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Nazaré [Band]


DanielNunes

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há 4 horas, Televisão 10 disse:

Mesmo a série portuguesa Madre Paula foi transmitida na Globosat, com o nome A Favorita do Rei. Tinha curiosidade em saber se foi dobrada ou não.

Possivelmente legendado, já que este tipo de série emite-se no canal "Mais na Tela" (antigo Mais Globosat), que tem como foco produções europeias e latino-americanas com áudio original e legendas. Algo relativamente raro nos canais à cabo do Brasil, soube que o fazem apenas por redução de custos, já que a TV à cabo não para de perder assinantes ano após ano. 

há 40 minutos, Televisão 10 disse:

Que estranho... Só fazem no Chile ou também fazem o mesmo noutros países da América Latina?

Ultimamente, as telenovelas argentinas são vendidas com a dobragem em espanhol neutro para os países vizinhos. Antigamente, lá pelos anos 90, todas as telenovelas da América Latina eram vendidas apenas com o áudio original, mas para isto era necessário algumas adaptações: evitavam regionalismos e pronúncias incomuns. Também chamavam atores de países vizinhos. É o caso de telenovelas como "Manuela", protagonizada por uma venezuelana e que não usavam o "voseo" (e sim o "tuteo"). 

há 24 minutos, ATVTQsV disse:

É só no Chile, acho que é pelo dialecto falado, estranho já que normalmente esperava isto entre Espanha e a América Latina.

Curiosamente, os programas espanhois sempre deram na América Latina em áudio original. É o caso de programas como "El gran circo de TVE", "El gran juego de la oca" e "Xuxa Park". 

A regra, na América Latina, é a de ser entendido por todos da maneira mais clara possível. Assim surgiu o chamado "espanhol standart", que é usado na CNN en Español, na dobragem e produções panrregionais.
 

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há 6 minutos, PierreDumont disse:

Possivelmente legendado, já que este tipo de série emite-se no canal "Mais na Tela" (antigo Mais Globosat), que tem como foco produções europeias e latino-americanas com áudio original e legendas. Algo relativamente raro nos canais à cabo do Brasil, soube que o fazem apenas por redução de custos, já que a TV à cabo não para de perder assinantes ano após ano. 

Não encontro nenhum episódio da exibição no Brasil, para verificar se é legendado ou não.

há 7 minutos, PierreDumont disse:

Ultimamente, as telenovelas argentinas são vendidas com a dobragem em espanhol neutro para os países vizinhos. Antigamente, lá pelos anos 90, todas as telenovelas da América Latina eram vendidas apenas com o áudio original, mas para isto era necessário algumas adaptações: evitavam regionalismos e pronúncias incomuns. Também chamavam atores de países vizinhos. É o caso de telenovelas como "Manuela", protagonizada por uma venezuelana e que não usavam o "voseo" (e sim o "tuteo"). 

Curioso. Não sabia. O que se aprende neste fórum!

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On 05/04/2021 at 15:00, PierreDumont disse:

Possivelmente legendado, já que este tipo de série emite-se no canal "Mais na Tela" (antigo Mais Globosat), que tem como foco produções europeias e latino-americanas com áudio original e legendas. Algo relativamente raro nos canais à cabo do Brasil, soube que o fazem apenas por redução de custos, já que a TV à cabo não para de perder assinantes ano após ano.

A pirataria não terá a ver um pouco com isso? Por aqui na Europa é normal ver-se o Brasil como a terra do bootlegging e já apanhei vídeos onde em plena rua havia gente a vender CCCam para aceder a serviços como a Sky e assim a preços estupidamente reduzidos.

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há 16 minutos, JDaman disse:

A pirataria não terá a ver um pouco com isso? Por aqui na Europa é normal ver-se o Brasil como a terra do bootlegging e já apanhei vídeos onde em plena rua havia gente a vender CCCam para aceder a serviços como a Sky e assim a preços estupidamente reduzidos.

Tem, mas não é só isso. O preço da TV a Cabo aqui é caro para conteúdos fracos. Aqui você pode consultar o que passa nos canais a cabo: https://meuguia.tv/ e depois diz se vale a pena ao seu ver o canais daqui.

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há 41 minutos, Fadokimi disse:

Tem, mas não é só isso. O preço da TV a Cabo aqui é caro para conteúdos fracos. Aqui você pode consultar o que passa nos canais a cabo: https://meuguia.tv/ e depois diz se vale a pena ao seu ver o canais daqui.

