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A Regra do Jogo


Jão

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À primeira vista até nos pode parecer isso, mas há vários fatores a ter em atenção. Por exemplo, já se sabe que a imprensa anuncia um monte de atores como certos numa determinada novela, que depois na verdade não fazem parte dela. E sabendo que Favela Chique irá estrear depois é normal que o elenco "provisório" ainda seja muito dilatado (basta ver que a Adriana e a Débora estavam "confirmadíssimas"). E Babilonia tem excelentes caras confirmadas: Glória Pires, Camila Pitanga, Thiago Fragoso, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg...

 

De qualquer das formas estou super curioso com as 2 produções...pelo elenco, mas sobretudo pelos autores. Penso que 2 excelentes produções se aproximam!   :D

Sim, é verdade que Babilónia tem grandes nomes, como os que mencionaste. Mas falei no geral.

Eu adorei AB e estou curioso com esta nova dele pois é o mesmo autor. Quanto a Babilónia não sei grandes pormenores.

Editado por Flávio Menezes Bártolo
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Exclusivo: Fábio Assunção estará no elenco da novela “Favela Chique”

 

 

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Portal Overtube - No ar na série Tapas e Beijos, que sairá do ar no final do ano, o ator Fábio Assunção foi convidado para formar parte do elenco principal da novela Favela Chique, escrita por João Emanuel Carneiro e dirigida por Amora Mautner, que estreia entre julho e agosto do ano de 2015 no lugar de Babilônia, substituta de Império, no horário nobre da Rede Globo. A concretização se dará a partir do momento que o ator e a produção tiverem ciência de quando exatamente ocorrerá o desligamento dos atores da série Tapas e Beijos.

 

Tomara que seja realmente verdade esta notícia, pois o Fábio Assunção é um daqueles atores que merece estar de volta ao horário nobre através de um personagem desafiador que mostre mais uma vez seu grande talento. :)

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Mudanças em Favela Chique... Exclusivo: Fábio Assunção substitui Mateus Solano na novela “Favela Chique”

Posted on 03/09/2014 à 11:42 AM por Portal Overtube

 

Portal Overtube - O ator Mateus Solano teve a sua participação como protagonista da novela Favela Chique, escrita por João Emanuel Carneiro, vetada pela direção artística da Rede Globo para que pudesse descansar a sua imagem por pelo menos dois anos. O autor convocou Fábio Assunção para desempenhar o papel em questão, pois há muitos anos luta para tê-lo em suas produções. Ele iria interpretar Dodi em A Favorita e Max em Avenida Brasil, por exemplo. Contudo, como antecipado com exclusividade pelo portal anteriormente, a diretora geral e diretora de núcleo Amora Mautner vai checar se o desligamento do ator da série Tapas e Beijos ocorrerá a tempo.

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  • 1 mês depois...
  • 3 semanas depois...

Portal Overtube - A diretora de núcleo Amora Mautner, em conjunto com o autor João Emanuel Carneiro, realizou uma extensa bateria de testes com dez atrizes de peso para selecionar a intérprete da protagonista da novela Favela Chique, que estreia no segundo semestre de 2015 na Rede Globo, substituindo Rio Babilônia. A equipe testou nomes como Alinne Moraes, Bruna Marquezine, Carolina Dieckmann, Ísis Valverde, Juliana Paes e Marjorie Estiano, entre outras, mas a escolhida para dar vida à Toia foi Andreia Horta. “Nós chegamos na Andreia depois dos testes, porque ela tem mais a ver com a Toia. Não tem nenhuma relação com a atuação”, completou ela.

 

A Carolina ou a Marjorie ficavam melhor, acho eu.

 

A Susana Vieira vai ser a mãe da Horta e vai viver numa favela. A vilã, em princípio, será a Antonelli.

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A Andreia ja provou que merece uma protagonista, e nao sei pq dizes que essas ficam melhor se nao se sabe as caracteristicas da personagem Toia, se foi o que pesou para elegerem a Horta...

