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Tu és o Mar


_zapping_

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Também gostei do genérico! Quanto ao grafismo, sou suspeito :biggrin_mini2:

No que diz respeito à história, está muito, mas muito bem escrita, com uma linguagem de escritor, que até se torna incrível, sabendo a tua idade!

A forma como minuciosamente descreves a acção, faz com que pareça que quando estou a ler, estou a ver o espaço onde se desenrola a acção. E então aquela descrição da tempestade, foi magnífica.

Vou esperar pelos próximos episódios. Fiquei rendido!

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Quanto ao grafismo, sou suspeito :biggrin_mini2:

Ahah, pois és xP E ficou óptimo o resultado final! :clapping_mini:

No que diz respeito à história, está muito, mas muito bem escrita, com uma linguagem de escritor, que até se torna incrível, sabendo a tua idade!

A forma como minuciosamente descreves a acção, faz com que pareça que quando estou a ler, estou a ver o espaço onde se desenrola a acção. E então aquela descrição da tempestade, foi magnífica.

Vou esperar pelos próximos episódios. Fiquei rendido!

WOW, obrigadão, João!!! =) Fico muito satisfeito por saber que gostaste do primeiro episódio! :headbang:

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Adorei Ruben! Sem dúvida uma grande história que já promete muito desde o primeiro episódio!

Adorei a linguagem.A descrição dos espaços da acção, a introdução feita aos personagens da «Maria» e da Mãe. (adorei a ideia do nome «Maria» que também significa senhora do mar, para a tua história "Tu és Mar").

Escreves de forma muito madura, como já referiu o João. Quanto à história em si, só me posso pronunciar quando se começar a desenvolver mais, mas o começo já está muito bom.

Temos grandes histórias! O TVU está de parabéns e tu também :biggrin_mini2:

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Adorei Ruben! Sem dúvida uma grande história que já promete muito desde o primeiro episódio!

Adorei a linguagem.A descrição dos espaços da acção, a introdução feita aos personagens da «Maria» e da Mãe. (adorei a ideia do nome «Maria» que também significa senhora do mar, para a tua história "Tu és Mar").

Escreves de forma muito madura, como já referiu o João. Quanto à história em si, só me posso pronunciar quando se começar a desenvolver mais, mas o começo já está muito bom.

Temos grandes histórias! O TVU está de parabéns e tu também :biggrin_mini2:

Obrigado pelo comentário, "magg"! Confesso que estava à espera do teu comentário :segredo: Já na novela do André tu fizeste comentários super construtivos e interpretaste muito bem a história!

De facto o nome "Maria" é bastante pertinente nesta história. Tentei fazer com que tudo o que marcasse presença na novela tivesse por trás uma ideia subjectiva ;)

-- Quinta, 18 Fev 2010 23:25 --

Muito boa a historia e com uma forte carga dramatica que caracteriza muito bem a vida no mar.

Parabéns Ruben.

Obrigado, Catita! Parece que consegui mesmo passar a ideia de dramatismo! :D

A história caracteriza "A vida no mar" e, sobretudo, "A vida DO mar" ;)

-- Quinta, 18 Fev 2010 23:28 --

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O tempo passou.

Na rua, junto ao mar, corria uma brisa leve e fresca que convidava os indivíduos a jornadear para recreio junto ao mar, desfrutando da calma do início da tarde. A junção do calor ameno dos raios de ouro de Sol com a tal brisa leve, como se de uma fita de seda se tratasse, criava um clímax e uma harmonia perfeitos.

Maria caminhava a passo normal, no passeio junto à praia, com dois sacos de compras, um em cada mão. Um deles era azul e continha cenouras, alface, tomates e outros legumes. O outro era verde e continha peixe. Olhava os seus sapatos, desgastados pelo tempo, como se contasse os seus passos.

A brisa fresca e suave que Maria sentia na branca e fina pele soprou, repentinamente, com mais força, fazendo com que os cabelos de ouro da jovem dançassem freneticamente. Era como se algo acirrasse a força sem causa que é o vento.

A jovem pousou os sacos no passeio e compôs o seu cabelo liso. Seguidamente, virou a cabeça para a direita e reparou que estava diante da praia que se encontrava lotada de gente aparentemente descomprimida. O mar não estava amotinado como no dia anterior. Pelo contrário, as suas ondas aparentavam brincar com os banhistas que se refrescavam naquele que era, para Maria, o seu pior inimigo.

Maria olhava para tudo aquilo e para o nada que aquilo retribuía. O verde dos seus olhos secara desde que o seu pai e irmão haviam falecido, há dez anos, pois, a partir daí, a jovem nunca mais se envolvera com o mar.

