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Ana Ao Cubo


Ana Maria Peres

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E já só falta uma hora para o próximo episódio!! :D

Agora lembrei-me, existe um contador no canto superior direito a anunciar um novo episódio da novela? :ph34r: Espero que sim, adoro esses contadores, então o que está na RTP do Got Talent está tão bonito e discreto... :ph34r:

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No episódio anterior    

  Hide contents

- Ambrósio tenta descobrir mais sobre a relação entre Ana Jenny e SIM;
- AGUI Lovers acorda do coma;
- Há um incêndio no banco em Amesterdão.

18º Episódio 

Quem será?

YpeOYYm.jpg

                 

                  O banco de Gabriel_C em Amesterdão estava a arder há já algum tempo. Não havia maneira de parar o fogo. Os andares de cima haviam sido aqueles que mais danificados estavam. No entanto, com efeito, não eram os bens materiais o mais importante; confirmara-se que já havia mortos no meio. Um deles era o diretor-geral holandês. O bancário estava na Sala de Reuniões e não conseguiu escapar com vida daquela cenário aterrador. O esposo de herportrait soube da notícia, sendo que reagiu de maneira muito fria, típica dele. A mãe de Magazine notou a sua atitude, afirmando:

                - Não percebo como é que estás tão impávido a ouvir uma coisa destas.

                - Querida esposa, não é altura para choros desmedidos. Tinha uma forte ligação com o senhor Baum, mas não vou estar a chorar como uma carpideira.

                - Gabriel, o quê que aquele homem ia-nos contar o que se passa no banco hoje? – pergunta desconfiada herportrait.

                - Pois, isso nunca saberemos. Infelizmente. – responde Gabriel.

                Entretanto, haviam chegado Magazine e Ricardo, vindos num táxi. Quando o primeiro chegou, perguntou:

                - Estão todos bem? – questionou Magazine.

                - Sim. – respondeu herportrait.

                - Felizmente ninguém se magoou. – completou Gabriel.

                - Já agora, onde é que estava, hoje de manhã, Magazine? E para você também se aplica, Gabriel. – interroga herportrait.

                - Eu fiquei no hotel. Disseram-me para lá ficar. – responde Magazine.

                - Quem? – pergunta a esposa de Gabriel.

                - Recebi um bilhete.

                Magazine decidira mentir, uma vez que preferia não contar nada sobre Filipe Luís. Tinha a noção que estava a lidar com alguém perigoso, daí pretendeu não arriscar. Herportrait vira-se para Gabriel e diz-lhe:

                - Vamos para ali. Precisamos de conversar.

                - Sobre? Tenho de tratar de algumas coisas…

                - Não, Gabriel, isto é sério. – contesta Herportrait.

                Distanciaram-se. Foram para uma zona onde não estava quase ninguém. Diretamente, herportrait pergunta a Gabriel:

                - Foste tu que provocaste este incêndio?

                - Desculpa?

                - Gabriel, diz-me que não foste tu que armaste este incêndio! Diz-me! - grita herportrait.

    - Minha querida, não tenho de te dar justificações... E não me trate por tu, já disse que odeio isso.

                - És um monstro… Só podes ter sido tu! O holandês tinha qualquer coisa que tu não querias que eu soubesse… Sem falar do SMS que eu recebi!

                - Que SMS? Deve estar a alucinar… - afirma Gabriel.

                - Faz todo o sentido! Tu odeias-me, ficaste fulo por eu ter vindo contigo e ter saído à noite naquele dia… Tu querias-me matar, não querias?

                - Olhe, vá a um sítio que eu cá sei. Distorcer e difamar alguém pode dar origem a um processo… Ainda para mais, loucuras como essas. - refere Gabriel.

                - Para de tentar desviar o assunto!

                - Eu paro, quando parar de dizer barbaridades! Agora eu tenho mesmo para o banco, tenho de tratar de alguns assuntos importantes. Ao contrário de si, que, de não ter nada para fazer, inventa e fabula historinhas sem sentido! - finaliza Gabriel.

                Gabriel saí e herportrait começa a chorar. A sua intuição dizia-lhe que o esposo tinha sido o causador, ou tinha mandado alguém, para fazer tal barbárie. E sabia que estava em perigo de vida…

                Em Portugal, e em quase todos os nossos núcleos, o dia começou de forma mais calma. Calma e magnífica, isto para Ana Jenny. Conseguira manipular com sucesso a sua nora e tinha a noção de que estava naquela casa para ficar. Começara a tomar o pequeno-almoço com Rafael A., Visky e JoanaSantos com a televisão como barulho de fundo.

                - Dormiste bem, querida afilhada? – pergunta Visky.

                - Sim, muito bem. Estou mesmo contente por ter permanecido aqui.

                - Digo-te mesmo que é milagre, aquela bandida da Magy ter cedido! – exclama Rafael.

                - Calem-se! Eu estou a ver as notícias, para ver se saiu algum prémio por engano! A vizinha do lado disse-me que houve uma vez que se enganaram no 760 e isso deve ser tema de notícia.

                - Mãe, por favor…

                - A tua mãe, Visky, está cada vez pior… Era tirar-lhe o telemóvel para ver se a panca desaparecia…E hoje vou ter de ir tratar lá aquilo da agência... Nem me está a apetecer!

                - Eu não sou nenhuma gaiata para me tirarem o telemóvel!

                No meio da conversa, ouve-se uma notícia de última hora: o banco holandês de Gabriel_C, um dos mais reputados portugueses, estava a arder em Amesterdão. Ana Jenny ficou logo com a pulga atrás da orelha – sabia que aquele homem era o amante de Magy! JoanaSantos reparou na expressão estranha que Ana Jenny fez, questionando-lhe:

                - Que se passa, filha? A ouvir esta notícia lá do banco ficaste mais branca que a cal…

                - Fiquei impressionada, só isso. – responde Ana Jenny.

                Continuarem a conversarem e a irmã de Ana Maria decidiu sair da mesa. Queria ir contar esta notícia a Magy, no sentido de a provocar. Bate-lhe à porta, sendo que esta diz:

                - Pode entrar!

                - Olá, sogrinha!

                - Outra vez tu? Não sei se percebeste, mas a abusar da sorte…

                - Que chata… Só lhe vim contar uma coisa.

                - O que queres de mim?

    - Ó sogrinha, já viu que o banco do seu amante está a arder? - pergunta Ana Jenny

     - Como assim? - questiona Magy.

                - Você é mesmo a outra… Sim, lá na Holanda o banco do Gabriel está a chamuscar…

                 - E ele?

                - Ele falou com a sua esposa…. Com eles estava tudo bem.

                - Brevemente não estará. Não só para ela, como também para ti. – riposta Magy.

                Ana Jenny ficou sem resposta com esta tirada da sogra, não sabia mesmo o que responder. Quem prossegue a conversa é a esposa de Visky, uma vez que o seu telemóvel toca.

                - Se não te importas, saí. Ainda tenho direito à minha privacidade, estou ou não estou no meu quarto e, mais importante do que isso, na minha casa?

                Ana Jenny saí, enquanto Magy atende de forma ríspida:

                - A tua idiotice… A tua idiotice… Nem me dirijas a palavra! Um incêndio? Que criatividade fantástica!

                Desliga o telefone irritada.

Num contexto diferente, estão Oxi e Diogo. Depois de uma noite fantástica, onde trocaram muitos carinhos, acordaram ambos bem-dispostos, especialmente o segundo. A sair do quarto, após acordar, pergunta ao empregado:

                - Bom dia! João, o Oxi já acordou?

                - Sim, ele está lá em baixo a tomar o pequeno-almoço.

                - Eu vou ter com ele! - exclama Diogo_M.

                - Sim.

                Diogo desce as escadas e está lá Oxi na mesa de refeições. O seu namorado estava a falar ao telemóvel, falando num tom muito sério:

                - Já te disse que não vai receber nada! Como é que ela se safou? Como? Essa não era a intenção! Agora saí daí antes que te aconteça alguma coisa. Adeus.