Porque conheço melhor o trabalho das outras atrizes e gosto mais. Mas se a Amora acha que ela é a melhor para o personagem.Certamente, não a escolheram à toa e ela agora tem aqui o grande papel da vida dela.

 

Outra coisa, onde entra a Antonelli aqui como vilã? Vai pertencer ao trio? 

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  • 1 mês depois...

http://portalovertube.com/2014/12/14/susana-vieira-vivera-adis-na-novela-favela-chique/

Está ou muito me iguano ou  vai ser a novela das novelas , o elenco escalado não consigo encontrar até agora uma unica falha, a realização da Amora Mautner que se estreia como diretora núcleo(já merece) tenho a certeza que será fantástica com foi em Cama de Gato,Joia Rara e a Avenida Brasil.

O autor que para mim é dos melhores atores de novelas do mundo ,até agora adorei todas as novelas dele mas a minha preferida foi (Cobras & Lagartos) com a Ellen e a Leona.A Giovanna Antonelli tenho a certeza que vai arrasar com vilã ,se arrasou em Da Cor do Pecado e  tinha menos experiência  que têm hoje , ela se na outra novela  arrasou nesta vai explodir tudo.

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  • 2 semanas depois...

João Emanuel Carneiro fala da novela que lançará em 2015: ‘Parto como se fosse para a guerra’

 

Criador do fenômeno ‘Avenida Brasil’, autor encerra série de entrevistas com autores feita em 2014 pela Revista da TV e revela detalhes de seu próximo trabalho

 

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RIO — João Emanuel Carneiro brinca que “fica burro” quando está com uma novela no ar — por não ter tempo de ler mais nada além do próprio texto. Apesar de ter começado a escrever os primeiros capítulos da sua próxima trama, “Favela chique” (título provisório), com estreia prevista para outubro de 2015, e de já estar envolvido com esse trabalho há 18 meses, o autor define 2014 como “um ano tranquilo”. O criador do fenômeno “Avenida Brasil” (2012), uma das novelas de maior repercussão dos últimos tempos, conta que tem conseguido ler, viajar e assistir aos seus seriados preferidos.

Mas ele sabe bem a maratona que irá enfrentar em 2015 quando voltar ao ar. Aos 44 anos, João é um dos mais jovens novelistas do seletíssimo time de criadores do horário nobre da Globo e diz nunca ter experimentado um fracasso profissional. Depois de admitir ser um analfabeto digital à época de “Avenida Brasil” — o episódio em que a mocinha Nina perdeu uma importante prova contra a vilã Carminha, que poderia muito bem ter sido armazenada em um pen drive, virou piada —, o autor agora afirma ser “outra pessoa”. e estar superconectado: assinou a Netflix (“É perigoso de tão bom”) e compra ingressos para o cinema usando o celular.

 

Nesta entrevista, que encerra a série de conversas com autores iniciada pela Revista da TV em janeiro, o escritor explica seu processo de criação. “Favela chique” é a primeira trama que ele escreve na nova mesa de sua casa — que estava em obras quando fez “Avenida Brasil”.

 

Apesar de estar diante do mar de Ipanema, João, que estreou como autor titular com um sucesso no horário das 19h, “Da cor do pecado” (2004), trabalha de costas para a janela para não ter sua atenção desviada pela paisagem. Quando está cansado, para um pouco e deita num colchão recheado com bolas de tênis para ativar a circulação. Se está sem ideias, joga videogame para “dar uma zerada”. A seguir, ele fala da sua carreira, diz que ainda pode ser tornar diretor de cinema e adianta detalhes da próxima novela.

 

Qual é a história central de “Favela chique”, sua novela que estreará em 2015?