- Anteriormente a minha relação contigo era de amizade… Mal sabia eu que me ias atraiçoar! … - Da secura dos olhos da jovem escorreram lágrimas de amargura. - … A tua clareza da manhã escurece cada vez que alguém não te presta atenção… Até que, à noite, te cai a máscara de “romântico” e “calmo” e aí sim, tornas-te negro e a tua negrura transparece a tua alma suja e profunda… E levas as vidas… Tudo o que se aproxima de ti!

A jovem deu alguns passos, afastando-se dos sacos que pousara no chão, até tocar a areia brilhante. Depois, elevou o tom de voz:

- Levaste-me o meu pai, o meu irmão! … Tentaste levar a minha mãe! … E a seguir? Quem é? Sou eu? Sou? Responde!

O que o mar emitia era o som molhado que as ondas faziam ao chocarem umas nas outras.

- Queres levar-me, é? Queres? – Continuava Maria, fora de si, praguejando sem piscar os olhos. – Então toma… Toma esta parte de mim!

Dito isto, Maria retirou do dedo anelar da mão esquerda um anel cor de prata sem um dispendioso valor e atirou-o o mais longe que pôde. Não reparou onde aquela pequena parte de si tinha caído. Depois, voltou costas ao mar, pegou nos sacos, sacudiu os pés, vendo-se livre da areia que a eles se pegava e caminhou.

- Até a areia é tua cúmplice! – Dizia ela enquanto sacudia os pés. – Agarra-se a nós e faz-nos lembrar de ti! Sempre que alguém encontra um grão de areia insignificante, lembra-se, de imediato, de ti! … Unha e carne é a vossa relação!

No meio da praia um vulto ergueu-se. Era uma jovem mulher de longos cabelos pretos, molhados, ondulados e encontravam-se tapando o peito da jovem de pele extremamente clara. Quanto ao seu rosto, esse era indecifrável. Eram transparecidos mil pensamentos em mil expressões faciais que se concentravam numa única. Os seus olhos também não revelavam muito da sua personalidade, pois eram escuros e encovados. Faziam lembrar o fundo do mar. É aí onde se encontram os segredos do mar e a sua verdadeira “alma”. O mesmo se passava com a jovem mulher. O seu corpo era esguio e estava coberto por um simples vestidinho de alças azul-claro que deixava os joelhos da jovem a descoberto. Encontrava-se uma pulseira de bolas azul-marinhas junto ao tornozelo da perna direita. Estava descalça.

A jovem descontraiu e abriu o punho. Marcava presença na palma da sua mão o anel de Maria, que brilhava incessantemente como o reflexo do sol no mar. Desviou o olhar para o anel. Depois, tapou-o novamente, enclausurando-o na mão. A seguir, caminhou, arrastando a areia com os pés. Levava consigo, na mão esquerda, um búzio de diversas cores: bege, branco e um tom acastanhado que criavam uma miscelânea de tons que atribuíam ao simples elemento da natureza vivacidade e cor. Existia uma correlação entre essas mesmas cores, o ambiente da praia e uma parte do âmago e da apoteose do próprio mar.

Caminhou até se desvanecer.

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Fantástico o episódio.

Mais um bom episódio, muito bem escrito.

Obrigado aos dois!! :biggrin_mini2:

Maria proferiu toda a sua raiva e mágoa contra o mar, numa praia cheia de gente, em ninguém que a mandasse dali para fora ou a chamasse de maluca.

A cena da "Maria", a gritar em direcção ao amr, seria o suficiente para toda a gente da praia olhar para ela e julgá-la maluca!!! :laugh_mini:

LOL, é verdade, a Maria abriu o coração para o mar e não se importou com os olhares das outras pessoas que, de certeza, a acharam maluca! Ela só se importa com os olhares do mar.

Fiquei intrigado... quem será a mulher que surgiu no final do capítulo?

Aquela mulher misteriosa parece-me a personificação do mar.

:uh: :uh:

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Fiquei intrigado... quem será a mulher que surgiu no final do capítulo?

Aquela mulher misteriosa parece-me a personificação do mar.

:uh: :uh:

O Amigo Rubem tb a fazer suspense :rolleyes:

Ahah, a culpa é do sr. André!! ;P Aprendi com ele! xD

Vinha mesmo agora falar sobre isso! :rofl_mini:

O Ruben aprendeu a lição! :laugh_mini:

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Fiquei intrigado... quem será a mulher que surgiu no final do capítulo?

