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Sexualidade


Rodolfo

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há 50 minutos, André disse:

Bem, eu nunca pensei vir aqui fazer o meu coming out. Na verdade nem sei bem o que escrever. Aliás, eu sempre pensei que era uma fase, que estava confuso, que ia passar e que se encontrasse uma rapariga e “tentasse gostar dela” ia saber ou não. Mas a verdade é que já há muito as raparigas não me dizem nada... Já há uns bons anos. Eu já há 10 anos que sentia qualquer coisa diferente em mim.

Nestas últimas férias que fui, é que a coisa “piorou” e eu fiquei um pouco mais nervoso, pensativo com tudo isto e só pensava que tinha que falar com a minha psicóloga logo que chegasse a Portugal. E pronto, tive mesmo a confirmação. Na verdade eu já sabia, mas não queria acreditar, mas só agora é que me caiu a ficha.

Sei que fazer isto tudo é parvo e isso, mas só agora é que estou a assimilar isto tudo e ainda não me aceito. Depois da consulta andei (e ainda ando um pouco) nervoso e a minha mãe entranhou e acabei por contar apenas a ela. Curiosamente sabia que ela me aceitaria melhordo que eu. 

Tenho consciência que isto não é uma doença, que é uma coisa perfeitamente normal como tantas outras, mas a mim  está-me a custar mesmo muito. Não sou nem nunca fui homofóbico, mas estou-me a recriminar muito. 

Agora estou na fase de me aceitar, mas sei que vai ser um processo moroso até chegar ao dia em que diga “eu sou (ainda nem consigo bem dizer a palavra) e aceito-me como sou). 

Peço desculpa, mas sentia que tinha que desabafar e sendo este fórum como que uma casa e havendo muita gente aqui com a mesma orientação sexual, sei lá, podiam dar sugestões ou dicas ou sei lá. Nem sei se de facto devia ter escrito tudo. 

Peço desculpa por qualquer coisa. 

O tio está aqui para o que precisares ;) 

  • Obrigado 1
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há 2 horas, André disse:

Bem, eu nunca pensei vir aqui fazer o meu coming out. Na verdade nem sei bem o que escrever. Aliás, eu sempre pensei que era uma fase, que estava confuso, que ia passar e que se encontrasse uma rapariga e “tentasse gostar dela” ia saber ou não. Mas a verdade é que já há muito as raparigas não me dizem nada... Já há uns bons anos. Eu já há 10 anos que sentia qualquer coisa diferente em mim.

Nestas últimas férias que fui, é que a coisa “piorou” e eu fiquei um pouco mais nervoso, pensativo com tudo isto e só pensava que tinha que falar com a minha psicóloga logo que chegasse a Portugal. E pronto, tive mesmo a confirmação. Na verdade eu já sabia, mas não queria acreditar, mas só agora é que me caiu a ficha.

Sei que fazer isto tudo é parvo e isso, mas só agora é que estou a assimilar isto tudo e ainda não me aceito. Depois da consulta andei (e ainda ando um pouco) nervoso e a minha mãe entranhou e acabei por contar apenas a ela. Curiosamente sabia que ela me aceitaria melhordo que eu. 

Tenho consciência que isto não é uma doença, que é uma coisa perfeitamente normal como tantas outras, mas a mim  está-me a custar mesmo muito. Não sou nem nunca fui homofóbico, mas estou-me a recriminar muito. 

Agora estou na fase de me aceitar, mas sei que vai ser um processo moroso até chegar ao dia em que diga “eu sou (ainda nem consigo bem dizer a palavra) e aceito-me como sou). 

Peço desculpa, mas sentia que tinha que desabafar e sendo este fórum como que uma casa e havendo muita gente aqui com a mesma orientação sexual, sei lá, podiam dar sugestões ou dicas ou sei lá. Nem sei se de facto devia ter escrito tudo. 

Peço desculpa por qualquer coisa. 

Compreendo perfeitamente a tua situação. Nunca e fácil aceitar mas esse dia vai chegar!! O que importa é ser feliz com a pessoa que se ama, e o que importa o que dizem (se bem que a sociedade já se começa a abrir). Não tens que te sentir mal por seres o que és!  E perfeitamente normal, e como vês até tens o apoio da tua mãe (a minha ainda não sabe). 

Qualquer desabafo podes contar comigo!