É a história de um homem (Murilo Benício), um bandido, que a princípio é mau. Mas se apaixona pela ideia de ser santo. Vou mostrar a redenção desse cara. Ele se envolve com duas mulheres (Giovanna Antonelli e Andreia Horta). Um dos cenários principais da novela será uma comunidade num contexto pós a criação da UPP. Cauã Reymond fará um líder comunitário do bem, que também terá um envolvimento amoroso com a Andreia.

 

Murilo será o principal vilão? Giovanna Antonelli também será vilã?

Agora o meu principal vilão será um homem, o personagem do Murilo. Giovanna é uma vilã torta, a grande coringa da história. Uma mulher equivocada, com uma moral particular, mas é capaz de amar.

 

Como a favela será retratada na trama?

É como se fosse o Vidigal daqui a alguns anos. Terei uma licença poética, como foi o subúrbio de “Avenida Brasil”. Tenho um pezinho na realidade, mas não pretendo fazer algo documental. Será ficcional.

 

Susana Vieira fará uma líder social?

Não exatamente. Ela vai fazer a rica da favela.

 

O elenco já está escalado?

Quase todo.

 

Você escreve pensando nos atores que farão os personagens?

Não. Acho que a maioria dos autores pensa no elenco antes, ou quer trabalhar com tal pessoa e escreve pensando nela. No meu caso, penso no personagem e depois em qual ator pode vesti-lo. Mas quando o ator fecha, só escrevo pensando na cara dele.

 

Adriana Esteves, por exemplo, não era a primeira opção para a Carminha. Em qual atriz pensou primeiro?

Não posso falar, de jeito nenhum. Hoje acho que só poderia mesmo ser a Adriana. Quando criei a personagem, pensei que, apesar de ser uma megera, eu sentiria pena dela. Ao escrever uma cena em que a Carminha tropeçava da escada, pensei na outra atriz em questão e não senti tanta pena dela assim. Já da Adriana Esteves, eu sentia.

 

Você disse que Carminha foi a alma de “Avenida Brasil”. Por que gostaram tanto dela?

Carminha era vilã, mas não uma psicopata, assassina. Estava mais próxima dos nossos possíveis erros e aleijões. Ela é um avatar mais próximo do que a Flora (de “A favorita”, de 2008), por exemplo. Eu gostava da Flora, mas, no final, já não conseguia mais me identificar com ela.

 

Por que esse fascínio pelos vilões contraditórios?

A ideia dos tortinhos, dos errados, dos marginais é como a bruxa para as crianças. Sempre fui fascinado pelas bruxas, torcia para os bandidos quando era pequeno. O vilão é um outro narrador da história junto comigo. E a história sempre vai partir dele na minha cabeça.

 

Quais inovações as suas novelas trouxeram?

Gosto de trazer a dubiedade dos personagens. O público evoluiu muito, se tornou um grande especialista em novelas. O telespectador já viu muitas tramas e quer se surpreender. As pessoas não querem ser afrontadas, agredidas, mas também querem ser um pouco contrariadas, ou melhor, provocadas, às vezes. É como uma criança, você tem que pegar pela mão. E ninguém quer mais o mocinho e a mocinha que se apaixonam do nada, apenas com um olhar, naquela cena clássica. Isso está ultrapassado e nem dá audiência. Isso ainda só é feito como apelação de uma fórmula.

 

As suas tramas ajudaram a renovar o gênero?

Não tenho essa percepção. Podem me elogiar ou criticar, estou fazendo meu trabalho. Minha pegada foi trazer as novelas para um registro antigo, autoral, com um autor que é dono da história, centraliza muito a escrita e o processo de criação. E conto uma história vertida na trama central, com menos personagens. Muito parecido com o que a Janete Clair fazia. Estava lendo uma sinopse dela e vi que as histórias já estavam lá, como eu também faço. Se a TV Globo não gostar da minha sinopse, não vai gostar da novela. Não faço provinha, ali é como vai ser mesmo.

 

Mas os rumos dos acontecimentos podem mudar no decorrer da história?