                O rapaz entrou com cara estranha. Pergunta ao diretor do hospital:  

                - Passa-se alguma coisa?

                - Não, foi problemas dos fornecedores lá no hospital. Mas não falemos nisto, é trabalho e depois de uma noite como ontem… - afirmando isto, beija Diogo.

                - Tu consegues sempre dar-me a volta, é impressionante…

                - Já agora, Diogo, e estragando um pouco a tua boa disposição… - refere Oxi. – Passou-me uma coisa grave.

                - O quê? – alarma-se Diogo.

                - A tua amiga herportrait… Bem, ela foi para Amesterdão.

                - Foi? Nem me disse nada…

                - Foi com o Gabriel e o Magazine. – acrescenta Oxi.

                - O que se passou? – pergunta muito preocupado Diogo.

                - A sucursal holandesa do banco do Gabriel está a arder, está a haver um incêndio horrível que está a queimar quase todo o banco. No entanto, a parte positiva é que estão todos bem.

                - Ai, meu Deus! Eu tenho de ligar à herportrait! Ela deve estar a precisar de mim!

                Saindo da mesa, liga-lhe. A esposa de Gabriel atende:

                - Sim?!

                - Querida! Como está?

                - A nível físico, estou bem.

                - Eu só soube agora! Fiquei em pânico, nem imagina… E a situação como está? - pergunta Diogo_M

                - Tudo muito nervoso, tudo muito agitado… Têm saído inúmeras macas com pessoas mortas… Tem sido um terror mesmo.

                - Ai, querida, eu ficarei a torcer para que tudo ocorra pelo melhor.         

                Depois de ter estado sozinha, herportrait voltou para junto do banco, onde Gabriel também estava. Este pede para a esposa desligar o telemóvel.  

                - Vou ter que desligar, Diogo. Mas obrigada por ter ligado.

                - Os amigos são para estas ocasiões. Adeus!

                Rispidamente, herportrait critica o marido:

                - Para quê que mandaste desligar o telefone? Parvo!

                - Trate-me por você. Além disso, é só para lhe comunicar que vamos voltar já amanhã para Portugal! – diz Gabriel.

                - O quê? Um dos teus sócios morre queimado e tu já queres ir para Lisboa? De duas uma: ou és um insensível ou estás a tentar fugir de alguma coisa...

                - Quero é fugir das tuas loucuras.

                Magazine, no meio disto tudo, chama o pai. Queria falar seriamente com ele. Precisava de tirar algumas dúvidas com o pai…

                - O quê que se passou ali em cima?

                - Também tu, Magazine, também tu. Não tive nada a ver com o que se passou.

                - Não?! Então porquê que o Filipe Luís, o seu homem de serviços, ontem me veio contactar a dizer para hoje eu não ir trabalhar? Para mais, ele disse que estava sob suas ordens…

                - Como? – pergunta espantado Gabriel.

                Nesse momento, ouve-se as sirenes da polícia, que percebe que vem de ruas atás. Era um barulho enorme. Avistam-se alguns carros policiais, sendo que param todos à frente do edifício…

No próximo episódio:

  Hide contents

- Eu não fiz nada! - grita herportrait. - O meu marido é que é o criminoso no meio disto tudo!

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- Olá! João, leve as minhas malas! - ordena Gabriel.
- E as da dona herportrait?
- Ela não viajou connosco. 

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- AGUI! Como estás? - pergunta emocionada Ana Pimpolho.

Marquem na vossa agenda: domingo é o próximo dia em que poderão ler tão linda história! 

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On 15/03/2017 at 00:34, Ambrósio disse:

Muito bom! Quero desmascarar essa relação falsa do meu maninho com essa Ana Jenny ;)

 

Anda uma pessoa a brincar durante toda uma infância com um irmão para ele lhe fazer isto. Já não se fazem pessoas como antigamente.

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Agora mesmo, Ambrósio disse:

Quem te avisa, teu amigo é! Essa Ana Jenny não é de confiança!! ;)

 

Eu caí numa teia e agora não sei como sair dela. Aliás, caí num ninho de cobras do qual não consigo sair. A Ana Jenny é uma verdadeira anaconda.

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(Participação especial de @Miguel S. :yes: )

No episódio anterior    

  Hide contents

- O diretor geral holandês morre.
- Herportrait e Magazine desconfiam que Gabriel pôs fogo ao prédio;
- Magy e Oxi - serão eles suspeitos?

19º Episódio 

Verdades inconvenientes...

YpeOYYm.jpg            

             O cenário em Amesterdão era caótico. Junto ao edifício do banco de Gabriel_C, estavam uma equipa policial a tentar entender o que se passava. Entretanto, os bombeiros já haviam cessado o incêndio. As suas consequências haviam sido desastrosas – mortes e destruição total do edifício foram, provavelmente, as piores. A polícia havia chegado perto de herportrait, juntamente com um tradutor de nome Miguel S. Este diz-lhe:

                - Dona herportrait, eu sou um tradutor oficial da polícia holandesa.

                - O que deseja?

                - Desejo levá-la à esquadra oficial de Amesterdão. A polícia deseja interroga-la. – revela Miguel.

                - A mim? Eu estou inocente! – grita herportrait. – O culpado foi o meu marido!

                - Minha senhora, o senhor Gabriel tem um álibi: o seu motorista. Já você, segundo uma testemunha anónima nos contou, saiu e entrou de maneira muito suspeita... Assim que desceu, o incêndio começou… Você saiu do edifício. É, no mínimo, estranho. – conta Miguel.

                - Eu não fiz nada! – grita herportrait.

    Num achaque de fúria, berra pelo nome de Gabriel, este que se aproxima. Herportrait grita, enfurecida:

               - Eu não fiz nada! - grita herportrait. - O meu marido é que é o criminoso no meio disto tudo! Ele é um monstro!

                - Minha querida, está a enlouquecer… Se calhar, foi por isso que incendiou o edifício… - provoca Gabriel.

                Herportrait dá-lhe um chapo na cara e é algemada rapidamente pela polícia holandesa, que a leva para o seu carro. Até lá, a esposa de Gabriel ameaça:

                - Gabriel, tu vais pagar por isto!

                - Com cheque ou com dinheiro? – goza Gabriel.

                - Com a vida!

                Dito isto, o automóvel parte, deixando Magazine, Ricardo e Gabriel em frente ao átrio. O primeiro diz:

                - Pai, não conte comigo. Não vai conseguir culpar a mãe por algo que ela não fez!

                - Como é que sabes? – pergunta Gabriel. – Vais contar o quê? Aquela mentira? Meu querido filho, ela pode ter contratado o Filipe Luís para dizer que tinha sido eu a mandar aquele recado. Nem tudo o que parece é… Ah, e façam as malas! Temos de ir embora já amanhã.

                - E a mãe? – questiona Magazine.

                - Ela veio por sua vontade. Logo, vai ter de sair daqui pela sua vontade. – responde Gabriel. – Já agora, Magazine, liga aos teus irmãos a contar-lhe do sucedido. Eu tenho uma conferência de imprensa urgente para realizar.

                Magazine ligou a João_O, o seu empregado, este que contou a novidade aos filhos. Ficaram, sem exceção, completamente surpreendidos:

                - A mãe foi detida? – interroga, incrédulo, Forbidden. – Injustiça! 

                - Concordo. – diz srbcica. – A mãe, apesar do seu feitio, é um ser humano extraordinário. Não era capaz de fazer tamanha patifaria.

                - Ai, meninos, eu também não me acredito! A vossa mãe é boa pessoa. – caracteriza João_O

                - Nem todos fazemos coisas do que nos orgulhamos. – atira para o ar JDuarte. – A mãe pode ter tido as suas razões.

                - Como é que és capaz de dizer isso, JDuarte? A mãe é inocente! – enerva-se Forbidden.

