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João

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Novo canal no cabo junta Ongoing, Cofina e Zon

Projecto coordenado por José Eduardo Moniz

Arranca em Setembro, é um novo canal por cabo, mas ainda não tem nome. E só tem, para já um programa para ele pensado que durará 49 dias. Mas o facto de juntar grupos de media como a Ongoing, na pessoa do seu vice-presidente José Eduardo Moniz, a Cofina e a Zon está a fazer do projecto um centro de atenções.

José Eduardo Moniz nega que parceria da Ongoing com Cofina nasça a pensar na privatização da RTP (Rui Gaudêncio)

À excepção de uma efémera, mas badalada, participação como comentador na noite eleitoral do passado dia 5 na RTP, José Eduardo Moniz, uma das mais fortes figuras da televisão em Portugal, está afastado do meio desde que saiu da TVI, em Agosto de 2009, onde era director-geral.

Por isso a abertura de um canal novo coordenado por si, mesmo ainda sem nome, sem autorização da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, ou sem um projecto ainda desvendado, e só no cabo, já faz correr tinta.

O que se sabe do canal cujo acordo de parceria foi hoje assinado em Lisboa, é que servirá para emitir um novo formato de entretenimento, o uMan, cujos direitos foram adquiridos por José Eduardo Moniz no festival de conteúdos de TV MIPTV, em Cannes, França.

uMan, previsto para durar 49 dias, envolve concorrentes, uma casa, expulsões, será produzido pela produtora CBV de Piet Hein Baker (era também ele, com a Endemol, o responsável pelo Big Brother) mas não é um regresso à velha fórmula do Big Brother, que catapultou a TVI para líder de audiências em Portugal, lugar de onde nunca mais saiu. José Eduardo Moniz descreve do que se trata: “Não é um reality-show. É uma forma diferente de produzirmos conteúdos”.

Um grupo de participantes está 24 horas por dia às ordens dos espectadores, que comandam tudo o que fazem. “Este uMan foi algo porque me apaixonei à primeira vista. Tem uma lógica de sedução, tem interesse e criatividade e tem imaginação e voluntarismo. E acima de tudo faz do espectador um interveniente activo”, diz Moniz sobre uma nova forma de ver e construir TV que se impõe actualmente.

“Vemos hoje a TV tal como foi lançada há muitos anos atrás. A TV mudou e está hoje disponível em qualquer meio, em qualquer sítio, em qualquer hora. Este será um produto fortemente interactivo e multiplataforma”.

Parceria sem olhos postos na RTP

Para já esta parceria entre Ongoing e Cofina destina-se exclusivamente a este projecto, frisaram José Eduardo Moniz, por parte da Ongoing, e Luís Santana, por parte da Cofina, interrogados pelos jornalistas sobre a possibilidade das empresas correrem juntas a uma futura privatização da RTP.

“A única coisa que nos fez juntar foi este projecto. Não tivemos nenhuma conversa sobre esse assunto, nem mesmo especulativa. Estamos aqui a iniciar uma caminhada. Será uma análise casuística que determinará o futuro”, garante Moniz. E Luís Santana corrobora a intenção: “Para já estamos focados neste projecto. Tudo depende do sucesso dele”.

Fonte: Público

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O programa parece ser interessante, com uma participação do espectador nunca antes vista em Portugal e que tem que começar a ser a aposta das generalistas que, diga-se, já começaram a investir nisso (páginas do Facebook, aplicações para telemóvel, iPads para os apresentadores, comunicações em directo com os espectadores).

Contudo acho que já há imensa notícia sem ainda haver uma autorização da ERC (precisamente por ser um projecto do Moniz!).

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CRÓNICA DE TV

A morte da programação

Está apresentado uMan, o reality show com que Moniz pretende, a partir de Setembro, ajudar a revolucionar a forma como os portugueses (e não só) vêem televisão. O parêntesis tem significado: para além de a actual estratégia da Ongoing procurar a internacionalização, Portugal está já há algum tempo na linha da frente, em vários aspectos, do desenvolvimento da chamada "televisão do futuro".

O problema é que uMan é um negócio, muito mais do que um programa ou um canal de TV. Apesar de a apresentação ter sido lacónica, o que poderá indiciar ajustes nos modelos testados noutros países, o projecto consiste essencialmente num jogo em que uma série de pessoas são colocadas dentro de uma casa e todos os seus actos manipulados, ao longo de 24 horas por dia, pelos espectadores, incluindo o que essas pessoas vestem, onde comem, a que horas vão ao WC e, naturalmente, com quem dormem.

E que o que está por detrás disso, pelo menos a avaliar (por exemplo) pela versão israelita, não é sequer a conquista de audiências, já de si um elemento mais próximo do negócio do que da criação. É a contabilização, nomeadamente (mas não só), de telefonemas de valor acrescentado, como acontece nos programas da madrugada e mesmo nos segmentos comerciais da daytime TV.

Ora, se o futuro da TV passa por aí, como ainda há dias sugeria Brian Johnson, director do Future Casting & Experience Research (Intel), o que isso significará é que, em breve, o negócio terá queimado as últimas e decisivas etapas na sua imparável voragem sobre a programação. Talvez, numa economia liberal, isso tenha sentido. Mas, que se perdem coisas importantes, mesmo fundadoras, é óbvio que se perdem.

Joel Neto

É um pouco o que se está a passar... como se justifica por exemplo a existência de programas como 'Agora é que conta' na TVI? Pelas audiências não é de certeza mas sim pelos lucros das chamadas. O problema é se a nossa TV se torna refém dessa fonte de rendimento, como já se vê em muitos programas de daytime (que incentivam ao telefonema para participar em passatempos), nos programas de grande entretenimento (ora para ganhar prémios, ora para votar no concorrente favorito) e também em programas de informação (para darem a opinião sobre determinado assunto). Isto altera muito do que era a programação da TV até agora, que dependia das audiências para ter mais interessados em publicitar os seus programas.

Não espero nada de bom deste uMan, é um reality levado ao extremo.

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  • 2 meses depois...
  • 1 mês depois...

Canal 10 é novo projecto de Moniz

Canal 10 é o nome escolhido para o regresso à televisão de José Eduardo Moniz. O antigo director-geral da TVI e actual vice presidente da Ongoing Media assume a direcção da estação, um projecto comum da Ongoing, Cofina e Zon e que já conta com autorização da Entidade Reguladora para a Comunicação Social para o arranque de emissões.

O projecto foi apresentado em Junho, como um canal para exibir o ‘reality show’ ‘uMan’. A estreia estava prevista para Setembro, mas em Agosto a Ongoing anunciou que o arranque ficaria adiado para 2012, devido à "degradação da situação económica" nacional. Agora, os interessados têm doze meses para lançar o novo canal.

De acordo com a deliberação a que o CM teve acesso, o canal será emitido no cabo sem assinatura e tem como "objectivo a difusão de conteúdos de entretenimento, num modelo baseado na maior intervenção e protagonismo dos telespectadores", com uma "emissão contínua de, pelo menos, 18 horas por dia".

A deliberação da ERC acrescenta ainda que "o primeiro formato a emitir pelo Canal 10 é o projecto ‘uMan’", o que abre a porta para que a estação exiba outros conteúdos.

Contactado pelo CM, José Eduardo Moniz optou por não fazer qualquer tipo de comentário, referindo que ainda é cedo para tal. Também a Zon, operadora que vai distribuir o Canal 10, a Cofina, um dos investidores no projecto, e a Ongoing, que adquiriu o formato de ‘uMan’ para Portugal, optaram por não comentar a deliberação da ERC.

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  • 5 anos depois...
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