Novela é um improviso, sempre será, mas tem maneiras e maneiras de se improvisar. Prefiro ter um pouquinho mais de base, de segurança. Tem autores que não gostam de saber como será o amanhã. Eu parto como se fosse para uma guerra. Tenho várias possibilidades para saber como seguir. Eu não estou diante da página em branco. Isso me faz saber a história que quero contar. A probabilidade de você se perder e virar um cego no tiroteio no meio de uma novela é enorme. Tem um bando de personagem, uma história que não acaba nunca...

 

Você já ficou perdido?

Um pouco. Com alguns personagens paralelos. Mas não vou falar mal. Compromete os atores.

 

O que falta nas novelas atuais?

Uma pegada autoral, um DNA. Acho que falta isso em muitas novelas, principalmente as das 18h e 19h. Acho que é porque tem muita gente escrevendo sem DNA próprio, com um carrossel de núcleos de personagens secundários, com seus eternos núcleos cômicos. Essa perda de DNA das novelas é um problema sério. O desafio para a teledramaturgia é esse.

 

E quais novos autores estão se destacando?

A Duca (Rachid) e a Thelma (Guedes) são fantásticas. Elas fizeram em “Cordel encantado” (2011) uma coisa incrível.

 

Você também defende as novelas mais curtas?

A TV Globo insiste nesse modelo de 180 capítulos. É muito puxado, muito. Acho que as tramas deveriam ser menores se quiserem manter uma autoralidade. Se quiserem fazer uma coisa transgênica, digamos assim, pegar sete núcleos e dividir para sete pessoas escreverem, podem fazer 500 capítulos.

 

Há alguma história de bastidor sobre “Avenida Brasil”?

Disseram que foi feita uma pesquisa musical para encontrar uma linguagem do brega para a trilha sonora. Na verdade, eu e Mariozinho Rocha (produtor musical) nos encontramos uma ou duas semanas antes da estreia e fizemos a lista das músicas inteirinha, achamos até que estava muito em cima da hora. E o efeito especial do congelado foi assim: eu estava na ilha (de edição) assistindo aos primeiros capítulos no dia anterior à estreia e disse que queria ver a pessoa parada com um efeito. Foi num domingo de madrugada que tive essa ideia! É engraçado. São coisas que deram certo e todo mundo acha que foram planejadas. Havia toda uma tese sobre a trilha da novela, diziam que todas as músicas remetiam aos batimentos cardíacos.

 

O que mais pode contar?

A menina, a Mel Maia, foi escolhida em cima da hora. Tinha uma outra de que eu não gostava. Assisti a vários testes bem perto da estreia e insisti que fosse aquela menina. São muitas emoções perto da estreia. Digamos assim, tive sorte.

 

Por que “Avenida Brasil” teve tanta repercussão?

Talvez por ter atraído um público que já não assistia mais a tanta novela. É um público, digamos, de uma antiga classe média. Mas a novela foi feita para todos os públicos. Se você pensa em fazer uma novela muito simplista, maniqueísta, dentro de um quadro mais limitado, mirando apenas num certo tipo de público, vai subestimar as pessoas. É um erro da parte de um escritor de novelas.

 

O que as suas novelas têm em comum?

São histórias muito clássicas, numa retomada de uma narrativa antiga, com um ritmo novo. A questão da família, de pessoas que não são parentes de sangue, mas se reconhecem como família, é um tema que me fascina porque sou filho e neto único. Trago também a questão do anti-herói, como o Foguinho (de “Cobras & lagartos”, de 2006, atualmente em reprise na Globo).

 

“A favorita” marcou a sua estreia no horário nobre e terminou como sucesso, mas a audiência no início foi morna. Sofreu na época?

Enfrentei “Os mutantes” da Record. Foi uma estreia difícil aquela ali. Mas você tem que acreditar que está contando a melhor história do mundo. Afinal, é a que você vai ter para contar durante um ano. Se você não acredita nisso, se mata, né?