                - Sim, até agora… - cria suspense JDuarte.

                A conversa morreu aqui e todos se dirigiram à sala, no sentido de estarem mais atualizados. Queriam, também, assistir à conferência de imprensa do pai, que iria justificar aquilo que se passara.

                Assistiram. O discurso foi bem encenado: Gabriel mostrava-se desolado com aquilo que havia acontecido. Mandou condolências à família do diretor-geral e reiterou, várias vezes, que iam fazer de tudo para encontrar os culpados. Quanto à suspeita recair sobre a sua esposa, o bancário preferiu não comentar, dando aso a segundas interpretações.

                Noutro cenário, completamente fora deste drama, estavam Ana Maria e Ana Pimpolho, à porta do atv Settle Grace. Queriam ver o seu amigo AGUI Lovers. Depois de terem passado a secretaria, subido no elevador e entrado no quarto, ali estava ele. Debilitado e frágil, nem parecia o mesmo. Ana Pimpolho inicia a conversa:

                - AGUI! Como estás?

                - Melhor. Estou melhor. – diz AGUI Lovers.

                - Nós estivemos tão preocupadas contigo! – exclamou Ana Maria. – Pregaste-nos um susto…

                - Obrigado pela preocupação. – refere AGUI.

                O professor de Educação Visual parecia distante e triste. O seu ânimo estava em baixo. Percebendo isto, Ana Pimpolho pergunta:

                - Passa-se alguma coisa, AGUI?

                Este não respondeu. Não lhe apetecia falar. Para o incentivar a fazer, Ana Maria acrescenta:

                - Nós só queremos o teu bem.

                Pouco depois, AGUI decidiu pronunciar-se:

                - Eu não sei se já sabem… Mas ficarei aqui no hospital ainda algum tempo…

                - Sim, calculamos. – responde Ana Pimpolho.

                - E o pior nem é isso. O pior é que provavelmente… Precisarei muito acompanhamento e… Não sei se terei disposição. Para além disso, pela primeira vez, tive a noção que a nossa vida pode acabar em poucos segundos…

                - É normal que te sintas assim… - consola Ana Maria.

                - Sim, eu sei. Mas sabes, Ana, dei por mim a fazer uma retrospetiva e cheguei à conclusão que a minha vida é um monte de relações frias e rápidas, sem qualquer sentido.

                Acabando de dizer isto, nenhuma das irmãs sabia bem o que dizer. Ainda assim, Ana Pimpolho ganhou coragem e afirmou:

                - Tens-nos a nós…

                - A vocês. E aos meus pais. A mais ninguém. A minha vida foi baseada em magoar os outros… Nunca fiz nada de grandioso, nem nunca ajudei verdadeiramente ninguém…   

                Assim que acaba de dizer estas palavras, entra alguém no quarto onde estava AGUI. Era um homem idoso, que dizia:

                - Filha! Minha filha! Quem é este?

                Era Manú Tenry! Atrás dele, vinha uma enfermeira que gritava que o senhor tinha de preencher uma ficha antes de poder, efetivamente, visitar o doente. Deste modo, Ana Pimpolho convenceu o seu “pai” a realizá-la. Pouco depois, estava de volta ao quarto, dizendo:

                - Filha! Vim ver o teu colega!

                - Oh, obrigada, pai, não era preciso. Bem, não sei se já se conhecem, mas este é o meu pai do coração, o senhor Manú Tenry. Este é o AGUI, pai, e esta é a minha irmã… A Ana Maria.

                Ana Maria não gostava de Manú, uma vez que desconfiava dele como possível assassino dos pais. Assim, apresenta-se timidamente:

                - Olá.

                - Olá. É mesmo parecida com a sua irmã.

                - Obrigada.

                - E com a sua mãe… São a cara da sua mãe. – refere Manú.

                Ana Maria não queria conversar com aquele homem. Sentia repulsa dele. No entanto, uma vez o que o senhor disse anteriormente, atreveu-se a questionar:

                - Donde é que conhecia a minha mãe?

                - O quê? – pergunta Manú.

                - Ele ouve mal, Ana. A Ana Maria está a tentar saber donde é que conhece a mãe.

                - Ah! Éramos vizinhos. E muito amigos. – refere Manú.

                Ana Maria não sabia mais o que perguntar, dando a conversa por encerrado. O idoso percebeu, tendo-se virado para AGUI. Questionou-lhe:

                - Então, rapaz, melhor? Aqui a minha filha do coração esteve muito preocupada contigo…

                - Oh, ela é muito simpática. – responde AGUI.

                - Ao contrário da irmã dela, que simplesmente sabe lançar a confusão…

                - Pai! – repreende Ana Pimpolho. Esta havia contado que Ana Maria tinha dito que Manú era um dos principais culpados do assassinato dos pais.

                - Desculpe, Manú? – pergunta Ana Maria.           

                - Sabe, minha filha, uma das principais razões de eu ter vindo aqui foi ver a sua cara de sonsa, Ana Maria. Eu sei bem que anda a meter bichinhos na cabeça da minha filha, no sentido de a virar contra mim!            

                - Não está bem, você… - insulta Ana Maria.        

                - Pai, você prometeu-me que não ia dizer nada! – repreendeu Ana Pimpolho.

                - As máscaras têm de cair algum dia. – refere Manú.

                - Que máscaras? A polícia desconfiou de si pela morte dos nossos pais! Não é a toa que a estância máxima de segurança tenha esse tipo de suspeita sobre alguém…. – Ana Maria faz uma pausa.

                - Sobre alguém que quê? – questiona Manú.     

                - Sobre alguém que tentou violar a minha mãe!

                Quando Ana Maria acaba de pronunciar estas palavras, Manú dá um chapo em Ana Maria e cospe-lhe para a cara.

                - Mentirosa!

                - Não é mentira. Aliás, há uma queixa-crime contra si na Polícia Judiciária por perseguição à minha falecida mãe! – advoga Ana Maria.

                - Tretas! Tudo tretas! – refere Manú.

                - Por favor, saiam daqui e discutam lá fora! – ordena Ana Pimpolho. – E, Ana Maria, o que estás a dizer é muito grave.

                - Mas é verdade. E bem, não me apetecer estar na presença de um homem tão repugnante como é este Manú. Assim sendo, vou-me embora. As melhoras, AGUI. E nós depois falamos, Ana Pimpolho.

                - Estúpida! – grita Manú.

                - Pai, é verdade aquilo que a Ana Maria disse? – perguntou, com lágrimas de choro, Ana Pimpolho.

                - A queixa-crime é. O resto não. E deixo o julgamento ao teu critério: acreditas-te numa suposta irmã que conheces há dias, ou num homem que sempre te apoiou? Deixo-te com essa dúvida, eu tenho de me ir embora!

                E Manú saí do quarto do hospital. AGUI havia sido testemunha de tudo o que se havia passado, tendo comentado:

                - Tens um caso bicudo pela frente, Pimpolho…

                Efetivamente tinha.

                E mais um dia havia passado nesta história. Muito cedo, madrugaram Gabriel_C, Magazine e Ricardo. Tinham de voltar para Portugal, principalmente por ordens do pai de Forbidden. Herportrait era suposto ser interrogada pela noite adentro, só que se recusou a fazê-lo. Só o faria com a presença de um advogado. Acontecera que tinha de esperar um dia por ele, tendo ficado na cela da esquadra dos Países Baixos a passar a noite. Não dormiu nada. A única coisa que acontecera era o aumento da sua fúria sob Gabriel...

                Eram 07:00 em Portugal. João_O já estava acordado a preparar o pequeno-almoço. Ouve a porta a destrancar e era Magazine e Gabriel, este que ordena:

             - Olá! João, leve as minhas malas! - ordena Gabriel.

- E as da dona herportrait?

- Ela não viajou connosco, não ouviu as notícias?