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há 4 horas, Black & White disse:

Ao início nunca é fácil. O amor próprio é uma luta diária, com uns melhores dias que outros, falo por mim.

Mas ao longo do tempo vais habituar-te à ideia. Teres o apoio da tua mãe é ótimo, tiveste sorte nesse aspeto.

Não precisas odiar-te porque não és nenhuma aberração. És um ser humano que ama. Simples.

Se precisares de alguma coisa conta comigo.

:)

 

há 3 horas, Manu Tenreiro disse:

O tio está aqui para o que precisares ;) 

 

há 1 hora, MariaJoão Vacosa disse:

Compreendo perfeitamente a tua situação. Nunca e fácil aceitar mas esse dia vai chegar!! O que importa é ser feliz com a pessoa que se ama, e o que importa o que dizem (se bem que a sociedade já se começa a abrir). Não tens que te sentir mal por seres o que és!  E perfeitamente normal, e como vês até tens o apoio da tua mãe (a minha ainda não sabe). 

Qualquer desabafo podes contar comigo!

Muito obrigado a todos! :) 

Nos entretantos, o meu pai também descobriu. Não gostei muito que a minha mãe tenha dito, mas por outro lado não tenho que passar pelo sofrimento de contar a outra pessoa, e agradeço-lhe por isso. Também aceitou super bem. :yes:

Na verdade não tinha dúvidas que eles me aceitassem, era mais o filme que estava a criar.

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há 3 minutos, André disse:

 

 

Muito obrigado a todos! :) 

Nos entretantos, o meu pai também descobriu. Não gostei muito que a minha mãe tenha dito, mas por outro lado não tenho que passar pelo sofrimento de contar a outra pessoa, e agradeço-lhe por isso. Também aceitou super bem. :yes:

Na verdade não tinha dúvidas que eles me aceitassem, era mais o filme que estava a criar.

Tens muita sorte nesse aspeto mesmo! Aproveita.

Muitos no lugar deles punham-te fora de casa. Infelizmente é uma realidade.

No meu caso devem saber mas eu nem me preocupo se sabem ou não. Mas com certeza que não me iriam expulsar de casa.

Aliás, basicamente nem pai tenho, mas isso é uma coisa que não é para aqui chamada.

Editado por Black & White
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há 2 minutos, Black & White disse:

Tens muita sorte nesse aspeto mesmo! Aproveita.

Muitos no lugar deles punham-te fora de casa. Infelizmente é uma realidade.

No meu caso devem saber mas eu nem me preocupo se sabem ou não. Mas com certeza que não me iriam expulsar de casa.

Aliás, basicamente nem pai tenho, mas isso é uma coisa que não é para aqui chamada.

Eu a contar sobre isto só me sinto na “obrigação de contar” aos meus pais e irmão. Avós, tios, primos, nem pensar. Se calhar até aceitavam (não tão bem como os pais, acredito). Isso a acontecer será se algum dia conhecer alguém, e mesmo assim...

No entanto pedi aos meus pais para que não voltem a tocar mais no assunto, ainda não me sinto preparado para falar mais acerca disto. Vou primeiro interiorizar isto tudo, aprender, respeitar-me, amar-me e depois então viver bem com isto tudo.

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há 13 minutos, André disse:

Eu a contar sobre isto só me sinto na “obrigação de contar” aos meus pais e irmão. Avós, tios, primos, nem pensar. Se calhar até aceitavam (não tão bem como os pais, acredito). Isso a acontecer será se algum dia conhecer alguém, e mesmo assim...

No entanto pedi aos meus pais para que não voltem a tocar mais no assunto, ainda não me sinto preparado para falar mais acerca disto. Vou primeiro interiorizar isto tudo, aprender, respeitar-me, amar-me e depois então viver bem com isto tudo.

Eu partilho da opinião de ser eu próprio. Eu sou mais que a minha sexualidade. Isso é que importa. Só as pessoas com quem eventualmente me possa envolver é que vão saber, pois ninguém tem nada a haver com quem eu me envolvo certo? Só o parceiro em questão.

Eu não me sinto na obrigação...

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há 1 minuto, Black & White disse:

Eu partilho da opinião de ser eu próprio. Eu sou mais que a minha sexualidade. Isso é que importa. Só as pessoas com quem eventualmente me possa envolver é que vão saber, pois ninguém tem nada a haver com quem eu me envolvo certo? Só o parceiro em questão.

Eu não me sinto na obrigação...