Eu praticamente desliguei-me um pouco da TV paga portuguesa, para ser honesto. E por estranho que possa parecer, desde que a nossa TV paga se "generalizou" um bocado que perdeu alguma qualidade, imo.

Normalmente associo a TV paga brasileira a canais de desporto como SporTV, Band Sports, ESPN Brasil e FOX Sports. Não sou grande fã dos relatos dos narradores brasileiros, mas adoro os jingles que metem nos golos. xD Adoro o da FOX Sports brasileira. Por outro lado, sempre me pareceu que a TV paga brasileira parecia ter mais variedade. Desde a minha adolescência que invejava vocês terem uma HBO e nós não (mais pela marca que por outra coisa, visto que podíamos ver as séries da HBO gratuitamente por cá em sinal aberto). E mesmo o facto da Warner e assim darem mais atenção a vocês que a nós. Ultimamente até espreito alguma aposta do Multishow na Globo portuguesa e dá-me uma certa saudade de algum, digamos, arrojo que já tivemos na TV paga por cá.

A TV paga portuguesa neste momento é: um repositório de canais de filmes e séries em loop constante, uma carrada de canais de notícias e investimento quase nulo em entretenimento ou ficção originais.

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há 3 minutos, JDaman disse:

Eu praticamente desliguei-me um pouco da TV paga portuguesa, para ser honesto. E por estranho que possa parecer, desde que a nossa TV paga se "generalizou" um bocado que perdeu alguma qualidade, imo.

Normalmente associo a TV paga brasileira a canais de desporto como SporTV, Band Sports, ESPN Brasil e FOX Sports. Não sou grande fã dos relatos dos narradores brasileiros, mas adoro os jingles que metem nos golos. xD Adoro o da FOX Sports brasileira. Por outro lado, sempre me pareceu que a TV paga brasileira parecia ter mais variedade. Desde a minha adolescência que invejava vocês terem uma HBO e nós não (mais pela marca que por outra coisa, visto que podíamos ver as séries da HBO gratuitamente por cá em sinal aberto). E mesmo o facto da Warner e assim darem mais atenção a vocês que a nós. Ultimamente até espreito alguma aposta do Multishow na Globo portuguesa e dá-me uma certa saudade de algum, digamos, arrojo que já tivemos na TV paga por cá.

A TV paga portuguesa neste momento é: um repositório de canais de filmes e séries em loop constante, uma carrada de canais de notícias e investimento quase nulo em entretenimento ou ficção originais.

Aqui a gente tem mais investimentos por ser um país de grande consumo, mas por falarmos português esbarra na conectividade com o resto da América Latina. Boa parte destes canais não tem seus estúdios no Brasil e sim na Argentina como Disney e Viacom. Para mim, o mercado de vocês é muito quadrado e um pouco obsoleto, não que aqui seja progressistas, mas temos muito mais variedades, mesmo se for as mesmas coisas quase. Ter uma CNN local impacta, igual ao Discovery H&H que é uma febre aqui ao lado do Viva. Parece que vocês são bastantes esquecidos na Europa, que é uma pena. Sobre o narradores, a gente tem o histórico de gritar e soltar a vibração que vocês em diferente são mais contidos e rápidos. 

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há 10 horas, Fadokimi disse:

Aqui a gente tem mais investimentos por ser um país de grande consumo, mas por falarmos português esbarra na conectividade com o resto da América Latina. Boa parte destes canais não tem seus estúdios no Brasil e sim na Argentina como Disney e Viacom. Para mim, o mercado de vocês é muito quadrado e um pouco obsoleto, não que aqui seja progressistas, mas temos muito mais variedades, mesmo se for as mesmas coisas quase. Ter uma CNN local impacta, igual ao Discovery H&H que é uma febre aqui ao lado do Viva. Parece que vocês são bastantes esquecidos na Europa, que é uma pena. Sobre o narradores, a gente tem o histórico de gritar e soltar a vibração que vocês em diferente são mais contidos e rápidos. 

Vou só fechar o OT por aqui, depois podemos continuar por PM ou noutro tópico.