- Já agora, senhor Gabriel, está ali um senhor que madrugou e que quer falar consigo. Diz que é urgente. - conta João.

À sua frente, podia-se ver um homem alto e que todos os presentes conheciam. Duas perguntas imperam-se: em primeiro, quem é ele?; em segundo, o que tem de tão urgente para madrugar tão cedo?

No próximo episódio:

  Hide contents

-Precisamos de falar, Gabriel. – diz o homem.

- Em privado, suponho?

- Certíssimo! – diz esse homem.

-------------------------------

                - Ana Jenny, já arranjaste emprego? O tempo está a passar! – avisa Magy.

------------------------------

    - AI, família, ontem eu fui assinar um contrato... e... - diz emocionado Rafael.


- Ganhaste 15.000 no Somos Portugal? - pergunta JoanaSantos.
- Não! Arranjei emprego... - revela Rafael.

Quem será o homem misterioso que quer falar com Gabriel_C? Terça-feira saberão! 

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(Desculpem o atraso, mas o fórum não está a formatar bem. Nem sequer estava a dar para pôr spoilers.

No episódio anterior    

- Herportrait é levada para ser interrogada pela polícia;
- Forbidden, srcbica e JDuarte ficam chocados com esta notícia;
- Manú Tenry discute com Ana Maria;
- Gabriel_C, Magazine e Ricardo voltam a Portugal.
--------------------

20º Episódio 

Policial

                 Gabriel e Magazine estava frente a frente à presença de alguém completamente inesperado. Essa pessoa havia madrugado e dava sinais de que o assunto era verdadeiramente urgente. Deste modo, o banqueiro pergunta:

                - O que deseja?

                 - Precisamos de falar, Gabriel.

                 - Em privado, suponho? – questiona Gabriel.

                  - Afirmativo!

                  E dirigiram-se ao escritório. Magazine não foi, apesar de o querer. Deste modo, dirige-se agora para o quarto de banho para tomar um duche. Entretanto, o seu pai estava intrigado com a visita daquela pessoa.

                 - Sabe, fiquei surpreendido com a sua visita.

                 - Gabriel, a minha presença foi mesmo necessária. É que com o incêndio à filial holandesa, preciso de tirar uns esclarecimentos.

                 - Disponha.

                 - Além de querer fazer-lhe uma proposta deveras interessante.

                 - Ui, estou a ficar ansioso por saber aquilo que me tem para dizer… - revela o pai de Magazine.

                 - A vida de polícia não anda fácil. Você sabe-o melhor que ninguém.

                   Quem diz estas palavras é Ruben Fonseca. Este é um inspetor da polícia judiciária, companheiro de João 94. É acusado pelo colega de não fazer nada. Além disso, está sempre a fazer greves e a comprometer a resolução de bastantes casos. Assim, continua:

                  - E se quiser ajuda em ilibar-se… 

                   Surpreendido, Gabriel contesta:

                  - Ilibar-me de quê?

                  - Do incêndio.

                 - Deve estar a confundir. Eu não causei incêndio nenhum, não tive nada a ver com o assunto. Fui apanhado de surpresa, aliás, como todos.

                 - Para quê que me engana? – goza Ruben. – Acha que eu não sei do seu gritante caso de corrupção? Você usou o nome diretor geral holandês para lhe imputar dívidas contraídas em seu nome, Gabriel! Foi você que me disse, dado o nosso historial. Ele ia desmascará-lo e… Queima-se o edifício. Ele morre, desaparecem papeis importantes… Um monte de coisas bastante convenientes.

                  - Ruben, sem dúvida que o que disse é verdade. Aquele banana holandês nunca se apercebeu de nada… - ri-se Gabriel. - Enfim. No entanto, eu até estava a pensar noutra coisa… Sei lá, ia mandar o Filipe Luís… Pronto, tentar cortar-lhe o pio… Mas não foi preciso. Foi bom, efetivamente; não tive de fazer nada.

                  - Não minta…

                 - Eu não planeei incêndio nenhum, nem sequer era capaz de ter uma ideia tão estúpida! Acha que eu não terei prejuízos? Eu terei de dar indemnizações a não sei quantas famílias! Tudo bem que deu para resolver um grande problema, mas cria outros e esses outros têm encargos enormes!

                   Ruben não diz nada, havendo silêncio no escritório. Silêncio esse que é interrompido por Gabriel:

                 - Assim, não tem de me ilibar de nada. Seria inútil, eu tenho um álibi. – conta Gabriel. – Porém, pode fazer algo de útil… Onde será muito bem recompensado.

                 - Estou curioso.

                - A idiota da minha mulher, estúpida como tudo, está acusada de pegar fogo ao banco. Obviamente, ela não fez nada, é demasiado mole para fazer o que quer que seja. No entanto, estou, sinceramente, farto dela e seria muito bom, muito bom não, perfeito, se ela ficasse uns tempinhos lá na Holanda fechado numa cela. – diz Gabriel.

                - E, objetivamente, o que quer dizer com isso?

                - Concretamente, quero dizer o seguinte: arranje provas, colabore com a polícia holandesa, faça o pino, faça o que bem lhe aprouver. Mas tente fazer com aquela meretriz fique lá durante uns tempos.

                - Ela é a sua esposa… Tem a certeza? – interroga Ruben.

                - Sabe, Ruben, eu sou um homem de negócios. Sendo devoto do capitalismo como sou, encaro muito a sério a máxima “O tempo é dinheiro”, por isso não perco tempo em formular dúvidas. Percebido?

                 - Sim.

                 - Ótimo! Sabe, eu adorei a sua iniciativa e há que valorizá-lo. Para começo, indique-me um valor. – pede Gabriel

                 - 2000€. – revela Ruben.

                - Tome. 5000€! – exclama Gabriel. – Recebe a próxima tranche quando vir que está a fazer decentemente o seu trabalho. Agora, vá! Tenho um dia  ocupadíssimo pela frente.

                - Obrigada. Não se preocupe. Eu farei bem o meu trabalho! Com um incentivo desses…

               - Tá, agora saia. Preciso de fazer uma chamada.

               Ruben saiu e o magnata pegou no seu telemóvel. Já não falara com Filipe desde da última vez que encontrara com ele, no aeroporto de Lisboa. De facto, Gabriel não o mandou incendiar nada, mas, sabemos lá, poderá ter pedido a outra pessoa? É improvável! O tema de conversa com Filipe Luís era saber por que raio ele havia dito, em suposto nome do banqueiro – que não lhe havia pedido nada -, para Magazine e Ricardo ficarem no hotel. O telefone toca incessantemente e Filipe não atende o telefone. Desta maneira, Gabriel comentou para si mesmo:

                - Cheira-me a traição. E da grossa…

                Quando acaba de dizer isto, saí do escritório e vai tomar o pequeno almoço.

                Longe destas polémicas, estavam, para já, a família de Magy e de Visky. Eram 08:00 e JoanaSantos, Rafael A., SIM, Ana Jenny e Visky já tomavam o pequeno-almoço. A estes junta-se Magy, que vinha com boa cara.

                - Bom dia.

                - Bom dia. – dizem todos em uníssono.

                - Que se passa, Magy? Tão bem-disposta… – pergunta Visky.

                - Nada, meu querido esposo.

                - Ó filho, não sabes?! Ela está a disfarçar a zanga por eu ter assinado o contrato lá com o senhor Nuno! – exclama Rafael.

                - Ó carcaça, cale-se e deixe-se de suposições. Acha que eu me irrito com alguém cuja senilidade nem sequer lhe permite dizer coisa com coisa?

                - Não me chame senil, sua interesseira! – grita Rafael. – Apesar dos meus 70 anos, estou melhor que muitos novos!

                - Melhor que quem? – goza Magy. – A sua esposa?

                - Invejosa! – insulta Rafael. – Eu agora estou agenciado, aliás, o senhor Nuno quer, hoje, encontrar-se comigo novamente.