Sim, não é bem obrigação. Tipo, como contei à minha mãe, sentia-me mal não dizer ao meu pai e ao meu irmão. Agora fora do seio familiar mais pequeno, não em sinto na obrigação de contar ao resto da família. 

Não sei se me fiz entender. :mosking:

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há 4 horas, André disse:

Bem, eu nunca pensei vir aqui fazer o meu coming out. Na verdade nem sei bem o que escrever. Aliás, eu sempre pensei que era uma fase, que estava confuso, que ia passar e que se encontrasse uma rapariga e “tentasse gostar dela” ia saber ou não. Mas a verdade é que já há muito as raparigas não me dizem nada... Já há uns bons anos. Eu já há 10 anos que sentia qualquer coisa diferente em mim.

Nestas últimas férias que fui, é que a coisa “piorou” e eu fiquei um pouco mais nervoso, pensativo com tudo isto e só pensava que tinha que falar com a minha psicóloga logo que chegasse a Portugal. E pronto, tive mesmo a confirmação. Na verdade eu já sabia, mas não queria acreditar, mas só agora é que me caiu a ficha.

Sei que fazer isto tudo é parvo e isso, mas só agora é que estou a assimilar isto tudo e ainda não me aceito. Depois da consulta andei (e ainda ando um pouco) nervoso e a minha mãe entranhou e acabei por contar apenas a ela. Curiosamente sabia que ela me aceitaria melhordo que eu. 

Tenho consciência que isto não é uma doença, que é uma coisa perfeitamente normal como tantas outras, mas a mim  está-me a custar mesmo muito. Não sou nem nunca fui homofóbico, mas estou-me a recriminar muito. 

Agora estou na fase de me aceitar, mas sei que vai ser um processo moroso até chegar ao dia em que diga “eu sou (ainda nem consigo bem dizer a palavra) e aceito-me como sou). 

Peço desculpa, mas sentia que tinha que desabafar e sendo este fórum como que uma casa e havendo muita gente aqui com a mesma orientação sexual, sei lá, podiam dar sugestões ou dicas ou sei lá. Nem sei se de facto devia ter escrito tudo. 

Peço desculpa por qualquer coisa. 

Não tens que pedir desculpa, isto é um fórum onde podes partilhar a tua opinião de livre vontade por isso nunca te sintas proibido de o fazer. Fizeste bem em partilhar e fico contente que a tua mãe, pelo menos, aceite. Isso é muito importante um dos pilares da nossa vida nos apoiar no processo e já é meio caminho andado para te aceitares. Custa sempre ao início, principalmente pelo medo que temos em poder ser "rejeitados" ou que olhem para nós de outra forma (mesmo que não o digam, mas conseguimos sentir), até mesmo os mais chegados mas não podes nem deves de maneira nenhuma contrariar a tua natureza e essência. Também é importante ter amigos mais próximos que nos apoiam nesse sentido, por isso também deves procurar algum amigo que saibas que ir-te-á aceitar tal como és. Não és o primeiro nem serás certamente o último a fazer um "coming out", por isso relaxa rapaz! Qualquer coisa que precises, eu estou aqui. :)

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Por falar em coming out, este mês de Setembro tem sido tão bom para mim :D Finalmente assumi-me ao meu pai e decidi contar um pouco da minha história no meu Instagram, pois sei que há outras pessoas que podem rever-se nela e que até as pode ajudar.

Se alguém quiser ver, o meu Instagram é pedro_m_monteiro .

Não é privado, por isso não têm de seguir nem nada do género para ver. Isto é, se tiverem paciência, pois ainda são 6 páginas ahahah 

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há 39 minutos, SecretNavy disse:

Não é privado, por isso não têm de seguir nem nada do género para ver. Isto é, se tiverem paciência, pois ainda são 6 páginas ahahah 

Acho que isso não ajuda muito quem se pode rever nela. xD Coitados, só de ver, já pensam que não vale a pena. :haha:

Editado por srcbica
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há 20 minutos, SecretNavy disse:

Por falar em coming out, este mês de Setembro tem sido tão bom para mim :D Finalmente assumi-me ao meu pai e decidi contar um pouco da minha história no meu Instagram, pois sei que há outras pessoas que podem rever-se nela e que até as pode ajudar.

Se alguém quiser ver, o meu Instagram é pedro_m_monteiro .