Somos esquecidos porque regra geral também não temos a dimensão de outros mercados na Europa. Contudo, temos casos em que partilhávamos certos canais com Espanha e deixámo-lo de o fazer ao longo do tempo. Talvez o caso mais enigmático para mim foi o do Canal Panda, que até esteve fechado em Espanha durante uns bons anos. O Discovery recentemente passou a ter um feed que é meio-meio: publicidade e alguma continuidade (bem como uso de legendagem na programação) exclusiva a Portugal, o resto partilhado com Espanha. Deixámos de ter Telecine e estes aportuguesaram-se e são agora o TVCine e são detidos por uma empresa portuguesa. No início dos anos 2000 também começámos a ter algum investimento por parte de empresas como a Sony e a FOX. O AXN original era um mimo. Até tinha provas de motocross e tudo! A FOX é que pronto, às vezes enfiava legendagem em portunhol nalgumas coisas. E mesmo a SIC teve apostas acertadas nessa altura. Mais importante que a SIC Notícias para mim foram a SIC Radical (que era para targets jovens e masculinos) e a SIC Mulher (muito virada para um público feminino urbano). A prova de que era possível usar a TV paga para uma melhor segmentação do público.

E conheço malta por cá que adora ouvir narrações brasileiras. Até conheço um amigo da minha irmã que é obcecado por futebol brasileiro ao ponto de subscrever o PFC para ficar de olho nos jogos. Também conheço quem tenha chegado ao ponto de instalar o lendário Bomba Patch no PES 6. xD

Editado por JDaman
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há 11 horas, Fadokimi disse:

Aqui a gente tem mais investimentos por ser um país de grande consumo, mas por falarmos português esbarra na conectividade com o resto da América Latina. Boa parte destes canais não tem seus estúdios no Brasil e sim na Argentina como Disney e Viacom. Para mim, o mercado de vocês é muito quadrado e um pouco obsoleto, não que aqui seja progressistas, mas temos muito mais variedades, mesmo se for as mesmas coisas quase. Ter uma CNN local impacta, igual ao Discovery H&H que é uma febre aqui ao lado do Viva. Parece que vocês são bastantes esquecidos na Europa, que é uma pena. Sobre o narradores, a gente tem o histórico de gritar e soltar a vibração que vocês em diferente são mais contidos e rápidos. 

Desculpa de o dizer , o mercado brasileiro e super difícil porque nenhuma empresa esta disposta a dobrar tudo o que passa na vossa terra, se até o português de cá vocês desprezam quanto mais os outros idiomas, o caso da nazaré vai ser uma autentica vergonha , enquanto cá as novelas da globo passa tudo com o feed original.

Editado por Dafiel
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há 3 horas, Dafiel disse:

Desculpa de o dizer , o mercado brasileiro e super difícil porque nenhuma empresa esta disposta a dobrar tudo o que passa na vossa terra, se até o português de cá vocês desprezam quanto mais os outros idiomas, o caso da nazaré vai ser uma autentica vergonha , enquanto cá as novelas da globo passa tudo com o feed original.

Aqui não temos um nível educacional tão bom assim para termos que ver em legendas. E outra, dublado fica muitas vezes melhor que em som original. Sobre nem uma empresa quer dublar, vocês está muito enganado, aqui temos as maiores empresas de mídia atuando forte no país e em português como CBSVIACOM, Warner, Discovery, Universal, Sony e outros que em outros países não estão. Por que a gente tem um mercado imenso a conquistar e que é mais valioso a eles. Então a dublagem é o de menos. 

 

há 3 horas, JDaman disse:

Vou só fechar o OT por aqui, depois podemos continuar por PM ou noutro tópico.

Somos esquecidos porque regra geral também não temos a dimensão de outros mercados na Europa. Contudo, temos casos em que partilhávamos certos canais com Espanha e deixámo-lo de o fazer ao longo do tempo. Talvez o caso mais enigmático para mim foi o do Canal Panda, que até esteve fechado em Espanha durante uns bons anos. O Discovery recentemente passou a ter um feed que é meio-meio: publicidade e alguma continuidade (bem como uso de legendagem na programação) exclusiva a Portugal, o resto partilhado com Espanha. Deixámos de ter Telecine e estes aportuguesaram-se e são agora o TVCine e são detidos por uma empresa portuguesa. No início dos anos 2000 também começámos a ter algum investimento por parte de empresas como a Sony e a FOX. O AXN original era um mimo. Até tinha provas de motocross e tudo! A FOX é que pronto, às vezes enfiava legendagem em portunhol nalgumas coisas. E mesmo a SIC teve apostas acertadas nessa altura. Mais importante que a SIC Notícias para mim foram a SIC Radical (que era para targets jovens e masculinos) e a SIC Mulher (muito virada para um público feminino urbano). A prova de que era possível usar a TV paga para uma melhor segmentação do público.