 

O que você faz quando as coisas não saíram como o planejado? Uma parte do público queria ter começado “A favorita” sabendo quem era a mocinha e quem era a vilã...

Tenho que seguir o que imagino. “A favorita” foi difícil. Ali eu precisei ter muita segurança do que queria. Enfrentei um começo turbulento.

 

As suas novelas têm narrativa rápida. É difícil prender a atenção do público durante muitos meses?

Sou particularmente inquieto, acho que minha narrativa é ágil. Mas você tem que segurar o principal. Em “Avenida Brasil”, Nina ficou na casa de Tufão por meses. Ela poderia ter acabado com aquilo antes. Mas você tem que criar uma ilusão de ótica para o telespectador de que está acontecendo muita coisa. Mas, na verdade, o principal está guardado.

Você começou na TV como colaborador de Maria Adelaide Amaral na minissérie “A muralha” (2000). Um ano depois, fez com ela “Os Maias”. E em 2004 já estreava como autor titular com “Da cor do pecado”. Foi tudo muito rápido?

Foi sim. Para mim, isso era muito claro. Entreguei a sinopse de “Da cor de pecado” e pensei: “Se não for para ser autor de novelas, vou embora daqui e tentar fazer o meu filme”. Uma semana depois, a trama foi aprovada. Essa história mudou a minha vida.

 

Qual a importância das suas duas primeiras novelas feitas para o horário das 19h?

Foram muito importantes. Para escrever para esse horário, tem que pensar numa história a que a pessoa possa assistir num bar. Tem que ser uma ação que alguém sentado num boteco ache engraçada, sem nem ouvir o que está sendo falado. Já à novela das oito, a pessoa precisa sentar para assistir.

 

Como lida com a competitividade no meio da TV?

O meio da televisão tem muita energia circulando, boa e má. E todo mundo que trabalha nesse lugar é muito exposto. Eu me lembro que na estreia de “Da cor do pecado”, a minha primeira novela, estouraram as duas televisões da minha casa, a da sala e a do quarto.

 

E qual foi a sua reação?

Fiz tudo o que podia. Imagina estourar uma televisão no dia da estreia! E duas? É um absurdo. Morri de medo, pânico.

 

Como é lidar com a pressão de escrever uma novela?

Aos poucos, você vai convivendo com esse meio, entendendo melhor isso tudo e vai perdendo o medo. Mas você não pode nunca perder o medo de fazer alguma coisa errada em termos artísticos. Sempre fui inseguro, tenho aquela insegurança básica. Ao mesmo tempo em que eu acredito em mim, eu tenho muitas dúvidas, o tempo todo.

 

Como lida com as críticas? Teme o fracasso?

Eu já vivo os fracassos dos meus medos e das minhas inseguranças. Mas não são fracassos públicos. Esses eu realmente não sei, nunca tive. Mas sou o pior crítico de mim mesmo. Sou bem malvado comigo e isso é uma coisa boa. Já rasguei uma sinopse que achava ruim. Acho importante você ser um crítico mordaz.

 

E qual a importância da audiência?

A novela é um jogo que você estabelece com uma multidão que a assiste. Às vezes não preciso nem ver os índices para saber que a audiência aumentou. Basta andar na rua.

 

Você tem um aparelho do Ibope em casa?

Tenho. Às vezes fico ligado segundo a segundo, às vezes acho melhor sair de perto. Acho uma máquina de tortura chinesa.

 

Consegue sair e ter contato com as pessoas nas ruas quando escreve uma novela?

Saio pouquíssimo. É quase um ano que tiro do calendário. Em “Avenida Brasil”, eu consegui ter um tempo depois das 22h para ler, ver um filme, conversar, enfim, viver um pouco.

 

Como fica sua rotina com uma novela no ar?

Escrevo das 11h até as 22h. Paro apenas para almoçar e tomar banho.

 

Você tem um ritual de trabalho?