                - Vê lá se não se apaixona pelo Sr. Nuno… - ridiculiza Magy. – Tantos encontros…

                - Malcriada! – grita Rafael.

                - Ai, parem de berrar! – pede aos gritos SIM. – Uma pessoa vai para aquele sítio do demónio e tem de ir com uma dor de cabeça! Arre!

                - Sim, concordo. Deixem-me ouvir se já saíram os 15.000€. – pede Joana.

                - Filho, eu prometo que não falo mais com o teu avô. Ele já nem entende a sua própria língua… Enfim. Falando em trabalho, Ana Jenny, já arranjaste emprego? O tempo está a passar! – avisa Magy.

                - Que tempo? – pergunta Visky.

                - Nada, é só uma expressão. – responde Magy.

                - E emprego? Para quê? – questiona Visky.

                - Querido padrinho, eu comprometi-me a arranjar um emprego. Eu percebo que as coisas estejam difíceis cá por casa e preciso de ajudar economicamente esta família. Arranjar emprego não está fácil…

                - Para quem não tenta… - atira para o ar Magy.

                - Mas eu tentarei. – promete Ana Jenny.

                - Ó minha afilhada, eu gostava de dizer que não era preciso. No entanto, fazes bem… Não estejas é stressada, isto hoje em dia… - conta Visky.

                - Sim, está difícil, padrinho.

                Acabaram de tomar o pequeno-almoço. Todos levantaram a mesa, à exceção de SIM, que teve de ir trabalhar. Entretanto, Magy chama, em particular, Ana Jenny para lhe reiterar algo:

                - Sabes o que eu ouvi, ó Jenyinha?

                - Não.

                - Ouvi dizer que a herportrait está na cadeia… - ri-se Magy. – Aquilo pãozinho sem sal nunca me enganou, desde da primeira vez que a vi a achei uma criminosa.

                - E o quê que eu tenho a ver com isso?

                - Tão inteligente para andar a manipular, tão burra para compreender isto… Minha querida, significa que o caminho para o Gabriel está livre. E tu sabes o que isso quer dizer… - provoca Magy.

                Ana Jenny não sabia o que responder. A sogra continua:

                - Assim sendo, eu, se fosse a ti, arranjava um emprego o quanto antes. Desta maneira, quando eu me for embora deste suplício, já tens um salário para pagar o teu motel.

                - Não preciso dos seus conselhos.

                - Precisas, Jenny, precisas. Porque, mais tarde ou mais cedo, eu vou dar o salto. E tu também vais dar, mas é para o olho da rua! – ri-se Magy. – Agora, adeus, tenho de ir trabalhar. Coisa que um dia também terás de fazer.

                Tantas insinuações haviam enervado Ana Jenny. O tom de suspense da sogra irritava-lhe solenemente. Aquilo que ela necessitava de fazer – para as provações cessarem – era arranjar um emprego. Mas onde? Ela só tinha o 9º ano e não conhecia ninguém influente… Dirige-se à sala de estar, onde a televisão estava ligada. Noticiava-se sobre a conferência de imprensa de Gabriel. Pouco depois, apercebeu-se que a solução para o seu problema, a falta de emprego, estava à sua frente. Exatamente à sua frente…

                Num cenário diferente – na prisão de Amesterdão -, o ambiente era tenso. Herportrait estava saturada de lá estar. Por volta das 09:00 da manhã, abre-se a cela e chamam pelo nome dela. À sua frente, estava o seu advogado, juntamente com o tradutor oficial, o senhor Miguel S. Ia prestar declarações. E prestou. O seu discurso era acusatório: repetiu várias vezes que havia sido Gabriel quem tinha armado aquilo tudo e que tinha a prova do filho Magazine. Para além de difamatório perante o esposo, defendia-se, dizendo que nem sequer sabe o que se passa, em concreto, no banco. Os seus depoimentos já iam longos e já nem sabia mais o que dizer, embora houvesse uma constante tentativa da polícia em ter acesso a mais informações. Entretanto, surgiu – na sala onde estavam – outro oficial da justiça holandês. Conversando nesta língua para o colega, o tradutor fez questão de converter em português, contando a herportrait:

                - Ao que parece, está livre. Encontraram o culpado!

                - A sério?! Que bom! – exclama herportrait.

                Com efeito, os agentes holandeses conseguiram ter acesso, por via de uma câmara de vigilância exterior, a um homem que havia, ao que tudo indicava, fugido do banco com uma garrafa de gasolina escondida atrás do braço. Este indivíduo havia sido alvo de uma rusga policial e, na sequência desta, havia confessado que tinha sido ele que tinha incendiado o banco holandês.

                Herportrait podia, agora, sair em liberdade e voltar a Portugal. Tal foi comunicado pelo tradutor:

                - Dona herportrait, pode sair em liberdade, segundo ordens oficiais da guarda holandesa.

                - Que bom!

                - Agora, se não se importa, tenho de me ir encontrar com o verdadeiro culpado!  Desculpe qualquer incómodo. – desculpabiliza-se Miguel.

                A atravessar pelo corredor, para sair em liberdade, viu o culpado. Fitou-o e percebeu que o conhecera: era Filipe Luís, o empregado do marido! Deste modo, as suas desconfianças por Gabriel aumentaram exponencialmente…

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No próximo episódio:

- Olá! Queria falar com o doutor Gabriel_C... 
- Para quê? - questiona Ricardotv1

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 - A sério? Eu? A fazer isso? - questiona Rafael A. Não sei se serei capaz!
- Claro que é, você é um grande ator!

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    - Ana Pimpolho, preciso que me acompanhes. - pede Ana Maria.
    - Já verás!

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Nesta linda novela fazem-se coisas muito feias... :mosking:

Eu já me estava para ir deitar até que me lembrei que hoje era terça e saía um episódio da Ana "elevada a três" e então vim logo ler, sou um leitor assíduo xD Isto se fosse mandado para a televisão e fosse adaptado a telenovela/série/... seria um sucesso xD :P

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No episódio anterior    

Spoiler

- Gabriel fala com Ruben Fonseca.
- Pede-lhe para culpar a mulher.
- Magy faz pressão com Ana Jenny, para que esta arranje emprego;
- Herportrait é libertada;
- Filipe Luís entrega-se às autoridades. 

21º Episódio

Novos encontros

                Filipe Luís havia sido interrogado, depois de se ter entregado como culpado. Confessou tudo e disse que fez tudo propositadamente. Nunca tocou no nome de ninguém, simplesmente contou que aquele plano tinha como intuito uma vingança contra o seu patrão. Chegou inclusive a dizer que o banqueiro lhe devia um pagamento, no sentido de justificar a sua ação. Escusado será dizer que tudo o que o irmão de Angel-O disse era mentira; de facto, ele escondia algo e tentava encobrir alguém. Mas quem? Essa é uma pergunta que ainda não pode ser respondida, é preciso esperar.

                Diferentemente a Filipe, herportrait estava em liberdade. Após uma noite terrível, desejava voltar para a casa. Desejava, acima de tudo, mostrar-se ao marido, para o provocar. Para além disso, já havia esquematizado um plano para provar que havia sido ele a incendiar o prédio em Amesterdão. Para isso, apanhou um avião na Holanda e está lá, faltando ainda um bocado para chegar a Portugal.

                Gabriel_C, o seu marido, que já se havia deslocado ao trabalho, soube antes disso que tivera sido Filipe Luís a atear fogo à sucursal holandesa. A sua reação foi de espanto, mas ignorou, pois, tinha muito que fazer e que ver, diga-se já. Por esse motivo, a seguir a se encontrar com Ruben Fonseca, ordenou que todos os empregados se dirigissem para o banco, incluindo Ricardotv1 e o filho, apesar do cansaço deste. Telefonando a João_O, o seu amigo, conta:

                - O Doutor Gabriel não teve consideração nenhuma por mim!

                - Alguma vez a teve? – pergunta João.