E conheço malta por cá que adora ouvir narrações brasileiras. Até conheço um amigo da minha irmã que é obcecado por futebol brasileiro ao ponto de subscrever o PFC para ficar de olho nos jogos. Também conheço quem tenha chegado ao ponto de instalar o lendário Bomba Patch no PES 6. xD

Sim, o mercado de vocês é pequeno pelo tamanho da população, magnitude do país e outros aspectos que embarreiram a chegada de mais canais para vocês. Mesmo aqui a televisão a cabo ser algo mais elitistas, temos mais canais pelo fator populacional ser grande e o consumo idem. Com isso temos grandes sucesso na televisão a cabo como Irmãos a Obra e outros programas desse estilo, realitys de culinária, programas de humor nacional e esporte ao vivo. Além dos canais de notícias como a CNN Brasil. Então a comparação entre os países é um pouco injusta com vocês. Mas não deixa de ser um bom mercado para investir, já que em porcentagem populacional, vocês tem mais acesso a televisão a cabo do que nós.

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Só soube disto agora :cryhappy:

Estou chocado por a Band não ter ido buscar uma novela à TVI mas sim à SIC :haha: Que seja tão hit como foi cá. Sinceramente pode correr melhor que OV pelo facto de ser mais simples e ser mais adequada ao micro-horário onde a devem querer enfiar.

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há 12 minutos, tjspy disse:

Só soube disto agora :cryhappy:

Estou chocado por a Band não ter ido buscar uma novela à TVI mas sim à SIC :haha: Que seja tão hit como foi cá. Sinceramente pode correr melhor que OV pelo facto de ser mais simples e ser mais adequada ao micro-horário onde a devem querer enfiar.

Eles tentaram Valor da Vida, mas algo fez não ocorre a sua exibição aqui e tem A Única Mulher que eles não podem exibir mesmo tendo os direitos. Então o jeito foi apelar para quem faça sucesso, SIC.

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há 1 hora, Fadokimi disse:

Aqui não temos um nível educacional tão bom assim para termos que ver em legendas. E outra, dublado fica muitas vezes melhor que em som original. Sobre nem uma empresa quer dublar, vocês está muito enganado, aqui temos as maiores empresas de mídia atuando forte no país e em português como CBSVIACOM, Warner, Discovery, Universal, Sony e outros que em outros países não estão. Por que a gente tem um mercado imenso a conquistar e que é mais valioso a eles. Então a dublagem é o de menos. 

 

Sim, o mercado de vocês é pequeno pelo tamanho da população, magnitude do país e outros aspectos que embarreiram a chegada de mais canais para vocês. Mesmo aqui a televisão a cabo ser algo mais elitistas, temos mais canais pelo fator populacional ser grande e o consumo idem. Com isso temos grandes sucesso na televisão a cabo como Irmãos a Obra e outros programas desse estilo, realitys de culinária, programas de humor nacional e esporte ao vivo. Além dos canais de notícias como a CNN Brasil. Então a comparação entre os países é um pouco injusta com vocês. Mas não deixa de ser um bom mercado para investir, já que em porcentagem populacional, vocês tem mais acesso a televisão a cabo do que nós.

Peço desculpa pelo OT, mas tem que levar com resposta.

então se estou engando no vosso mercado , também estas muito engano sobre o mercado daqui ,se não existe algum coisas e por o mercado estar esgotado , como por exemplo Portugal até ser dos paises que tem mais canais informativos já existe 4 .

E não mencionaste o fato de dobragem /dublarem tudo o que vem em PT-PT ,serão assim vocês tao burros , o que não me parece ou e preguiça em aceitar algo que vem de fora?

Editado por Dafiel
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há 5 minutos, Dafiel disse:

E não mencionaste o fato de dobragem /dublarem tudo o que vem em PT-PT ,serão assim vocês tao burros , o que não me parece ou e preguiça em aceitar algo que vem de fora?

Somos um país com uma desigualdade igual a da África. Temos um nível de analfabetismo ainda grande. Tem gente que mal sabe o português do Brasil. Então a Band pensa que para essa fatia de público é melhor dublado do que voz original, mas quem quiser ver em voz original é só apertar a tecla Sap. Sobre canal de notícias, cada mercado é diferente um dos outros e de como é feito, então vai ser diferente o que se passa aqui e aí, por que temos uma visão de televisão e vocês outras, cada um cabe no seu mercado. Igual a nós que gostamos de coisas dubladas e vocês não. E outra, aceitamos muito bem o quem vem de fora, já que exibimos novelas da Argentina, México, Estados Unidos, Portugal, Venezuela e Colômbia. 

