fx Feud [FX]

[Hugo]

há 3 minutos, DiogoGraca disse:

Adoro os trabalhos do Ryan Murphy, mas efetivamente este deixou-me particularmente satisfeito. Adorei! Muita emoção, personagens bem delineados e com muitas nuances (sem maniqueísmo ou previsibilidade de comportamento). E com o número de episódios certo para contar esta história. Destaque para a Susan e para a Jessica, mas também para toda a direção de projeto que sincronizou muito bem todos os departamentos de estética, banda sonora, realização, guarda-roupa, cenografia... Uma obra fechada muito redonda. O empenho, ponderação e preparação cuidada notam-se no resultado final. Como o Ryan definiu: um ótimo filme de 8 horas!

Se isto tivesse sido categorizado como filme-documentário até podia ganhar um Óscar. O "filme" de 8 horas do OJ "OJ: Made In America" ganhou Óscar de melhor documentário e aquilo está mais para série. 

[Bloody]

Comecei a ver isto depois do destaque nos Emmys, e vou a meio da série. A produção é definitivamente o que se destaca aqui, está incrivelmente bem produzida! O episódio os Oscars está mesmo muito, muito bom. É de outro mundo ver como a Jessica e a Susan estão a levar ambos os papéis na série. Merece sem dúvida todo o destaque e prémios que possa vir a ter!  Ryan Murphy a provar mais uma vez que consegue ser um excelente diretor e produtor. Com tantos trabalhos a serem realizados ao mesmo tempo, consegue manter um nível de qualidade muito bom. 

[Myke]

Terminei agora a primeira temporada da série e encontrei uma palavra para definir todo o trabalho que foi feito: magnífico.  Sendo cinema a minha maior paixão, não sei como demorei tanto tempo a ver a única série até hoje que desenvolveu a história de duas das maiores atrizes da época de Ouro de Hollywood, Bette Davis e Joan Crawford. E se ambas já eram atrizes que eu adorava - especialmente a Bette Davis - esta série tornou este meu sentimento ainda maior. Não sou grande fã de histórias de conflitos entre personalidades famosas, mas a forma como tudo o que aconteceu foi retratado, é absolutamente genial. E, se alguém ainda não viu o What Ever Happened to Baby Jane? que veja o quanto antes porque o filme é simplesmente excelente (e adorei a forma como serviu de inspiração para o genérico!). 
Infelizmente, a única coisa que eu meto como negativa é a performance da Jessica Lange. Não que eu não a tenha achado excelente, porque achei, mas ela foi excelente a ser... A Jessica Lange. Fisicamente não havia nada de Joan Crawford ali. As parecenças era mínimas, para não dizer inexistentes. E a níveis de prestação, a Jessica Lange esteve longe de ser uma Joan Crawford, porque ela falava com uma delicadeza que a Lange em nenhum momento transmitiu. Fiquei com pena porque a única coisa que eu via quando olhava quando olhava para o ecrã era a grande Jessica e não a grande Joan. Ainda assim, excelente prestação, embora não tão boa como a da Susan Saradon, que arrasou em todas as cenas. Uma Bette Davis exemplar e com enorme atenção aos detalhes. Espero sinceramente que seja quem leve o Emmy para casa (e que mais tarde o Goldon Globe!) porque foi um dos papéis que mais me marcou em séries.
Enfim, tenho pena que a temporada tenha tido só 8 episódios, pois gostaria de bem mais.  Mas há que saber quando é suficiente. Assistir a Feud foi uma agradável surpresa em todos os aspetos e o final foi absolutamente perfeito em todos os sentidos. É, sem dúvida, o melhor trabalho da vida do Ryan Murphy. Há um objetivo claro aqui, há uma ideia coesa e mais importante que tudo, há uma paixão no tema que fica clara a quem assiste a série. Portanto, se têm dúvidas sobre assistirem a Feud, comecem agora porque é absolutamente genial. 

E achei curioso a Bette Davis ter sido interpretada pela Susan Saradon que tem um Oscar, e a Joan Crawford ter sido interpretada pela Lange, que tem dois. Foi o oposto das suas personagens e algo que elas tanto discutiam.