                - Pois… Isso é verdade.

                Quando o secretário acaba de dizer estas palavras, surge Magazine que o chama para o seu gabinete.

                - Vou ter de desligar, João.

                Assim que entra, o filho de herportrait faz-lhe uma surpresa e beija-o na face, sendo que depois o faz na boca. Diz ao “namorado”:

                - Desculpa. Desculpa por tudo o que se passou. Eu queria mostrar-te Amesterdão e afinal não viste nada.

                - Não faz mal. Eu compreendi, a situação foi mesmo grave.

                - Pois foi. Mas bom, ao menos temo-nos um ao outro para suportar os tempos mais difíceis desta empresa. – diz Magazine.

                - Sim, isso é verdade. – confirmou Ricardo. – Agora tenho de voltar ao trabalho, Magazine. Tenho muito que fazer.

                - Vai lá. – acabando de dizer isto, Magazine passa a mão nas nádegas de Ricardo.

                Os nossos amigos do banco vão receber uma visita muito brevemente de uma cara que já conhecemos. Esta estava-se a maquilhar e a produzir-se excelentemente (com os produtos e roupa da sogra). Estava pronta para arrasar. De quem falamos? De Ana Jenny. Saindo para a porta da rua, Ambrósio, que naquele dia não havia ido trabalhar uma vez que estava de folga, pergunta:

                - Ana Jenny! Onde vais?

                - A uma entrevista de emprego.

                - Não parece… - comenta Ambrósio. – Tão bem vestida…

                - Eu gosto de impressionar. Num mundo tão competitivo como o de hoje, para termos entrevistas com uma boa performance, precisamos de estar bem bonitos. Agora se não te importas…

                - Claro. Vai lá.

                Ambrósio já tinha decidido o que ia fazer a seguir: ia seguir a cunhada. Estava demasiado curioso e a sua intuição dizia-lhe que a história do namorico com o irmão estava mal contada, tendo assim seguido uma das nossas protagonistas. Para se dirigir ao banco, Ana apanha um autocarro. O filho de Magy, para não dar nas vistas, decide chamar um táxi para segui-la. Depois de alguns minutos, chegam à sede do banco BCGH. Era uma torre muito alta e grandiosa. Ana Jenny decide entrar, sendo que Ambrósio o ia fazer depois para não criar desconfianças. Subiu ao último andar, que era onde Gabriel estava, tendo-se encontrado com Ricardotv1, que estava a atender um telefonema.

                - Desculpe? – pergunta Ana Jenny.

                - Um momento. – pede Ricardo. – Sim, é claro que o Banco assume responsabilidades pela perda dos bens em cofre de Amesterdão, não se preocupe. Muito obrigado, adeus.

                Há um minuto de silêncio, no qual o secretário escreve algo num post-it. Pouco depois, fita a irmã de Ana Maria e questiona-lhe:

                - O que deseja?

                - Olá! Queria falar com o doutor Gabriel_C...

               - Para quê? O doutor está muito ocupado depois do incêndio e tem inúmeras coisas para tratar, por isso não sei se será possível.

               - É urgente… - revela Ana Jenny. – Diga-lhe que é uma amiga da Magy. Ele saberá imediatamente quem eu sou.

               - Espere um momento. – pede Ricardo.

               Dirigindo-se ao gabinete de Gabriel_C, bate à porta. Este diz:

               - Entre!

               - Doutor Gabriel, está ali uma menina que quer falar consigo. Diz que é amiga da Magy… - diz Ricardo.

               - Amiga da Magy? Ó Ricardo, diga a esse ser para se ir embora! – ordena Gabriel.

               - Ela insiste que é grave…

                - Ela até podia afirmar que a 3ª Guerra Mundial tinha começado, não quero saber! Tenho muito para fazer, não posso perder tempo com isso. Agora saía!

                 Voltando à sua secretária, onde a irmã de Ana Pimpolho estava à espera, comunica-lhe a decisão:

               - Desculpe, mas o Doutor Gabriel não pode, no momento, falar consigo.

               - Que pena… Sabe, como é que se chama?

                - Ricardo.

                - Quando o Ricardo souber o que eu tenho para lhe dizer, perceberá o quão grave é… Não pode insistir? – pergunta Ana Jenny.        

                - Não. É melhor voltar noutra altura.

                - OK. – aceita Ana Jenny. – Obrigada. Já agora, o Doutor Gabriel costuma ir almoçar aonde?

               - Eu não lhe posso comunicar isso.

                - Só mesmo uma informação, Ricardo, peço-lhe: ele almoço aqui no escritório ou fora?

                - Fora. – responde Ricardotv1.

                - Obrigadíssima. Agora vou embora. Adeus!

                O plano de Ana Jenny era simples: esperar que o bancário descesse para lhe contar tudo o que sabia sobre o caso romântico dele com a dona de um simples café. Deste modo, Ambrósio percebe que a irmã da Ana Maria está ali à espera de alguém ou de algo, sendo que o rapaz, escondido, também continua a observar tudo o que a cunhada faz.

               Diferentemente disto tudo, temos Rafael A. e JoanaSantos que estavam agora a sair de casa. Estavam a ir para o gabinete do Senhor Nuno, mas Rafael mostrava-se visivelmente irritado:

            - Ó mulher, para quê que vais comigo? Ainda vais moer-me mais o juízo do que já móis…

           - Quero saber como é que é esse escritório do Senhor Nuno! Ele ainda conhece alguém que faz o sorteio do 760 e… Olha, pede-se um favor.

           - Nunca conheci ninguém tão louco como tu, mulher. Vamos embora! – ordena Rafael.

           Haviam chegado ao Gabinete do senhor Nuno. Inserido num prédio, era no 4º andar que se localizavam. Tocaram à campainha, entraram no escritório, esperaram um pouco, até que Nuno os chama.

              - Olá aos dois! Parece que hoje o senhor Rafael trouxe companhia.

              - Contrariado, mas pronto… - conta Rafael.

              - Não ligue ao meu esposo, ele é meio totó.

              - Muito bem. Aquilo que vimos discutir hoje é muito sério. Senhor Rafael, fruto das suas visualizações no youtube, que estão quase nas 3 milhões, você tornou-se um forte ativo para as marcas, que vem em si uma figura carismática e declamativa dos direitos dos idosos.

             - Não percebi nada do que disse… - diz Joana.

             - Ai, Joana! – chama Rafael. – Não me faças passar uma vergonha. No entanto, doutor Nuno, efetiva e concretamente, o quê que isso quer dizer?

             - Que muitas marcas querem que você entre nos seus anúncios.

              - A sério? – questiona Rafael.

             - Esses anúncios são aqueles do 760, que às vezes dá? – questiona Joana.

             - Não… - estranha Nuno. – São anúncios de produtos.

              - Que pena… - balbucia Joana.

             - Isso é bom, doutor Nuno?

             - Rafael, claro que é! É excelente. – exclama. - Depois de termos analisado várias empresas, chegamos à conclusão que o novo anúncio que a empresa VidaMelhor quer fazer, com o seu produto Calcitrim, é aquele que mais se adequa com a sua imagem e recomendamos vivamente que aceite.

              - Ah, é aquilo do ferro e das fortificações! – elucida-se Joana.

              - Minha senhora, é do cálcio e das articulações… E esqueci-me de referir, Rafael: o seu anúncio será gravado com a Dona Simone de Oliveira, o que é extraordinário. Quando ao cachê… Foi aquele que se acordou ontem. O que me diz?

              - Pode ser… - confirma Rafael A.

              - Ótimo! Ligarei agora para eles para lhes comunicar da sua decisão. Depois faço-lhe uma chamada, pode ser?

              - Sim, doutor Nuno, sim.

              - Muito bem. Agora tenho de ir, tenho outra reunião. – diz Nuno.

               - Muito obrigado por tudo. – agradeceu Rafael.