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Quem não gostar da dublagem que aperte a tecla SAP para ter o áudio original. Assim como oferecem áudio original dos desenhos animados, filmes e novelas mexicanas. Ainda há uma terceira faixa de áudio para os programas com audiodescrição para cegos. O Closed Caption (legendagem) ainda é mais eficiente, pois está disponível até no sinal analógico (enquanto o de áudio alternativo é na TV digital).

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há 21 horas, JDaman disse:

A pirataria não terá a ver um pouco com isso? Por aqui na Europa é normal ver-se o Brasil como a terra do bootlegging e já apanhei vídeos onde em plena rua havia gente a vender CCCam para aceder a serviços como a Sky e assim a preços estupidamente reduzidos.

É uma junção de fatores. A TV à cabo, no Brasil, sempre foi visto como algo elitista e inalcançalvel e grande culpa disto é da Globo. Ela elevou o valor das mensalidades e ainda exigiu, por muito tempo, a compra de um equipamento caríssimo e que não teria utilidade posterior caso a pessoa desistisse do serviço. Para piorar a situação, a rede cabeada era muito pequena e a maior parte do país só recebia os canais à cabo através do satélite.

Para se ter noção do que digo, por volta de 1997, o salário mínimo brasileiro estava por volta de 120 dólares e o custo médio do equipamento da DirecTV ou Sky era de 400 dólares, fora os custos de instalação e habilitação (algo como 600 dólares). E foi algo elitizado por muito tempo até 2006, quando o serviço começou a se popularizar, mas ainda de maneira restrita. Mas, desde 2014, o serviço começou a decair com o melhor acesso à Internet e a crise econômica brasileira.

A programação oferecida, salvo raras exceções, não é das melhores. É muito repetitiva, não tem variedade e, ainda por cima, é cara para padrões brasileiros. A formatação e a emissão do sinal é feita na Argentina, México, Colômbia ou Miami, EUA. Para ter o serviço completo em todos os televisores de casa é necessário desembolsar pelo menos 365 reais mensais. Outra opção é o pré-pago, ou seja, comprar o equipamento e ter uma mensalidade reduzida: 400 à 660 reais para um televisor (pode passar de 3.000 caso utilize para 5 televisores) já com o direito de visualizar os canais abertos por 2 anos. As mensalidades vão de 55 à 107 reais mensais (sem contar os extras: internacionais, pornô e esportes). Lembrando que o salário mínimo brasileiro está em 1.100 reais. 

A pirataria tem o seu papel: os descodificadores chineses contrabandeados do Paraguai já trazem não só todos os canais à cabo disponíveis no Brasil como ainda trazem de outros países, incluindo Portugal (os canais Sport TV são visados). O custo médio é de 400 à 1.200 reais.

há 20 horas, JDaman disse:

Eu praticamente desliguei-me um pouco da TV paga portuguesa, para ser honesto. E por estranho que possa parecer, desde que a nossa TV paga se "generalizou" um bocado que perdeu alguma qualidade, imo.

Normalmente associo a TV paga brasileira a canais de desporto como SporTV, Band Sports, ESPN Brasil e FOX Sports. Não sou grande fã dos relatos dos narradores brasileiros, mas adoro os jingles que metem nos golos. xD Adoro o da FOX Sports brasileira. Por outro lado, sempre me pareceu que a TV paga brasileira parecia ter mais variedade. Desde a minha adolescência que invejava vocês terem uma HBO e nós não (mais pela marca que por outra coisa, visto que podíamos ver as séries da HBO gratuitamente por cá em sinal aberto). E mesmo o facto da Warner e assim darem mais atenção a vocês que a nós. Ultimamente até espreito alguma aposta do Multishow na Globo portuguesa e dá-me uma certa saudade de algum, digamos, arrojo que já tivemos na TV paga por cá.

A TV paga portuguesa neste momento é: um repositório de canais de filmes e séries em loop constante, uma carrada de canais de notícias e investimento quase nulo em entretenimento ou ficção originais.

Em termos de diversidade de programação, eu acho a TV paga angolana melhor que a brasileira em certos aspectos. Não temos canais de telenovelas ou de filmes indianos, por exemplo. Na América Latina, a Argentina teve uma TV à cabo muito avançada nos anos 90: canais à cabo de produção própria, distribuição quase universal da rede cabeada e menor custo: 65 canais saíam por 28 dólares mensais por volta de 1995.

P.s.: o Fuel TV está a tentar se expandir pelo Brasil.
 

há 9 horas, Dafiel disse:

Desculpa de o dizer , o mercado brasileiro e super difícil porque nenhuma empresa esta disposta a dobrar tudo o que passa na vossa terra, se até o português de cá vocês desprezam quanto mais os outros idiomas, o caso da nazaré vai ser uma autentica vergonha , enquanto cá as novelas da globo passa tudo com o feed original.

