Jump to content

Família/Família


João

Posts Recomendados

  • 4 semanas depois...
  • 2 semanas depois...

A televisão da idade da pedra

Hoje em dia todos querem ter direito a ter cinco minutos de fama na televisão. É um direito que alguns confundem com dever. Não surpreende por isso que as televisões estejam cheias de concursos onde ilustres desconhecidos querem mostrar que sabem cantar ou, simplesmente, que têm uma cultura geral que lhes permite arrecadar um prémio tentador.

Vivemos na idade em que todos podemos ser actores e, claro, as televisões e as produtoras aproveitam isso porque assim não necessitam de pagar a quem ocupa tempo de antena. Os concursos tornaram--se uma maneira fácil de criar horas de televisão que não obedecem a nenhuma ideia genial ou a um dispêndio exagerado. É fácil, é barato e pode dar milhões e audiências. Nesse aspecto o chamado serviço público de televisão fez dos concursos a forma mais fácil de não ter de se preocupar em criar programas que apelem à educação ou à cultura. Um bom exemplo desta miséria intelectual que reina na RTP é ‘Família, Família’. Para além de não se perceber o que Sónia Araújo está ali a fazer e a razão porque os bem-intencionados membros do júri tentam fazer crer que há ali alguma substância, o resto parece um programa televisivo dos anos 60. Os cenários são horríveis, as provas foram imaginadas para concorrentes que não têm nem o Tico nem o Teco a funcionar, e a escolha dos que estão em prova foi feita, por certo, por uma peneira que deixa passar tudo. Há concursos que nos divertem ou até nos tentam com questões de cultura geral, mas há coisas como esta: de uma indigência atroz. Já pouco nos surpreende na actual programação da RTP 1, mas ‘Família, Família’ parece televisão da idade da pedra. Uma assombração. Os Flinstones desse tempo, mesmo assim, se o vissem, deveriam mudar de canal. Custa perceber como se produzem, aprovam e apresentam insignificâncias destas, que nem nos fazem esboçar um sorriso ou mesmo um esgar. A RTP Memória passa programas mais modernos do que ‘Família, Família’. Porque, sendo antigos, eram bem feitos.

CULTO - TOP GEAR

Normalmente os programas de automóveis são verdadeiros momentos de tormento: o discurso é técnico, as imagens sempre iguais e as opiniões unânimes. Isto é: convencem tanto os espectadores como a publicidade. Há, no entanto, um programa que vale a pena ver pela irreverência, pelo humor e pela diversidade: o ‘Top Gear’. Ali encontramos desde Lewis Hamilton a falar de carros às mães dos apresentadores a dar opiniões sobre os carros que estão a guiar, das notícias cheias de críticas corrosivas a classificações absurdas. Ou seja, falando-se de carros, atrai-se um público que não vive obcecado pelas pequenas variantes técnicas de cada modelo. O programa vive muito da qualidade dos apresentadores (Jeremy Clarkson, desde logo) e das ideias radicais que surgem em todas as emissões, que fazem com que tudo seja inesperado.

Opinião de Fernando Sobral

Concordo em parte.

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

  • 2 semanas depois...

Junta-te a nós!

Podes agora comentar e registar-te depois. Se tens uma conta, Entra para responderes com a tua conta.

Visitante
Responder a este tópico

×   Colaste conteúdo com formatação.   Restore formatting

  Only 75 emoji are allowed.

×   O teu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar apenas como link

×   Uau! O teu conteúdo anterior foi recuperado.   Limpar Tudo?

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

×
×
  • Criar Novo...