Sempre levanto e ando em círculos para ativar a circulação depois de ficar muito tempo sentado. Tenho um colchão recheado com bolas de tênis, deito ali um pouquinho. Paro sempre para jogar videogame, é uma tentação horrorosa. É bom para dar uma limpada, uma zerada, quando não sei o que fazer com a história. Esse Plants vs. Zombies é um vício horroroso. Já ficar na internet é péssimo, sua cabeça vai para outros lugares.

 

E qual a primeira coisa que você faz quando acaba um trabalho?

Quando você faz uma novela você fica burro, né? Você não lê mais nada, só o que você mesmo escreve. Fico uma semana sem fazer nada, nem viajar. Depois é que eu viajo. O final desse processo de escrever 180 capítulos é tão cansativo e tão exagerado, sabe? Você já não aguenta mais nada depois. Não está nem mais gostando de ver a novela de tão exausto.

 

Agora que ainda não está no ar você se obriga a sair para ver as pessoas?

Sim, eu me obrigo. Passei a frequentar algumas comunidades do Rio quando decidi escrever sobre esse universo.

 

Por que não sabemos quase nada sobre a sua vida? Acha que um autor de novela tem que ser uma pessoa mais discreta?

Essa ideia de vida reservada eu acho tão louca. Minha vida não é tão reservada. As pessoas dizem: “Você é tímido, reservado”. Eu só não vou para os camarotes da Brahma e nem saio em cima de um carro alegórico na Sapucaí, o resto eu faço tudo. A noção de reservado e timidez das pessoas virou uma coisa muita elástica ou talvez exagerada. Só não tenho a vida exposta nas páginas das revistas. Mas não sou tímido de jeito nenhum. E acho um benefício o fato de não ter um rosto reconhecido nas ruas.

 

Mas todo mundo sabe quem é você, principalmente depois de “Avenida Brasil”...

As pessoas sabem o meu nome, mas não conhecem o meu rosto. Eu adoro quando falam mal de uma novela minha e não sabem que estou ali. Eu também falo mal.

 

Você escrevia gibis aos 15 anos. Sempre quis ser autor?

Queria ser diretor de cinema. Fiz um curta-metragem aos 20 anos. Todo mundo gostava do roteiro do filme, não da direção. E me chamaram para escrever roteiros. Virei escritor.

 

É verdade que você teve mais liberdade criativa quando foi para a TV?

Fiz muitos roteiros, para vários diretores, tem os filmes do Cacá Diegues, tem o “Central do Brasil”, mas eu me sentia muito um empregadinho desses cineastas. No Brasil, o cineasta é o dono do filme. Lá fora, isso é mais equilibrado, e a figura do roteirista tem mais importância. Já as novelas investem em escritores e conseguem reunir talentos para o audiovisual há anos.

 

Tem vontade de fazer um novo roteiro para o cinema?

Nunca escreveria um roteiro para ninguém. Faria para eu mesmo dirigir.

 

Tem planos de dirigir cinema no futuro?

Penso nisso, num futuro distante, sei lá.

 

O que falta fazer na TV?

Tenho muita vontade de fazer seriado. Assisto a tantos. “A cura” (2010) foi o único que fiz. Hoje, acho que a série deveria ter sido diária e não semanal. Depois assisti de uma vez só, e achei tão incrível.

 

As suas personagens femininas são muito fortes. Consegue destacar cinco delas?

Carminha, Flora, Bárbara e a mamãe Sardinha (de “Da cor do pecado”), e (pensa um pouco antes de continuar a resposta) a... Preta (da mesma novela)!

 

Quais são as cenas que você mais gostou de escrever?

A cena em que a Flora enfrenta a Donatela (e o público descobre que ela é a vilã), quando a Carminha rasga a boneca da Rita, a Bárbara vestida de noiva no lixão. Aliás, foi ali que inventei o lixão de “Avenida Brasil”. Ah, e o casamento da Ellen e do Foguinho (“Cobras & lagartos”) com um monte de mendigos.