 

há 4 horas, Dafiel disse:

Peço desculpa pelo OT, mas tem que levar com resposta.

então se estou engando no vosso mercado , também estas muito engano sobre o mercado daqui ,se não existe algum coisas e por o mercado estar esgotado , como por exemplo Portugal até ser dos paises que tem mais canais informativos já existe 4 .

E não mencionaste o fato de dobragem /dublarem tudo o que vem em PT-PT ,serão assim vocês tao burros , o que não me parece ou e preguiça em aceitar algo que vem de fora?


Digo e repito: não sei como eles insistem nesta estranha solução. Não é do agrado dos que produzem e muito menos dos que consomem. Resulta em um produto estranho. Mas não é algo exclusivo do Brasil. Não sei se eu disse aqui ou em outro tópico, mas as novelas chilenas e argentinas são dobradas em espanhol neutro para outros países de língua espanhola. 

O brasileiro aceita bem o que é de fora, um dos maiores sucessos da TV brasileira é uma série mexicana chamada "Chaves", que emitiu-se de 1984 à 2020 pelo SBT. As telenovelas mexicanas são populares no Brasil. Maria do Bairro e A Usurpadora foram repostas 6 ou 7 vezes. A Globo comprou os direitos de novelas de lá para sua plataforma de streaming.

A questão da dobragem de produções portuguesas reflete o distanciamento fonético de ambas as variantes do idioma. Vocês suprimem as vogais, falam rápido e usam palavras desconhecidas para a nossa realidade (a famigerada frase "Putos não tem prioridade para levar picadura no cu" pode se tornar terrivelmente problemática), o que pode resultar díficil para pessoas com diferentes níveis de letramento. Isto foi alegado pelas TVs Bandeirantes, JB e Brasil. 

A dobragem de produções estrangeiras já existe no Brasil pelo menos desde 1958 e é exigida por lei desde 1962 para a Televisão aberta (salvo emissão semanal de filme legendado para pessoas surdas desde 1982 até meados dos anos 2000). Caso não seja do vosso agrado, basta acionar o segundo canal de áudio (SAP) e a legendagem oculta.

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há 22 horas, PierreDumont disse:

É uma junção de fatores. A TV à cabo, no Brasil, sempre foi visto como algo elitista e inalcançalvel e grande culpa disto é da Globo. Ela elevou o valor das mensalidades e ainda exigiu, por muito tempo, a compra de um equipamento caríssimo e que não teria utilidade posterior caso a pessoa desistisse do serviço. Para piorar a situação, a rede cabeada era muito pequena e a maior parte do país só recebia os canais à cabo através do satélite.

Para se ter noção do que digo, por volta de 1997, o salário mínimo brasileiro estava por volta de 120 dólares e o custo médio do equipamento da DirecTV ou Sky era de 400 dólares, fora os custos de instalação e habilitação (algo como 600 dólares). E foi algo elitizado por muito tempo até 2006, quando o serviço começou a se popularizar, mas ainda de maneira restrita. Mas, desde 2014, o serviço começou a decair com o melhor acesso à Internet e a crise econômica brasileira.

A programação oferecida, salvo raras exceções, não é das melhores. É muito repetitiva, não tem variedade e, ainda por cima, é cara para padrões brasileiros. A formatação e a emissão do sinal é feita na Argentina, México, Colômbia ou Miami, EUA. Para ter o serviço completo em todos os televisores de casa é necessário desembolsar pelo menos 365 reais mensais. Outra opção é o pré-pago, ou seja, comprar o equipamento e ter uma mensalidade reduzida: 400 à 660 reais para um televisor (pode passar de 3.000 caso utilize para 5 televisores) já com o direito de visualizar os canais abertos por 2 anos. As mensalidades vão de 55 à 107 reais mensais (sem contar os extras: internacionais, pornô e esportes). Lembrando que o salário mínimo brasileiro está em 1.100 reais. 

A pirataria tem o seu papel: os descodificadores chineses contrabandeados do Paraguai já trazem não só todos os canais à cabo disponíveis no Brasil como ainda trazem de outros países, incluindo Portugal (os canais Sport TV são visados). O custo médio é de 400 à 1.200 reais.