              - Esperem! – pede Joana. – Antes de irmos embora, quero-lhe perguntar uma coisa, doutor Nuno: conhece alguém que faça os sorteios do 760 e nos possa dar, sei lá, uma ajudinha?

              - Ó mulher! – grita Rafael. – Não incomodes o Doutor Nuno com essas tolices! Vamos embora, mas é.

              - Perguntar não ofende! – riposta JoanaSantos.

              Depois destas trocas de ideias frutíferas, vá, é altura de focarmos em Ana Maria e Ana Pimpolho. As duas não haviam falado, desde do escândalo que a primeira fez com Manú Tenry. Embora não estivessem zangadas, sentia-se um ambiente muito tenso entre elas. Para tentar desvanecê-lo, Ana Maria, encontrando a irmã na escola, diz-lhe:

           - Ana Pimpolho, depois das aulas, preciso que me acompanhes.

           - Aonde?

           - Logo verás. Digo-te que será fundamental para entenderes o porquê de eu defender certas posições.

            Ana Pimpolho não respondeu, dando a indicar que sim, que acompanharia a irmã.

            Quem não ia com elas era certamente Ana Jenny, que continuava à espera que Gabriel_C saísse da empresa para ir almoçar. Simultaneamente, também Ambrósio continuava escondido, no sentido de perceber o que se passava com a cunhada.

            Era 13:03. A porta do banco abre-se e quem saí de lá era Gabriel_C, que estava sozinho. Assim, este dá uns passos e Ana Jenny chama-o:

           - Doutor Gabriel!

            O bancário vira a cabeça para trás e ignora. No entanto, Ana Jenny é persistente e continua a chamar pelo seu nome. À 5ª tentativa, Gabriel ameaça:

            - Se for uma jornalista, vá-se embora, eu não vou responder a nada! Chatos!

            - Não. Eu queria conversar comigo.

            - Que pena, é que eu não quero mesmo conversar consigo. – ironiza Gabriel.

            - Eu até estou a ser sua amiga…

            - Eu não preciso de amigas.

             Gabriel continuava a caminhar cada vez mais rápido e Ana Jenny tinha de lhe chamar a atenção de qualquer maneira. Deste modo, afirma:

             - Amigas pode nem precisar, mas de amantes precisa. Que o diga uma tal de Magy, não é?

             - O quê?

              A seguir a dizer isto, o bancário gira o pescoço para trás e troca um olhar ameaçador com Ana Jenny, que não verga, apesar de tão cruel olhar…

No próximo episódio:

Spoiler

- Doutor Gabriel, eu quero uma coisa muito simples: um emprego. - comunica Ana Jenny.
- Só?
- Não. - nega Ana Jenny

-----------

- Senhor Ruben, queríamos falar consigo... - pede Ana Maria.
- Comigo? - pergunta Ruben. - Não sei se dá.

-----------

- Olá, Gabriel. Aposto que tiveste saudades minhas. - ironiza herportrait.

               Espero que tenham gostado! O próximo episódio saí no domingo. 

( @AGUI FOSTE MENCIONADO! :dance: 2 Vezes!)

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No episódio anterior    

 

Spoiler

 

- Gabriel fala com Ruben Fonseca.
- Pede-lhe para culpar a mulher.
- Magy faz pressão com Ana Jenny, para que esta arranje emprego;
- Herportrait é libertada;
- Filipe Luís entrega-se às autoridades. 

22º Episódio

A Sorte é o Azar de Outros

       

                Ana Jenny estava frente a frente com Gabriel_C, um dos homens mais poderosos do país. A rapariga havia descoberto, através de JoãoCruz e Diogo_M, que a sua sogra andava metida com um bancário. Depois de a ter chantageado, desta feita era Gabriel o alvo da irmã da Ana Maria. A razão? Precisava de um emprego. Seguidamente a ter revelado ao pai de Magazine aquilo que sabia sobre ele, Ana continuou:

                - Gabriel, um homem tão poderoso, tão rico e tão magnânimo… A andar com uma sopeira? – ri-se Ana Jenny. – Os jornalistas irão adorar esta notícia.

                - Desculpe, eu não sei do que está a falar. – diz Gabriel.

                A estratégia do magnata era fingir que não sabia do que aquela rapariga estava a falar, no sentido de a afastar dele. No entanto, Ana Jenny percebeu a estratégia, tendo revelado:

                - Gabriel, recomendar-lhe-ia um medicamento para estimular a sua memória. Eu sei perfeitamente, aliás tenho fotos de si e da dona de uma espelunca de um café aos beijos num quarto de hotel…

                O bancário apercebeu-se que a rapariga à sua frente sabia, de facto, aquilo que se estava a passar. No entanto, desvaloriza a situação, perguntando desinteressadamente:

                - E quem é você? E para quê que me veio interromper? Sabe, eu tenho mais que fazer do que a aturar…

                - Sou a Ana. Aquilo que quero é muito simples: em troca de eu manter segredo sobre o seu affair com a sopeira, tem de me dar um emprego.

                - Só? Não há problema, até precisamos de umas empregadas de limpeza. Está contratada. Parabéns.  – congratula Gabriel.

                - Empregada de limpeza? Eu? Está a perceber mal… Eu quero outro emprego. Mais digno e menos trabalhoso. – explica Ana Jenny.

                - Esquisita. – adjetiva Gabriel. – Diga lá o que deseja.

                No fundo, o bancário, embora estivesse enervado por Ana Jenny saber aquela informação, estava-lhe a achar graça. Achava-a bonita e atraente e deixou que ela remasse a conversação.

                - Ora então, gostaria de ser sua secretária.

                - Secretária? Eu já tenho um, escolha outra profissão. – diz Gabriel.

                - Gabriel, quem dita as regras do jogo sou eu, não é você, lembra-se? – questiona Ana. Jenny.

                - Mas eu já tenho um secretário e ele é profissional até… Porquê que eu devo despedir?

                - Em primeiro lugar, porque, caso contrário, toda a imprensa nacional saberá que um bancário anda com uma pobrezinha; em segundo lugar, eu acho que vai lavar mais facilmente as vistas comigo do que propriamente um homem, não é assim?

                Ana Jenny também havia percebido, quase intuitivamente, que Gabriel estava a ficar caidinho por ela. Continua a frase anterior, reiterando:

                - Um homem… Que desinteressante. Há certos empregos, ainda para mais com homens tão… Tão atraentes… que deviam de ser exclusivamente dados a mulheres… Não concorda comigo?

                - Talvez. Passe no meu escritório amanhã de manhã.

                - Isso significa que…

                - Significa qualquer coisa. – completa Gabriel_C. – Até amanhã, Ana.

                - Até amanhã, Gabriel. Ou melhor: doutor Gabriel.

                O bancário vai-se embora e, para si, a irmã de Ana Pimpolho diz:

                - A minha ascensão começa agora. Ahaha. Brevemente, vou sair daquela espelunca e, mais importante do que isso, vou começar a minha vingança contra as minhas maninhas. Ahahah. Não falta muito.

                Quem houvera ouvido tudo havia sido Ambrósio. Havia tido a confirmação que a mãe andava enrolada com o bancário, havia sabido do esquema de Ana Jenny e estava francamente assustado com tudo aquilo. Sentia também que precisava de travar aquela mulher e sabia perfeitamente aquilo que tinha de fazer – contar a SIM que a sua “namorada” era perigosa e andava em esquemas perigosos…

                A tarde estava já a meio. O avião de herportrait já havia aterrado. Já se havia deslocado a casa, onde foi entusiasticamente recebida pelos filhos, já havia desfeito as suas e agora ia a sair de casa. Assim, comunica a João, na presença de Forbidden:

                - João, vou sair.

                - Dona herportrait, acha boa ideia?

                - Ótima. – diz herportrait. – Tenho de ajustar umas contas e não pode ficar para mais tarde.

                - Mãe, tenha cuidado. A comunicação social pode andar atrás de si… - afirma Forbidden.