Não é privado, por isso não têm de seguir nem nada do género para ver. Isto é, se tiverem paciência, pois ainda são 6 páginas ahahah 

Muito obrigado pela partilha :) 

Revi-me em alguns pontos. Curiosamente há quase um ano atrás fui pedir ajuda a uma psicóloga (por motivos que em nada tinham a haver com a minha sexualidade) e ela também me diagnosticou-me depressão. Só na última sessão é que falei acerca de tudo aquilo que falei num post que escrevi mais atrás e desde aí, e especialmente desde que os meus pais sabem, que me sinto bem mais leve.

Do nada começo a sorrir feito parvo nem sei bem porquê :haha: Não era uma pessoa assim mal encarada, mas sei lá. É uma leveza que ae ganha quando nos aceitamos um pouco mais ou falamos com alguém...

Mesmo assim sinto que tenho ainda muito a aprender e a trabalhar com tudo isto e muito ainda a aceitar, mas claro, um passo de cada vez. :mosking:

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há 2 horas, SecretNavy disse:

Por falar em coming out, este mês de Setembro tem sido tão bom para mim :D Finalmente assumi-me ao meu pai e decidi contar um pouco da minha história no meu Instagram, pois sei que há outras pessoas que podem rever-se nela e que até as pode ajudar.

Se alguém quiser ver, o meu Instagram é pedro_m_monteiro .

Não é privado, por isso não têm de seguir nem nada do género para ver. Isto é, se tiverem paciência, pois ainda são 6 páginas ahahah 

Eu li o teu texto e devo dizer que admiro te. Tiveste imensa coragem e eu espero que daqui para a frente te corra tudo bem (que vai correr). 

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Por falar em coming out, este mês de Setembro tem sido tão bom para mim  Finalmente assumi-me ao meu pai e decidi contar um pouco da minha história no meu Instagram, pois sei que há outras pessoas que podem rever-se nela e que até as pode ajudar.
Se alguém quiser ver, o meu Instagram é pedro_m_monteiro .
Não é privado, por isso não têm de seguir nem nada do género para ver. Isto é, se tiverem paciência, pois ainda são 6 páginas ahahah 
Parabéns, sobretudo por teres pedido ajuda, algo aparentemente tão fácil e corriqueiro mas que muitas vezes é o mais difícil.
Tens tudo para a partir de agora viver melhor e mais tranquilo. E perante um advservidade pensa que todos as temos, podem não ser visíveis ou serem diferentes mas todos as vamos encontrando ao longo da vida.
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On 25/09/2018 at 20:34, SecretNavy disse:

Por falar em coming out, este mês de Setembro tem sido tão bom para mim :D Finalmente assumi-me ao meu pai e decidi contar um pouco da minha história no meu Instagram, pois sei que há outras pessoas que podem rever-se nela e que até as pode ajudar.

Se alguém quiser ver, o meu Instagram é pedro_m_monteiro .

Não é privado, por isso não têm de seguir nem nada do género para ver. Isto é, se tiverem paciência, pois ainda são 6 páginas ahahah 

Há pouco também li o que partilhaste e devo dizer que és uma pessoa determinada e corajosa. Nunca deixes de ser quem és para agradar aos outros e quem é verdadeiro apoiar-te-á sempre. Fizeste bem em pedir ajuda, às vezes precisamos de uma luz para nos guiar no nosso caminho! Desejo-te felicidades :)

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On 23/09/2018 at 14:45, André disse:

Bem, eu nunca pensei vir aqui fazer o meu coming out. Na verdade nem sei bem o que escrever. Aliás, eu sempre pensei que era uma fase, que estava confuso, que ia passar e que se encontrasse uma rapariga e “tentasse gostar dela” ia saber ou não. Mas a verdade é que já há muito as raparigas não me dizem nada... Já há uns bons anos. Eu já há 10 anos que sentia qualquer coisa diferente em mim.

Nestas últimas férias que fui, é que a coisa “piorou” e eu fiquei um pouco mais nervoso, pensativo com tudo isto e só pensava que tinha que falar com a minha psicóloga logo que chegasse a Portugal. E pronto, tive mesmo a confirmação. Na verdade eu já sabia, mas não queria acreditar, mas só agora é que me caiu a ficha.

Sei que fazer isto tudo é parvo e isso, mas só agora é que estou a assimilar isto tudo e ainda não me aceito. Depois da consulta andei (e ainda ando um pouco) nervoso e a minha mãe entranhou e acabei por contar apenas a ela. Curiosamente sabia que ela me aceitaria melhordo que eu. 