Em termos de diversidade de programação, eu acho a TV paga angolana melhor que a brasileira em certos aspectos. Não temos canais de telenovelas ou de filmes indianos, por exemplo. Na América Latina, a Argentina teve uma TV à cabo muito avançada nos anos 90: canais à cabo de produção própria, distribuição quase universal da rede cabeada e menor custo: 65 canais saíam por 28 dólares mensais por volta de 1995.

P.s.: o Fuel TV está a tentar se expandir pelo Brasil.

Essa questão da Internet explica também a popularidade de Netflix e assins por aí (para além de um possível baixo custo)? Vocês até chegaram a ter um DVD para ver Netflix na PlayStation 2, um exclusivo mundial.

Mas do que me explicaste, esses valores são um autêntico exagero. Ainda me lembro quando colocámos TV paga aqui em 2000 e não tivemos custo de instalação na altura. E na altura a TV paga portuguesa ainda era muito dominada por canais made in Espanha ou estrangeiros.

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há 1 hora, JDaman disse:

Essa questão da Internet explica também a popularidade de Netflix e assins por aí (para além de um possível baixo custo)? Vocês até chegaram a ter um DVD para ver Netflix na PlayStation 2, um exclusivo mundial.

Mas do que me explicaste, esses valores são um autêntico exagero. Ainda me lembro quando colocámos TV paga aqui em 2000 e não tivemos custo de instalação na altura. E na altura a TV paga portuguesa ainda era muito dominada por canais made in Espanha ou estrangeiros.

Do ponto de vista sociocultural, seria mais interessante que a TV paga portuguesa tivesse apenas a sua gênese em canais brasileiros do que o domínio espanhol, mas as diferenças de padrão técnico, a distância e o pouco interesse de parcerias luso-brasileiras no cabo. Aliás, se a lusofonia fosse maior e mais unida, poderíamos ter uma oferta de programação semelhante à Francofonia com o Canal Satélite. 

Em compensação, a antena parabólica teve um papel no Brasil semelhante ao de alguns países europeus: era largamente usada para apanhar canais abertos com melhor qualidade de imagem e som, sem as "invasões" das estações regionais. Este era o calcanhar de aquiles, pois a Globo perdia a publicidade destas estações em 33% das residências brasileiras e, ao mesmo tempo, não poderia fechar os sinais para não ter o público. Os argentinos adoravam tal possibilidade, pois apanhavam tais sinais para emissão no cabo na década de 90. O que, infelizmente, nunca houve foi o uso de tais antenas para popularizar a TV paga no Brasil. A Globo monopolizou o quanto pode, tinha abusivos contratos de exclusividade apenas com empresas de sua posse (Net para cabo e Sky para satélite). A quebra legal de tais exclusividades ajudou a popularizar a TV por assinatura no Brasil. 

A rede cabeada, no Brasil, estava longe de alcançar a vizinha Argentina. Muitos sítios de alto poder aquisitivo não tinham acesso a TV à cabo, apenas por satélite. Os operadores locais demoraram a investir no cabeamento de fibra ótica para qualquer serviço e é por isto que a banda larga demorou a se popularizar no Brasil. Porém, nos últimos 10 anos, pequenas e médias empresas assumiram tal iniciativa por todo o país, oferecendo bons serviços a um custo baixíssimo. Você pode contratar apenas a Internet, sem se prender às vendas casadas (telefone fixo e/ou TV à cabo). Eu pago 100 reais mensais por 250 Mbps "Full Duplex" e o meu provedor já anunciou a possibilidade de ampliar a minha velocidade para 500 Mbps sem aumento da mensalidade, mas por ora, estou satisfeito. Sendo assim, pequenas cidades do interior do Nordeste tem acesso à velocidades espantosas e, em alguns casos, à telefone fixo e à TV à cabo por fibra ótica. Recentemente, a minha região foi contemplada com o primeiro serviço de TV paga por fibra ótica (antes era apenas o satélite). O custo para a implantação de infraestrutura não é dos maiores e outros serviços (telefone fixo e TV à cabo) podem ser terceirizado. O lado negativo é que a Globo não costuma a liberar canais para pequenos provedores.

https://olhardigital.com.br/2020/05/01/videos/provedores-de-internet-de-pequeno-porte-ampliam-a-conectividade-no-brasil-2/

https://inforchannel.com.br/a-concentracao-dos-pequenos-provedores-de-internet/

O caso mais espantoso é o da empresa "Brisanet", localizada no interior do estado brasileiro do Ceará. Fundada em 1997, a partir de uma pequena empresa em uma pequena cidade do sertão, a empresa foi a primeira do país a instalar fibra ótica em todas as ruas de uma cidade (Pau dos Ferros no estado do Rio Grande do Norte) em 2011. Hoje, está presente em 70% dos municípios do Nordeste do Brasil. 

https://www.uol.com.br/tilt/reportagens-especiais/do-nada-para-um-tudo/

 

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há 1 hora, PierreDumont disse:

Do ponto de vista sociocultural, seria mais interessante que a TV paga portuguesa tivesse apenas a sua gênese em canais brasileiros do que o domínio espanhol, mas as diferenças de padrão técnico, a distância e o pouco interesse de parcerias luso-brasileiras no cabo. Aliás, se a lusofonia fosse maior e mais unida, poderíamos ter uma oferta de programação semelhante à Francofonia com o Canal Satélite. 