Aquela mulher misteriosa parece-me a personificação do mar.

:uh: :uh:

O Amigo Rubem tb a fazer suspense :rolleyes:

Ahah, a culpa é do sr. André!! ;P Aprendi com ele! xD

Vinha mesmo agora falar sobre isso! :rofl_mini:

O Ruben aprendeu a lição! :laugh_mini:

Ahah, pois, parece que aprendi xD

Mas é difícil! Eu sou daqueles que quer logo contar a história toda às pessoas! xD

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Bem, este episódio tem muito que dizer.

Em primeiro lugar, deixa-me falar da linguagem super cuidada que utilizas.

As tuas metáforas conferem um tom enigmático à história que me intriga e me deixa a querer saber mais (algo que eu próprio uso nas minhas histórias, em que uma palavra ou frase tem sempre dúbio significado e passível de mais do que uma interpretação). Ajuda-nos a exercitar a mente.

Agora, o episódio em si.

A Maria desabafar com o mar toda a sua dor e amargura foi sublime. Ela está magoada, porque só quem tem uma família que vive do mar, só quem vive e cresce no mar, é que sabe o que é trazê-lo na pele, sendo parte integrante dele ("Tu és Mar"). Porque os pescadores e os seus familiares têm esta relação dúbia com o mar: amam-no, porque é todo o seu alimento (material: fonte de rendimento; e espiritual: aprendem a ver nele uma forma de vida muito além do dinheiro, conhecendo-lhe as manhas, o odor, a cor, sabendo-o "de cor") e temem-no (porque nele perdem ou podem perder a vida). Quanto aos familiares, sabemos que se passa praticamente o mesmo. Aprendem a ver no mar o seu mais fiel amigo e confidente, a sentir conforto no som das suas ondas,e é nele que desde muito pequenos aprendem a nadar. Mss também o odeiam, uma vez que não há ninguém familiar de pescadores que nunca tenha perdido pelo menos um ente querido para o mar.

A senhora parece-me uma personificação da própria alma do mar, ou da própria «Maria» que se libertou daquela parte de si, atirando o anel.

Espero pelo próximo episódio, para revelar a relação das cores do búzio. :headbang:

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Bem, este episódio tem muito que dizer.

Em primeiro lugar, deixa-me falar da linguagem super cuidada que utilizas.

As tuas metáforas conferem um tom enigmático à história que me intriga e me deixa a querer saber mais (algo que eu próprio uso nas minhas histórias, em que uma palavra ou frase tem sempre dúbio significado e passível de mais do que uma interpretação). Ajuda-nos a exercitar a mente.

Obrigado, magg =)

Agora, o episódio em si.

A Maria desabafar com o mar toda a sua dor e amargura foi sublime. Ela está magoada, porque só quem tem uma família que vive do mar, só quem vive e cresce no mar, é que sabe o que é trazê-lo na pele, sendo parte integrante dele ("Tu és Mar"). Porque os pescadores e os seus familiares têm esta relação dúbia com o mar: amam-no, porque é todo o seu alimento (material: fonte de rendimento; e espiritual: aprendem a ver nele uma forma de vida muito além do dinheiro, conhecendo-lhe as manhas, o odor, a cor, sabendo-o "de cor") e temem-no (porque nele perdem ou podem perder a vida). Quanto aos familiares, sabemos que se passa praticamente o mesmo. Aprendem a ver no mar o seu mais fiel amigo e confidente, a sentir conforto no som das suas ondas,e é nele que desde muito pequenos aprendem a nadar. Mss também o odeiam, uma vez que não há ninguém familiar de pescadores que nunca tenha perdido pelo menos um ente querido para o mar.

A senhora parece-me uma personificação da própria alma do mar, ou da própria «Maria» que se libertou daquela parte de si, atirando o anel.

Espero pelo próximo episódio, para revelar a relação das cores do búzio. :headbang:

Tudo o que descreves no teu comment no que diz respeito à oposição de ideias que as pessoas que vivem do mar e com o mar têm em relação a ele é muito bom para mim, pois assim percebo que a mensagem que estou a tentar transmitir está a ser bem feita.

Quanto à "mulher desconhecida" que se ergue na praia, acho que o que pensas em relação a ela tem razão de ser. Mas com o avançar da história vai ter-se mais certeza, ainda que não por completo, de quem é essa mulher e de quem é a Maria.

Quanto à questão do búzio, as suas cores estão em perfeita harmonia com a praia e ele simboliza obviamente o barulho das ondas, mas também pode simbolizar o futuro... :uh: Qual será o futuro de Maria? :uh:

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