Tenho consciência que isto não é uma doença, que é uma coisa perfeitamente normal como tantas outras, mas a mim  está-me a custar mesmo muito. Não sou nem nunca fui homofóbico, mas estou-me a recriminar muito. 

Agora estou na fase de me aceitar, mas sei que vai ser um processo moroso até chegar ao dia em que diga “eu sou (ainda nem consigo bem dizer a palavra) e aceito-me como sou). 

Peço desculpa, mas sentia que tinha que desabafar e sendo este fórum como que uma casa e havendo muita gente aqui com a mesma orientação sexual, sei lá, podiam dar sugestões ou dicas ou sei lá. Nem sei se de facto devia ter escrito tudo. 

Peço desculpa por qualquer coisa. 

Não te recrimines :P Ser [inserir palavra aqui] é tão bom como ser outra coisa qualquer! Aliás, é melhor ainda! Porque naturalmente vais acabar por aceitar e adorar a tua orientação, aproveitar as suas vantagens, etc. Vais acabar por gostar e perceber que tem coisas muito boas. É melhor ainda porque é algo que é só teu. Não acho que nós tenhamos rótulos que nos definam no que toca à sexualidade. Cada qual vai para onde achar melhor e para onde se sentir bem em determinado momento e não há que ter vergonha de nada. Ninguém tem sequer o direito de te recriminar, quanto mais tu! Tu tens mais é de libertar-te, aproveita bem a sorte rara que tens dos teus pais te aceitarem! Quem me dera, mesmo! Não tens noção. É muito importante. O facto de teres alguém te apoia caso estejas em baixo independentemente da tua condição.

Já agora um desabafo. Infelizmente não posso dizer o mesmo. Há palavras daquelas que nos ficam na memória para sempre desde que as ouvimos - e eu lembro-me bem. Tinha 9 anos, passava na tv a 7ªtemporada dos Morangos que possuía um personagem homossexual. Estava de férias no Gerês, num quarto de hotel, com o meu pai e com a minha mãe com a tv ligada nos MCA. Apareceu o dito personagem num diálogo sobre a sua orientação. O meu pai diz-me: "Nunca sejas paneleiro como esses que andam por aí. Deixas logo de ser meu filho" (ainda agora senti suores frios ao escrever isto). Eu não consigo... Nem sei... Nem sei que diga... Não só porque ele tem uma ideia tão ridiculamente errada que os homossexuais o são por vontade própria, como que ainda tem vergonha na cara para inúmeras vezes me dizer que me "adora", mas que tão rapidamente, por algo que nem é controlável, deixaria, assim, do nada, de ser filho dele. Quem sabe se, assim do nada, também ele deixou de ser meu pai... Já a minha mãe, desconfia imenso de que eu seja (mas está separada do meu pai, nunca falam disso). Eu nego. Eu conheço-a, ela nunca aceitaria. Ela é homofóbica. Ela própria o admite ao tentar não admitir. "Eu não sou homofóbica! Só não concordo nem acho bem essa gente. Longe!" :| Enfim. É difícil. Só tenho esperança de que no futuro ou arranje alguma rapariga efetivamente (não está fora do meus "interesses") ou simplesmente sair daqui. Há que presumir que me quererão "longe!" :rolleyes: 

Mas concluindo, aproveita a sorte que tens. Ser [o que quer que sejas] com a aceitação dos teus pais é uma benção. Aproveita. Não percas tempo a reprimir-te por uma coisa que só tem mal nas cabeças de quem é limitado. ;)   

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há 48 minutos, tjspy disse:

Não te recrimines :P Ser [inserir palavra aqui] é tão bom como ser outra coisa qualquer! Aliás, é melhor ainda! Porque naturalmente vais acabar por aceitar e adorar a tua orientação, aproveitar as suas vantagens, etc. Vais acabar por gostar e perceber que tem coisas muito boas. É melhor ainda porque é algo que é só teu. Não acho que nós tenhamos rótulos que nos definam no que toca à sexualidade. Cada qual vai para onde achar melhor e para onde se sentir bem em determinado momento e não há que ter vergonha de nada. Ninguém tem sequer o direito de te recriminar, quanto mais tu! Tu tens mais é de libertar-te, aproveita bem a sorte rara que tens dos teus pais te aceitarem! Quem me dera, mesmo! Não tens noção. É muito importante. O facto de teres alguém te apoia caso estejas em baixo independentemente da tua condição.