Em compensação, a antena parabólica teve um papel no Brasil semelhante ao de alguns países europeus: era largamente usada para apanhar canais abertos com melhor qualidade de imagem e som, sem as "invasões" das estações regionais. Este era o calcanhar de aquiles, pois a Globo perdia a publicidade destas estações em 33% das residências brasileiras e, ao mesmo tempo, não poderia fechar os sinais para não ter o público. Os argentinos adoravam tal possibilidade, pois apanhavam tais sinais para emissão no cabo na década de 90. O que, infelizmente, nunca houve foi o uso de tais antenas para popularizar a TV paga no Brasil. A Globo monopolizou o quanto pode, tinha abusivos contratos de exclusividade apenas com empresas de sua posse (Net para cabo e Sky para satélite). A quebra legal de tais exclusividades ajudou a popularizar a TV por assinatura no Brasil. 

A rede cabeada, no Brasil, estava longe de alcançar a vizinha Argentina. Muitos sítios de alto poder aquisitivo não tinham acesso a TV à cabo, apenas por satélite. Os operadores locais demoraram a investir no cabeamento de fibra ótica para qualquer serviço e é por isto que a banda larga demorou a se popularizar no Brasil. Porém, nos últimos 10 anos, pequenas e médias empresas assumiram tal iniciativa por todo o país, oferecendo bons serviços a um custo baixíssimo. Você pode contratar apenas a Internet, sem se prender às vendas casadas (telefone fixo e/ou TV à cabo). Eu pago 100 reais mensais por 250 Mbps "Full Duplex" e o meu provedor já anunciou a possibilidade de ampliar a minha velocidade para 500 Mbps sem aumento da mensalidade, mas por ora, estou satisfeito. Sendo assim, pequenas cidades do interior do Nordeste tem acesso à velocidades espantosas e, em alguns casos, à telefone fixo e à TV à cabo por fibra ótica. Recentemente, a minha região foi contemplada com o primeiro serviço de TV paga por fibra ótica (antes era apenas o satélite). O custo para a implantação de infraestrutura não é dos maiores e outros serviços (telefone fixo e TV à cabo) podem ser terceirizado. O lado negativo é que a Globo não costuma a liberar canais para pequenos provedores.

https://olhardigital.com.br/2020/05/01/videos/provedores-de-internet-de-pequeno-porte-ampliam-a-conectividade-no-brasil-2/

https://inforchannel.com.br/a-concentracao-dos-pequenos-provedores-de-internet/

O caso mais espantoso é o da empresa "Brisanet", localizada no interior do estado brasileiro do Ceará. Fundada em 1997, a partir de uma pequena empresa em uma pequena cidade do sertão, a empresa foi a primeira do país a instalar fibra ótica em todas as ruas de uma cidade (Pau dos Ferros no estado do Rio Grande do Norte) em 2011. Hoje, está presente em 70% dos municípios do Nordeste do Brasil. 

https://www.uol.com.br/tilt/reportagens-especiais/do-nada-para-um-tudo/

 

 O fenómeno espanhol explica-se pela proximidade geográfica. Era mais fácil para uma Chello ou Discovery concentrar a tomada de decisões num sítio perto que espalhar entre diferentes continentes (para além do factor "rejeição do Português do Brasil" em coisas que não sejam novelas). Depois outra parte da TV paga portuguesa era constituída por canais em sinal aberto por satélite como RTL, DSF e afins. Parte da primeira exposição que tive a TV alemã foi graças a isto.

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há 39 minutos, Magazine disse:

Estão a utilizar o logótipo original :clap: O esmurrão na Plural que não sabe enviar o pacote gráfico no email

Provavelmente estão dando as promos feitas pela SIC, agregou-se tão somente a locução brasileira. A maior prova disto é que as promos brasileiras estão com o áudio original e já foi divulgado que será tudo dobrado ao dialeto brasileiro. 

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