                - Não me preocupa. Aquilo que vou fazer é mais importante do que isso. Adeus.

                Herportrait saí de casa e desloca-se ao banco BCGH. Queria enfrentar Gabriel, que já havia voltado do almoço, olhos nos olhos e era seu intuito dizer-lhe umas verdades na cara. Subindo o elevador, encontra Ricardo na receção, que lhe diz:

                - Dona Herportrait! Como vai? Já saiu da cadeia?

                - Sim, sai daquele inferno, felizmente. Sabe do meu marido?

                - Sim, ele está no gabinete.

                - Vá lá e diga-lhe que quero falar com ele. – ordena herportrait.

                Ricardo anuiu e bate à porta do seu patrão, dizendo que cá fora está a esposa do mesmo para falar com ele. Gabriel ordena que Ricardo deixe entrar a mãe de Forbidden. Herportrait entra no escritório do marido, cumprimentando-o, ironizando:

                - Olá, Gabriel. Aposto que tiveste saudades minhas.

                - Inúmeras, minha querida. – responde secamente Gabriel. Apesar de ter pedido a Ruben que encontrasse provas que havia sido herportrait a incendiar o edifício, tal alterou-se quando Filipe Luís se entregou.

                - Ah, só uma coisa: vais pegar fogo a este edifício também? Ou melhor, vais mandar um segurança teu fazê-lo? Nunca tiveste coragem para fazer seja o que for… Precisaste sempre de colocar o ónus da culpa nos outros, não foi, Gabriel?

                - Olhe lá, já lhe disse para me tratar por você.

                - Não trato por você um animal como tu. – insulta herportrait.

                - Ai, enfim. Bom, minha querida, eu não sei para quê que saiu de casa, da sua vida de dondoca, para vir ter comigo e fazer acusações parvas...

                - Não são acusações, Gabriel! Acusa-te!

                - Acuso-me? Olhe, ter passado uma noite na cadeia não lhe fez bem. Devia de ter ficado lá mais tempo, a refletir sobre… Sobre esses devaneios…

                - Isso é o que tu querias! – diz herportrait. - Querias que eu lá ficasse a apodrecer. Tiveste foi azar, porque o teu empregado teve a decência de confessar que tinha sido ele a incendiar o prédio. Agora só falta dizer que foi o patrão dele a mandá-lo executar tamanha crueldade!

                - Chega! Chega de insinuações sem pés nem cabeça! Diga-me: o que quer de mim e para quê que veio aqui? Difamar-me?

                - Vim aqui dizer que quero o divórcio! – afirma herportrait. – Tu és um monstro e estou farta de estar casada com alguém como tu.

                - Quer o divórcio? E vai viver de quê? Do ar? Ahahaha! Adoro a sua rebeldia! É uma crise de meia idade, não é?

                - Não! – grita herportrait. – Eu vou viver da minha participação neste banco! Se bem te lembras, eu ainda tenho bastantes ações… Valorosas.

                - Ah, e vai viver delas. Daquela pobreza… Percebido. Boa sorte! Agora, vá embora. Falamos melhor sobre os pormenores logo à noite. Adeusinho!

                - Monstro…

                Herportrait não havia medido bem aquilo que havia dito a Gabriel. Tal significava independência financeira do marido e, apesar de o desejar, não sabia como obter isso. Saindo do gabinete do marido, tem uma ideia: falar com o filho mais velho, que devia dominar aqueles assuntos! Batendo-lhe à porta, pergunta:

                - Posso, filho?

                - Claro! Entre. O que veio cá fazer?

                - Vim falar contigo. Preciso de me informar sobre variadas coisas. – diz herportrait.

                - Disponha.

                - Eu vou-me divorciar do teu pai.

                - A sério? Depois do que ele lhe fez… - refere Magazine.

                - Sim. Não posso deixar passar em branco tal facto. Mas por favor não digas nada aos teus irmãos. Eu só estou a pensar fazê-lo depois do aniversário do teu irmão, JDuarte, que está aí à porta.

                - Sim, é compreensível.

                - Bom, e queria perguntar-te: com as ações que detenho agora, é possível ganhar dinheiro com elas e tornar-me independente do teu pai?

                - Vou analisar. Depois, mais logo, digo-lhe algo. – promete Magazine.

                - Obrigada, Magazine. Ora então, até logo.

                - Até logo, mãe. – despede-se Magazine.

                O filho de Gabriel havia-se apercebido que, com esta história do divórcio dos pais, quem podia ficar a ganhar – no meio disto tudo – era ele…

                Esta tarde também vai ficar marcada pelo encontro de Ana Maria e de Ana Pimpolho. Após terem terminado de leccionar, a primeira queria levar a segunda a um sítio. Encontrando-se ao portão da escola, Ana Maria pergunta:

                - Vamos?

                - Sim, claro.

                Do carro de Ana Maria avista-se uma esquadra da Polícia. Percebendo disto, Ana Pimpolho interroga a irmã:

                - O quê que viemos aqui fazer?

                - Viemos comprovar tudo aquilo que disse sobre o Manú.

                - Outra vez essa história? Já chega, Ana Maria!

                - Por favor, dá-me o benefício da dúvida naquilo que vou fazer. Por favor.

                Ana Pimpolho aceita e entram na esquadra. Digiram-se a uma sala, onde estava um polícia. Depois de uns segundos onde apenas houve silêncio, Ana Maria decide interromper:

                - Desculpe, senhor Ruben Fonseca?

                Era Ruben Fonseca quem estava atrás da secretária, naquela sala. Se bem que estivesse a trabalhar, estava a consultar as suas redes sociais. Contrariado, desconecta as mesmas e questiona:

                - O que vieram aqui fazer? Ai, um funcionário nem sequer tem direito a uma pausa para o café, é impressionante!

                - Desculpe, é que…

                - Ai, este governo… Apesar de ser melhor que o anterior, ainda assim dá muitas más condições aos seus funcionários… Então os polícias… Ui! Mas diga lá, o que deseja?              

                - Desejamos consultar e perguntar-lhe umas coisas. – diz Ana Maria.

                - Digam.

                - Nós somos filhas do casal Roberto e Vera Peres, cuja morte foi investigada durante algum tempo. Assim, queríamos consultar o processo e queríamos fazer-lhes umas perguntas…

                - Vou busca-lo. Preciso antes do seu Cartão de Cidadão, no sentido de confirmarem quem são.

                Ana Maria e Ana Pimpolho, após terem recebido o processo nas mãos, entraram em contacto com todas as possibilidades e suspeitos. Um deles era Manú Tenry… Assim que viu a foto do seu “pai”, Ana Pimpolho diz:

                - Não pode ser!

                - Eu estava-te a dizer a verdade. – refere Ana Maria.

                - Só pode ser uma calúnia! Polícia Ruben, este senhor, o Manu, é inocente!

                - Inocente? É do Manu Tenry que estamos a falar? Digo-lhe que o seu historial não é muito famoso…

                Ruben Fonseca faz uma cara que cativa as duas irmãs, que ficaram desejosas de saber mais…

 

No próximo episódio:

Spoiler

- SIM, a Ana Jenny... A Ana Jenny anda a enganar-te! - conta Ambrósio.
- Como?
- Ouviste bem! Mas não me perguntes mais nada. - pede Ambrósio.

--------------

A carta de despedimento estava na mão de Gabriel e foi-lhe entregue.
- O pai não se atreva!

--------------

- O Manú não fez nada disso... - insiste Ana Pimpolho.
- Mas há queixas-crimes e provas que são muito difícies de ignorar... - responde, indirectamente, Ruben Fonseca.

 

               Foi do vosso agrado? Se sim, ainda bem! Por questões pessoais e de compromissos, o próximo episódio não sai na terça, mas sim na quarta-feira, dia 29 de março, não afetando nem comprometendo mais nenhuma divulgação de episódio.

 

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