 

Com quais atores gostaria de trabalhar de novo?

São tantos: Taís Araújo, Murilo Benício, Cauã Reymond, Adriana Esteves, Giovanna Antonelli, Patricia Pillar, Cássia Kis. Acho uma pena Tony Ramos só ter feito um capítulo de “Avenida Brasil”, queria realmente fazer uma novela com ele. E com Dira Paes.

 

E da nova geração?

Um ator que acho sensacional é o Marco Pigossi. Ele está em “Favela chique”, vai fazer um policial.



 

Editado por daniel_Nunes
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  • 1 mês depois...

Alexandre Nero pode substituir Murilo Benício em ''Favela Chique''  

 

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A diretora Amora Mautner fez uma consulta à Globo sobre a possibilidade de escalar Alexandre Nero em um dos principais papéis de "Favela Chique", do João Emanuel Carneiro. O caso já está em análise na área de Teledramaturgia. 
 

Caso a Globo libere o Nero para "Favela Chique", que estreia no segundo semestre, ele praticamente não terá férias após o encerramento de "Império".
Além disso, o ator, já há algum tempo, vem emendando um trabalho no outro, diferentemente de outros protagonistas da casa. 
Antes de "Império", Nero fez "Além do Horizonte" (2013), "Salve Jorge" (2012) e "Fina Estampa" (2011).

 

Murilo Benício ligou para falar sobre sua saída de “Favela chque”: “Foi incompatibilidade de agendas. Não fiz imposições, mas tenho dois filmes este ano. Tentei estar no projeto até o fim, mas não deu”.

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O Alexandre Nero tem estado excelente em Império, mas preferia ver outro ator a assumir o protagonismo. Porém, acho que poderá mesmo ser ele o escolhido. Eu adoraria ver o Eduardo Moscovis nesse papel ou o Solano! :)

Editado por Flávio Menezes Bártolo
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Bruna Linzmeyer é confirmada no elenco da novela “Favela Chique”

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Ainda falta muito para estrear, mas a pré-produção da novela Favela Chique continua a todo vapor. Segundo a colunista Patrícia Kogut, Bruna Linzmeyer acaba de ser confirmada no elenco do folhetim de João Emanuel Carneiro (Avenida Brasil), que será exibido no horário nobre da Globo na sequência de Império e Babilônia.Ainda não se sabe qual a personagem que Bruna interpretará na história, mas novas informações devem surgir em breve. A atriz está de férias de TV desde o fim da novela Meu Pedacinho de Chão (2014) e ainda é bastante lembrada como um dos destaques de Amor à Vida (2013), na pele da autista Linda.Vale recordar que Bruna também fará cinema neste ano. Conforme o 

Portal Overtube 

noticiou com exclusividade há alguns meses, a bela está no elenco do filme A Frente Fria Que A Chuva Traz, onde interpretará a viciada em drogas Amsterdam e dividirá créditos com Chay Suede, Johnny Massaro e Juliana Lohmann.Favela Chique contará com direção geral de Amora Mautner e tem estreia programada para o dia 28 de setembro deste ano. O elenco da trama já tem confirmados nomes como Andreia Horta, Antônio Calloni, Cacau Protásio, Caio Blat, Carmo Dalla Vecchia, Cássia Kis Magro, Cauã Reymond, Cléo Pires, Déborah Evelyn, Dira Paes, Fábio Assunção, Fernanda Souza, Giovanna Antonelli, Johnny Massaro, José de Abreu, Juliano Cazarré, Luís Gustavo, Marcelo Serrado, Marcello Antony, Marcello Novaes, Marco Pigossi, Marcos Caruso, Márcio Garcia, Marjorie Estiano, Mel Maia, Murilo Benício, Patrícia Pillar, Paula Burlamaqui, Ricardo Pereira, Letícia Lima, Susana Vieira, Tony Ramos e Vera Holtz.
Editado por RicardoRomoaldo
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