Já agora um desabafo. Infelizmente não posso dizer o mesmo. Há palavras daquelas que nos ficam na memória para sempre desde que as ouvimos - e eu lembro-me bem. Tinha 9 anos, passava na tv a 7ªtemporada dos Morangos que possuía um personagem homossexual. Estava de férias no Gerês, num quarto de hotel, com o meu pai e com a minha mãe com a tv ligada nos MCA. Apareceu o dito personagem num diálogo sobre a sua orientação. O meu pai diz-me: "Nunca sejas paneleiro como esses que andam por aí. Deixas logo de ser meu filho" (ainda agora senti suores frios ao escrever isto). Eu não consigo... Nem sei... Nem sei que diga... Não só porque ele tem uma ideia tão ridiculamente errada que os homossexuais o são por vontade própria, como que ainda tem vergonha na cara para inúmeras vezes me dizer que me "adora", mas que tão rapidamente, por algo que nem é controlável, deixaria, assim, do nada, de ser filho dele. Quem sabe se, assim do nada, também ele deixou de ser meu pai... Já a minha mãe, desconfia imenso de que eu seja (mas está separada do meu pai, nunca falam disso). Eu nego. Eu conheço-a, ela nunca aceitaria. Ela é homofóbica. Ela própria o admite ao tentar não admitir. "Eu não sou homofóbica! Só não concordo nem acho bem essa gente. Longe!" :| Enfim. É difícil. Só tenho esperança de que no futuro ou arranje alguma rapariga efetivamente (não está fora do meus "interesses") ou simplesmente sair daqui. Há que presumir que me quererão "longe!" :rolleyes: 

Mas concluindo, aproveita a sorte que tens. Ser [o que quer que sejas] com a aceitação dos teus pais é uma benção. Aproveita. Não percas tempo a reprimir-te por uma coisa que só tem mal nas cabeças de quem é limitado. ;)   

Muito obrigado pelas palavras! Mesmo. :) Ao ler essas palavras, nem imagino mesmo a sorte que tenho do apoio dos meus pais!

A minha mãe ainda hoje confidenciou-me que ficou bastante surpreendida pela reação do meu pai e que se ele não aceitasse era possível que mais tarde se separasse dele. Fiquei chocado! ? 

Mas confesso que ainda me está a custar um bocadinho. Uns dias melhores, outros dias melhores. O tempo se encarregará de tudo. 

Tenho andado a ver uns quantos vídeos e até acho graça a algumas coisas, tipo poder usar a roupa do parceiro. Amo, double the clothing. :heart: Lá vou começando a gostar de toda esta cena única. :mosking:

Editado por André
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Eu acho que a minha mãe sabe. 

O meu pai não, mas também mal o vejo, por isso... 

Mas se ela dissesse que eu iria deixar de ser filho dela, estaria a insinuar que não é boa mãe, porque uma mãe tem de amar um filho por aquilo que ele é. 

É assim que eu penso em relação a este assunto. 

Por acaso, eu e ela damo nos bem. Mas temos sempre discussões flopadas, aquelas típicas. 

Para mim o sangue não fala mais alto. 

Tenho amigos que considero mais família que muitos parentes próximos. 

A minha avó e os meus tios são muito homofóbicos, mas pronto. E o racismo da minha avó é gritante. 

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On 23/09/2018 at 14:45, André disse:

Bem, eu nunca pensei vir aqui fazer o meu coming out. Na verdade nem sei bem o que escrever. Aliás, eu sempre pensei que era uma fase, que estava confuso, que ia passar e que se encontrasse uma rapariga e “tentasse gostar dela” ia saber ou não. Mas a verdade é que já há muito as raparigas não me dizem nada... Já há uns bons anos. Eu já há 10 anos que sentia qualquer coisa diferente em mim.

Nestas últimas férias que fui, é que a coisa “piorou” e eu fiquei um pouco mais nervoso, pensativo com tudo isto e só pensava que tinha que falar com a minha psicóloga logo que chegasse a Portugal. E pronto, tive mesmo a confirmação. Na verdade eu já sabia, mas não queria acreditar, mas só agora é que me caiu a ficha.

