia, filha de boto e tinha poder de encanamento/sedução. Eu acho que não estou a conseguir fazer-me entender, mas também não consigo explicar-me de melhor forma.

A leitura que eu faço dos teus comentários é que tu não és contra o facto de existir fantasia nas novelas, desde que não seja abordada a todo custo.

E, tal como eu, achas que tudo deve ser feito dentro de um contexto de forma a soar o mais verdadeiro possível. Claro que nenhum autor é obrigado a escrever uma novela que seja obrigatoriamente um espelho da vida real, mas também não tem de escrever algo completamente descabido, como A Herdeira por exenplo...

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  • 2 semanas depois...

Eu entendo o @Forbidden, seria mais ou menos como na Alemanha alguém decidisse escrever uma novela nos anos 40 que abordasse a tolerância e o respeito pelos outros. Não faz sentido e eu prefiro que respeitem o contexto histórico e de época, por mais mau que seja. Depois está alguém a ver a novela e a pensar "Nossa, quem me dera viver naquele tempo!" quando na realidade não era bem assim. Daqui a pouco temos mudanças de sexo em 1800 a serem totalmente aceites por todas as personagens.

Foi por isso que adorei Novo Mundo - embora o final não tenha sido muito do meu agrado. Lembro-me que houve uma ou outra referência à homossexualidade como se fosse algo muito estranho, porque efectivamente era naquele tempo. É importante saber de onde viemos para analisar o que mudou nos dias de hoje. É como quando numa obra histórica alguém faz a célebre piada "Qualquer dia as mulheres já usam calças!" e nós rimos e pensamos em como as coisas se transformaram ao longo dos séculos para chegar até ali.

Claro que a novela é livre de tomar a abordagem que quiser, mas eu não tenho interesse em assistir algo desfasado da realidade. Se a tua história se passa em 1800, então faz-me sentir como se estivesse em 1800.

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há 2 horas, Free Live disse:

Eu entendo o @Forbidden, seria mais ou menos como na Alemanha alguém decidisse escrever uma novela nos anos 40 que abordasse a tolerância e o respeito pelos outros. Não faz sentido e eu prefiro que respeitem o contexto histórico e de época, por mais mau que seja. Depois está alguém a ver a novela e a pensar "Nossa, quem me dera viver naquele tempo!" quando na realidade não era bem assim. Daqui a pouco temos mudanças de sexo em 1800 a serem totalmente aceites por todas as personagens.

Foi por isso que adorei Novo Mundo - embora o final não tenha sido muito do meu agrado. Lembro-me que houve uma ou outra referência à homossexualidade como se fosse algo muito estranho, porque efectivamente era naquele tempo. É importante saber de onde viemos para analisar o que mudou nos dias de hoje. É como quando numa obra histórica alguém faz a célebre piada "Qualquer dia as mulheres já usam calças!" e nós rimos e pensamos em como as coisas se transformaram ao longo dos séculos para chegar até ali.

Claro que a novela é livre de tomar a abordagem que quiser, mas eu não tenho interesse em assistir algo desfasado da realidade. Se a tua história se passa em 1800, então faz-me sentir como se estivesse em 1800.

Acho que depende do autor da história, ''Alma Gêmea'' mesmo que era da década de 40, poderia simplesmente ser retratada nos dias de hoje, pois não tinha fato histórico para se retratar. ''Orgulho e Paixão'' vai nessa onda, apesar que a atual novela das seis, colocam a mulher mais livre sexualmente dizendo se naquele tempo não eram bem assim. Quando se tem fato histórico ou personagem histórico a história tem que ser fiel, se for uma sátira de um tempo passado ou até de uma personagem real, podem mudar como foi o caso da minissérie ''O Quinto dos Infernos'', que não se levou a sério os fatos históricos da chegada da família real no Brasil. Eu entendo que fatos históricos tem que ser fiel, mas, novela não é um documentário, é uma obra aberta; e se o público comprou a ideia e conseguiu capitar o que o autor propôs é o que interessa, cabe o espectador acompanhar ou não a novela. 

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