Sei que fazer isto tudo é parvo e isso, mas só agora é que estou a assimilar isto tudo e ainda não me aceito. Depois da consulta andei (e ainda ando um pouco) nervoso e a minha mãe entranhou e acabei por contar apenas a ela. Curiosamente sabia que ela me aceitaria melhordo que eu. 

Tenho consciência que isto não é uma doença, que é uma coisa perfeitamente normal como tantas outras, mas a mim  está-me a custar mesmo muito. Não sou nem nunca fui homofóbico, mas estou-me a recriminar muito. 

Agora estou na fase de me aceitar, mas sei que vai ser um processo moroso até chegar ao dia em que diga “eu sou (ainda nem consigo bem dizer a palavra) e aceito-me como sou). 

Peço desculpa, mas sentia que tinha que desabafar e sendo este fórum como que uma casa e havendo muita gente aqui com a mesma orientação sexual, sei lá, podiam dar sugestões ou dicas ou sei lá. Nem sei se de facto devia ter escrito tudo. 

Peço desculpa por qualquer coisa. 

Já venho tarde, mas mesmo assim deixo aqui a minha resposta. 

Penso que aquilo que estás a passar agora é perfeitamente normal. Diria que acontece à maior parte da comunidade LGBT, e até a mim mesmo. Tenho 22 anos e já me aceitei por completo, mas também foi complicado no início, todos aqueles pensamentos que afinal deveria gostar de raparigas, casar com uma e etc, e afinal sou completamente o contrário. É mesmo complicado sentir-se "posto à parte" logo assim, e nessa altura não conhecia ninguém que me pudesse ajudar. Só no 11º ano é que "saí do armário" pela primeira vez a umas amigas minhas, e foi aí que percebi que nem tudo é mau, e creio que vai ser o que vai acontecer contigo André. A tua mãe ter-te aceitado já é mesmo excelente e uma base para te aceitares e levares a vida com força. Com o tempo vais conhecer os amigos que vão aceitar-te de forma super natural, que brincam contigo, que vão estar sempre lá por ti. E depois eventualmente vais ter namorados que vão te fazer sentir como a pessoa mais especial do mundo.

Pessoalmente acho que não há dicas de como deverás encarar a situação, parte de cada um. Cada um tem a sua história e os seus temperamentos. Há quem tenha a necessidade de dizer ao mundo que é gay/lésbica/wtv, outros (como eu) prefere ser reservado e manter apenas um núcleo de amigos e familiares a saberem. Sou feliz mesmo assim, e irás encontrar a tua forma de o ser nestes próximos anos. Um conselho que te dou é que não oiças aqueles que por ventura decidem armar-se em neanderthals e mandam as piadinhas genéricas. Pensa antes que felizmente estás num nível superior a eles, e eles só querem te puxar para o nível deles e sentirem-se superiores. ;) Não tens que te sentir recriminado, de todo, como diz o Tiago João. Apenas sê feliz, à tua maneira! :) 

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Eu também estou cada vez mais a adorar ser gay. Sinto que quando tiver um namorado irei ser a pessoa mais feliz do mundo e mal posso esperar para que esse dia chegue! Em tempos achei que isto era o pior que me podia ter acontecido mas hoje vejo que é exatamente o contrário!! Os meus pais não sabem. Quando souberem irão ter o choque inicial, mas não acho que me vai renegar... Quanto aos meus amigos até agora todos têm aceitado  é apoiado imenso!

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há 7 horas, Maya_1992 disse:

O que acham desta teoria, reveem-se nela? xD

Sim, e essa teoria já é bem antiga, remonta pelo menos á escala de Kinsey. Acho que os rótulos são mais por questões práticas e para simplificar a cabeça das pessoas, mas a sexualidade é mais num espectro, eu acho que sim.

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  • 3 semanas depois...

Não sei se encaixa aqui a pergunta, mas já experimentaram poppers? Eu experimentei na semana passada pela primeira vez e a verdade é que adorei, mas não quero voltar a usar tão cedo porque embora aquilo não vicie, tenho medo de depois querer sempre usar durante o sexo.

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há 7 horas, John Doe disse:

Não sei se encaixa aqui a pergunta, mas já experimentaram poppers? Eu experimentei na semana passada pela primeira vez e a verdade é que adorei, mas não quero voltar a usar tão cedo porque embora aquilo não vicie, tenho medo de depois querer sempre usar durante o sexo.

Acho que encaixa, sim. Não, nunca experimentei. Acho que a maior parte das pessoas nem sabe o que isso é. xD

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